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terça-feira, 21 de novembro de 2017

PRIMEIROS PARÁGRAFOS INESQUECÍVEIS

"A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no Outono de 1875, era conhecida na vizinhança da Rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela Casa do Ramalhete, ou simplesmente o Ramalhete. Apesar deste fresco nome de vivenda campestre, o Ramalhete, sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas varandas de ferro no primeiro andar, e por cima uma tímida fila de janelinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o aspecto tristonho de residência eclesiástica que competia a uma edificação do reinado da senhora D. Maria I: com uma sineta e com uma cruz no topo, assemelhar-se-ia a um colégio de Jesuítas. O nome de Ramalhete provinha decerto de um revestimento quadrado de azulejos fazendo painel no lugar heráldico do Escudo de Armas, que nunca chegara a ser colocado, e representando um grande ramo de girassóis atado por uma fita onde se distinguiam letras e números de uma data."

Os Maias - Eça de Queirós - 1888

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

FRASE DO DIA

"Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo."
Eça de Queirós

terça-feira, 8 de abril de 2014

PRIMEIROS PARÁGRAFOS INESQUECÍVEIS

"Foi no domingo de Páscoa que se soube em Leiria, que o pároco da Sé, José Miguéis, tinha morrido de madrugada com uma apoplexia. O pároco era um homem sanguíneo e nutrido, que passava entre o clero diocesano pelo comilão dos comilões. Contavam-se histórias singulares da sua voracidade. O Carlos da Botica - que o detestava - costumava dizer, sempre que o via sair depis da sesta, com a face afogueada de sangue, muito enfartado:

- Lá vai a jiboia esmoer. Um dia estoura!"
O Crime do Padre Amaro - Eça de Queirós - 1880