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sábado, 31 de dezembro de 2016

DO FUNDO DO BAÚ

Feliz Ano Novo, de Egberto Gismonti e Geraldo Carneiro, foi gravada no disco Carmo, de 1977. Happy new year!!!

COADJUVANTES - BRIAN DENNEHY

LEITURA DE FIM DE ANO

Conheça os hábitos do 1% mais rico da sociedade carioca

            Thomas Fischermann*
O jornal para o qual escrevo sobre o Brasil publica de vez em quando um especial sobre golfe. Para eles, não importa se você é especializado em jornalismo político, econômico ou social: de tempos em tempos, é obrigado a escrever sobre gramados, bolas e tacos. Assim fui parar nos clubes de golfe do Rio de Janeiro e tenho que admitir: que mundo interessante! Cheguei a me oferecer como voluntário, e hoje sou o autor de três artigos sobre golfe.

Na Europa e nos EUA, o golfe é um esporte popular, apesar de monótono. Mas, no Rio, é um evento exclusivo para o 1% mais rico de seus habitantes. Só há dois clubes que podem ser levados a sério - Gávea e Itanhangá - e cada um deles tem menos de 500 sócios. "Aqui na sede do clube se encontram as pessoas responsáveis por um terço do PIB brasileiro", sussurraram em meu ouvido na primeira visita à Gávea, meio que me incentivando a virar sócio.

Fui apresentado a uma princesa, usando uma camisa pólo na cor rosa-princesa. Era uma descendente de longe do imperador Dom Pedro. Apostamos corrida com nossos carrinhos de golfe pelas colinas pitorescas e, depois, nos desculpamos diante dos demais sócios, incomodados pelo barulho. Recebi ofertas de vinhos tintos selecionados e a "sobremesa para desportistas" à la Itanhangá: crepe com Nutella.

Em seguida, uma viúva próspera me convidou para um expresso forte. Explicou quem realmente faz parte do círculo social dos clubes e quem não faz. "Recomendações da sociedade, um comportamento impecável e altos padrões morais em questões financeiras" seriam os critérios. Quis saber por que, então, tantos industriais e executivos são sócios. Não estão todos envolvidos em escândalos de corrupção? "Haha, não diria que você não tem razão", respondeu a velha dama, e riu com malícia.

Algumas das mil pessoas mais ricas do Rio fazem parte de uma espécie de grupo de trabalho social com carrinho e taco. Elas distribuem nas escolas equipamentos para iniciantes: kits de plástico, que não fazem muito sentido, já que a maioria das crianças nunca vai ter acesso aos campos de golfe. Em um município da periferia do Rio, Japeri, mecenas do golfe instalaram um percurso para crianças de origem muito pobre. Nele, futuros jogadores de golfe jogam entre si. "Golfe como meio de integração social", diz uma placa na sede do clube. Sinceramente, posso imaginar programas sociais melhores.

Mas eu não estava com a menor vontade de escrever um artigo sobre a luta de classes para a revista ZEIT Golf. Para mim, esse só se tornou um tema relevante mais tarde, à noite, quando observava o "pós-golfe". Saí com uma herdeira rica - designer de moda, socialite, modelo ocasional e celebridade de TV. Sentados diante de muitos cocktails premiados em um bar de Ipanema, pedimos carambola com vodca e gengibre, chili, tamarindo, tequila e pimenta e muito mais. Sob a mesa, eu mandava mensagens de texto para o meu editor dizendo que a conta do bar iria ultrapassar o orçamento do mês. Golfe? Minha entrevistada não achava a menor graça. Simplesmente "faz parte" ser sócio de um clube de golfe. "Gosto da piscina", disse, "e gosto do restaurante. Para mim, a Gávea é o melhor country-club da cidade".

Assim não conversamos nada sobre golfe, mas sobre a vida. Falamos de restaurantes caros, balneários idílicos, helicópteros, vilas, trips por cidades de todo o mundo. Só no final me atrevi a perguntar qual era a opinião da herdeira sobre o recém inaugurado campo de golfe olímpico, que fica entre o Recreio e a Barra da Tijuca. Mas talvez tenha sido uma pergunta estúpida.

"A Barra é uma outra cidade", recebi como resposta. Há uma "distância cultural". Entendi. Barra e Recreio são o Eldorado da classe média emergente, ou seja, não é para os ricos dos clubes de golfe. "Gosto de poder alcançar todos os lugares de bicicleta", esclareceu minha entrevistada. Ela vivia, como os de seu meio, nos bairros nobres da zona sul, em Ipanema e no Leblon. Lá se está sempre perto da praia, dá para correr e jogar vôlei. Uma vida próxima da natureza, conforme o seu ideal. E aí a herdeira levantou-se e se foi: tinha um outro compromisso, uma festa nas redondezas esperava por ela.

TERRA

*Thomas Fischermann é correspondente para o jornal alemão die ZEIT na América do Sul. Em sua coluna Pé na Praia, faz relatos sobre encontros, acontecimentos e mal-entendidos - no Rio de Janeiro e durante suas viagens. Pode-se segui-lo no Twitter e Instagram: @strandreporter.

CURTA NO TOA - ED.

Ed.

Sinopse: Conheça a extraordinária vida de Ed. Cinquenta anos de uma trajetória inesquecível. Muitos amores, aventuras e histórias marcantes. O que ninguém imagina é o porquê Ed quer acabar com tudo isso. 

Gênero: Animação 
Subgênero: Drama 
Diretor: Gabriel Garcia 
Duração: 14 min Ano: 2013 Formato: HD 
País: Brasil Local de Produção: RS 
Cor: Colorido

COVER DO SÁBADO

Todo o Sentimento é uma canção de Chico Buarque e Cristóvão Bastos, gravada no disco Francisco, em 1987. Originalmente, a música seria um samba, mas uma greve de músicos na época da gravação impediu que os outros instrumentos fossem gravados, o que levou os autores a gravarem só com voz e piano.


Em 1988, Verônica Sabino gravou a canção para a trilha sonora da novela  Vale Tudo, de Gilberto Braga. A música tema da personagem Heleninha Roitman (Renata Sorrah) foi um sucesso.

MONTE SAINTE-VICTOIRE

Monte Sainte-Victoire, do pintor impressionista francês Paul Cézanne, faz parte de uma série com mais de 60 obras do mesmo lugar, o monte Sainte-Victoire, em Provença, onde o pintor cresceu. Suas obras possuem estilos esboçados, mas que, ao mesmo tempo, são claramente pensadas.


Em suas obras, a montanha era vista sob os mais distintos pontos de observação, e o contorno peculiar do maciço rochoso contrastava com a vegetação verdejante e os tons de terra dos arredores.

A perspectiva da obra foi distorcida por Cézanne, com o objetivo de atingir a relação perfeita entre os diversos elementos. A posição central do topo da montanha garante uma composição harmoniosa e equilibrada.

Poucos elementos se destacam na obra, mas a casa, à esquerda, encontra equilíbrio na árvore abaixo do pico. O impacto da obra fica por conta da utilização cuidadosa de cores e formas, que parecem mudar de aspecto em várias partes da tela.

2 detalhes de Monte Sainte-Victoire se destacam:

1. Harmonia de cores:

A varição harmoniosa entre verdes e azuis dá unidade à composição, estendendo-se do céu até a montanha e de lá para toda a paisagem.

2. Ângulos das pinceladas:

Os ângulos das pinceladas variam procurando acrescentar textura e forma aos detalhes. Com uma sutil mistura de cores os objetos transmitem uma sensação de tridimensionalidade, além de acrescentarem profundidade à cena.

Ficha Técnica - Monte Sainte-Victoire:

Autor: Paul Cézanne
Onde ver: Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia
Ano: 1896 1898
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 78,5cm x 98,5cm
Movimento: Impressionismo

Com Universia Brasil

FRASE DO DIA

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

DO CANCIONEIRO POLITICAMENTE INCORRETO


Vaia de Bêbado Não Vale
Tom Zé
  
Primeira edição 
No dia em que a bossa nova inventou o Brasil 
No dia em que a bossa nova pariu o Brasil

Teve que fazer direito 
Teve que fazer Brasil 

Criando a bossa nova em 58 
O Brasil foi protagonista 
De coisa que jamais aconteceu 
Pra toda a humanidade 
Seja na moderna história 
Seja na história da antiguidade 
E por isso, meu nego,

Vaia de bebo não vale 
De bebo vaia não vale 

Segunda edição 
No dia em que a bossa nova inventou o Brasil 
No dia em que a bossa nova pariu o Brasil

Teve que fazer direito 
Teve que fazer Brasil 

Quando aquele ano começou, nas Águas de Março de 58, 
O Brasil só exportava matéria-prima 
Essa tisana 
Isto é o grau mais baixo da capacidade humana 
E o mundo dizia

Que povinho retardado 
Que povo mais atrasado 

Terceira edição 
No dia em que a bossa nova inventou o Brasil 
No dia em que a bossa nova pariu o Brasil

Teve que fazer direito 
Teve que fazer Brasil 

A surpresa foi que no fim daquele mesmo ano 
Para toda a parte

O Brasil d'O Pato 
Com a bossa nova, exportava arte 
O grau mais alto da capacidade humana 
E a Europa, assombrada:
"Que povinho audacioso" 
"Que povo civilizado"

Pato ziguepato ziguepato Pato 
Pato ziguepato ziguepato Pato

Tratou com desacato o nosso amado Pato 
desacato nosso Pato

Viva a vaia, seu Augusto 
Viva a vaia, seu João 
Viva a vaia, viva a vaia 
Viva a vaia com Diós, amor 
Porque me soy argentino 
Argentino, gentino, gentino

COADJUVANTES - RICHARD CRENNA

MÚSICA NA SEXTA

Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, Gonzaguinha, nasceu em 1945, no Rio de Janeiro.

Em uma madrugada, Agnaldo Timóteo contou para Gonzaguinha que estava vivendo um romance perturbado com Paulo Cesar Souza (para quem Timóteo compôs “A bolsa do posto 3”, sucesso na década de 70), cheio de desencontros e brigas. Gonzaguinha escreveu, então, pensando nessa história, "Grito de Alerta", canção de uma dolorida e conturbada história de amor buscando paz.

Porém, antes de Agnaldo saber da existência da canção, Gonzaguinha a entregou para a cantora Maria Bethânia, que no ano anterior gravara com sucesso "Explode Coração", do compositor. Bethânia incluiu "Grito de Alerta" no álbum Mel, de 1979, abrindo o lado B do LP. A canção de tema homoafetivo ganhou interpretação intensa e dramática pela cantora, responsável por outras canções de personagens que se entregam intensamente ao amor, e tornou-se logo um grande sucesso dela e um dos maiores êxitos do bem sucedido álbum.

Quando Agnaldo Timóteo ficou sabendo da canção, Bethânia já tinha a gravado. Irritado por não ter sido o primeiro a gravar a canção cuja história era sobre ele, acabou sendo o segundo a gravar. Sua versão foi adicionada ao álbum Deixe-me Viver, mas não conseguiu destaque.

Sobre o episódio, Timóteo se pronunciou: “Eu fiquei pau da vida com o Gonzaguinha porque aquela história era minha, eu deveria ter sido até parceiro dele na música. Eu falei: Puta que pariu, Gonzaguinha, então eu te conto uma história de minha cama e você dá a música para a Bethânia gravar!?”

No ano seguinte foi Gonzaguinha quem a gravou no seu álbum 'De Volta ao Começo'.



Grito de Alerta
Gonzaguinha
  Primeiro você me azucrina
 Me entorta a cabeça
 Me bota na boca
 Um gosto amargo de fel...
  Depois
 Vem chorando desculpas
 Assim meio pedindo
 Querendo ganhar
  Um bocado de mel...
 Não vê que então eu me rasgo
 Engasgo, engulo
 Reflito e estendo a mão
 E assim nossa vida
 É um rio secando
 As pedras cortando
 E eu vou perguntando:
 Até quando?...
São tantas coisinhas miúdas
 Roendo, comendo
 Arrasando aos poucos
 Com o nosso ideal
 São frases perdidas num mundo
 De gritos e gestos
 Num jogo de culpa
 Que faz tanto mal...
  Não quero a razão
 Pois eu sei
 O quanto estou errado
 E o quanto já fiz destruir
 Só sinto no ar o momento
 Em que o copo está cheio
 E que já não dá mais
 Pra engolir...
  Veja bem!
 Nosso caso
 É uma porta entreaberta
 E eu busquei
 A palavra mais certa
 Vê se entende
 O meu grito de alerta
 Veja bem!
 É o amor agitando o meu coração
 Há um lado carente
 Dizendo que sim
 E essa vida dá gente
 Gritando que não.

FRASE DO DIA

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

POR QUE NÃO ESTOU SURPRESO?

ÁLBUM DA QUINTA

INNER WORLDS - 1976 - MAHAVISHNU ORCHESTRA

A Mahavishnu Orchestra foi criada em 1970 por John McLaughlin, e na sua primeira formação, com a qual gravou três discos, contava com Billy Cobham (bateria), Rick Laird (baixo), Jerry Goodman (violino) e Jan Hammer (teclados). Com a segunda formação - Narada Michael Walden (bateria, piano e vocal), Ralphe Armstrong (baixo), Jean-Luc Ponty (violino), Gayle Moran (piano e vocal) mais um trio de cordas (Steven Kindler, Carol Shieve e Phillip Hirsch) - a banda gravou dois discos.


Inner Worlds, lançado em 1976, é o sétimo disco da Mahavisnhu Orchestra (último da 'primeira fase', já que a banda ficaria arquivada até o retorno em 1984). Neste álbum, a formação passou a contar com Stu Goldberg (teclados), McLaughlin, Narada e Armstrong.


Inner Worlds, além das sonoridades indianas, tem forte experimentação eletrônica. Destaque para River of my Heart (lindo vocal de Narada), The Way of PilgrimIn my Life (poema religioso, com belíssimo solo de violão de 12) Planetary Citizen, que mais tarde foi sampleada e fez sucesso nas pistas de dança nova-iorquinas, fato curioso na carreira da banda.


Lado 1
1."All in the Family" (McLaughlin) - 6:02
2. "Miles Out" (McLaughlin) - 6:44
3. "In My Life" (McLaughlin, Walden) - 3:22
4. "Gita" (McLaughlin) - 4:29
5. "Morning Calls" (McLaughlin, Walden) - 1:23

Lado 2
1. "The Way of the Pilgrim" (Walden) - 5:15
2. "River of My Heart" (Anderson, Walden) - 3:41
3. "Planetary Citizen" (Armstrong) - 2:14
4. "Lotus Feet" (McLaughlin) - 4:24
5. "Inner Worlds, Pts. 1 & 2" (Goldberg, McLaughlin) - 6:37


John McLaughlin - guitarra, violão synthesizer ", 360" sistemas frequency shifter, 12 cordas acoustic guitar, backing vocals, E-MU synthesizer / sequencer, produção
Narada Michael Walden - bateria, congas, baixo marimba, shaker, piano, vocais, órgão, tímpanos, sleigh bells, gong
Ralphe Armstrong - baixo, vocal
Stu Goldberg - órgão, piano, mini-moog, backing vocals, clavinet, sintetizador de cordas

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CORREIO DO CORVO

Debbie Reynolds
(01/04/1932 - 28/12/2016)

FRASE DO DIA

DAS MADRUGADAS

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

DA SÉRIE 'GRANDES MANCHETES'

ILUMINADA, COM CERTEZA!

GRANDES FRASES DE GRANDES FILMES

 “Say, any of you boys smithies? Or, if not smithies per se, were you otherwise trained in the metallurgic arts before straitened circumstances forced you into a life of aimless wanderin’?”

(Digam-me, algum de vocês, rapazes, é um ferreiro? Ou, se não ferreiros per se, teriam vocês sido treinados nas artes metalúrgicas antes que as críticas circunstâncias os forçassem a levar esta vida de vagar sem um destino certo?)
Ulysses Everett McGill (George Clooney) - O Brother, Where Art Thou? (E aí, meu Irmão, cadê você?) - 2000

CRIATURAS QUE O MUNDO ESQUECEU

Redbone é um grupo de rock americano formado na década de 1970 pelos irmãos Pat e Lolly Vegas. Eles chegaram ao Top 5 na 100 chart EUA Billboard Hot em 1974 com o single, "Come and Get Your Love". O single vendeu mais de meio milhão de cópias, o que lhes rendeu seu primeiro disco de ouro.

O nome Redbone é um termo cajun para uma pessoa de raça mista. A banda tem como referência o cajun e a cultura de New Orleans. Patrick e Lolly Vasquez-Vegas são uma mistura de Yaqui e Shoshone com herança mexicana. Os irmãos começaram a tocar e gravar surf music como Vegas Brothers.


O grupo emplacou outros sucessos ao longo da carreira, como "We Were All Wounded At Wounded Knee", "The Witch Queen of New Orleans", "Wovoka", e "Maggie", nos EUA, mas predominantemente no exterior. Redbone é conhecido e acreditado na NY Smithsonian como o primeiro grupo americano de rock/cajun native ter um swingle nº 1 nos EUA e no exterior.

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FRASE DO DIA

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

CORREIO DO CORVO

Carrie Fisher
(21/10/1956 - 27/12/2016)

MUDA, BRASIL!!!

PRIMEIROS PARÁGRAFOS INESQUECÍVEIS


"Foi um trompaço tão forte que só me levantei da queda treze anos mais tarde. Com efeito, não foi um bofetão comum. Para desfechá-lo, foi preciso se juntar muita gente."

Papillon - Henri Charrière - 1976

DA SÉRIE 'GRANDES MANCHETES'

A MENINA E O CAVALO

BREGA CHIQUE

Um dos grandes sucessos de Carmem Silva, "Concerto Para um Verão" foi gravada em um compacto simples da RCA Victor, em 1972. A música é uma versão de Sebastião Ferreira da Silva e Tony Damito de "Concerto Pour Un Été", do francês A. Morisod.


Foi no último verão
Que lhe conheci, então
O amor logo nasceu dentro de mim
Olhando o mar azul bem junto a ti
Feliz até sonhei

Mas um ano se passou
Só ilusão ficou, chorei
As lágrimas caindo sobre areia
quente do verão
Onde nós dois vivemos o amor
Porque, fui voltar aqui
Pra lembrar nosso amor

FRASE DO DIA

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

CORREIO DO CORVO

George Michael
(25/06/1963 - 25/12/2016)

PÉROLAS DO JORNALISMO

DO CANCIONEIRO POLITICAMENTE INCORRETO


Bete Morreu
(Marcelo Nova e Robério Santana)

Bete tão bonita, gostosa
Bete era o tesão da escola 
Sempre na coluna social 
Exibindo o seu sorriso ba_nal 

Todos queriam Bete 
Desejavam Bete
Sonhavam com Bete
Mas ela nem ligava 

Um dia ela saiu de casa 
Mas ao dobrar a esquina 
Foi empurrada dentro de um carro 
Para deixar de ser menina 

Amordaçaram Bete 
Espancaram Bete 
Violentaram Bete 
Ela nem se mexeu 
Bete morreu 
Bete morreu 

Seu corpo foi encontrado 
Por um chofer de caminhão 
E agora está apodrecendo 
Lá dentro do caixão 

Amordaçaram Bete 
Espancaram Bete 
Violentaram Bete
Ela nem se mexeu 
Bete morreu 
Bete morreu 

MOTEL EVANGÉLICO

CLÁSSICOS PARA A VIDA ETERNA

10538 OVERTURE (1972) ELECTRIC LIGHT ORCHESTRA

Sérgio Luiz Gallina


Did you see your friend, crying from his eyes today?
Did you see him run through the streets and far way?
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Did you see him run? Did you see him fall?
Did his life flash by on the bedroom door?
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Did you hear the news came across the air today?
Someone has been found on the rocks down in the bay.
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Did you see him hide? Did you see him crawl?
Does his life mean more than it did before.
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Did you see that man running through the streets today?
Did you catch his face, was it 10538?
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FRASE DO DIA

sábado, 24 de dezembro de 2016

DO FUNDO DO BAÚ

White Christmas é uma canção natalina composta por Irving Berlin e gravada originalmente por Bing Crosby. A versão de Crosby figura no Guinness World Records como o single mais vendido de todos os tempos, tendo superado a marca de 100 milhões de cópias em todo o mundo.


Outras versões da canção, somando a de Crosby, já venderam mais de 150 milhões de cópias.

wikipedia

LEITURA DE NATAL

AQUELAS COISAS DE SEMPRE

       Luis Fernando Veríssimo
Tenho inveja dos cronistas novos. Não porque eles não sabem que todas as crônicas de Natal já foram escritas e podem escrevê-las de novo. Mas porque podem fazer isto sem remorso.

Tem a crônica de Natal tipo “o que eu gostaria que Papai Noel me trouxesse”. A Luana Piovani ou um fac-símile razoável, a paz entre os povos, um centroavante para o Internacional (ou um fac-símile razoável) etc.

Tem as infinitas variações sobre problemas encontrados por Papai Noel no mundo moderno (seu trenó levado num assalto, sua dificuldade em se identificar em portarias eletrônicas, protestos de ambientalistas contra o seu tratamento das renas, suspeita de exploração de trabalho escravo, suspeita de pedofilia etc.).

Tem as muitas maneiras de atualizar a história da Natividade (Maria e José em fila do SUS, os Reis Magos chegando atrasados porque foram detidos por patrulhas israelenses ou militantes palestinos, Jesus vítima de uma bala perdida).

Tem as versões diferentes da cena na manjedoura, inclusive — juro que já li esta, se não a escrevi — narrada do ponto de vista do boi.

Todas já foram feitas.

Há tantas crônicas de Natal possíveis quanto há meios de se desejar felicidade ao próximo.

Os cartões de fim de ano são outro desafio à criatividade humana. Pois todas as suas variações também já foram inventadas.

Quando eu trabalhava em publicidade, todos os anos recebia encomendas de saudações de Natal e Ano Novo “diferentes”, porque os clientes não se contentavam em apenas desejar que o Natal fosse feliz e o Ano Novo fosse próspero.

Uma vez sugeri um cartão de Natal completamente branco com a frase “Aquelas coisas de sempre…” num canto, mas acho que este foi considerado diferente demais.

E dê-lhe poesia, pensamentos inspiradores, má literatura e a busca desesperada do diferente.

Um cartão em forma de sapato, de dentro do qual saía uma meia: a meia para o Papai Noel encher de presentes e o sapato para entrar no Ano Novo de pé direito. Coisas assim.

Enfim, tudo isto é apenas para desejar a você aquelas coisas de sempre…

AS GRANDES BANHISTAS

As grandes banhistas foi o quadro sobre o qual Pierre-Auguste Renoir trabalhou por mais tempo: cerca de três anos.


Contornos lineares e precisos, perfeita combinação de cores, leveza e delicadeza são resultados da busca exigente do pintor. Para conseguir a perfeição que queria, chegou a fazer vários croquis durante os anos de 1883 e 1886, para a obra de grandes proporções. Renoir começou a conceber esse quadro quando regressou à França, em 1882. Alguns estudiosos acreditam que a escolha do tema e do estilo tenha sido influenciada pelas tendências renascentistas absorvidas pelo pintor durante passagem pela Itália. As Grandes Banhistas representa os interesses do artista impressionista pela figura feminina, presença constante em toda sua obra, principalmente em seus últimos anos de vida.

Para Renoir, a mulher representava o belo. “Eu ainda não sabia caminhar e já amava as mulheres”, dizia. O importante, em sua visão, era refletir o encanto feminino que sentia enquanto estava pintando cada jovem.

As Grandes Banhistas – 1887
Óleo sobre tela
118 cm x 170cm
Museum of art, Filadélfia(EUA)

'COVER' DE NATAL

Happy Xmas (War is Over) é uma canção do cantor e compositor John Lennon, lançada em 1971 como single do grupo Plastic Ono Band. Originalmente uma canção de protesto sobre a Guerra no Vietnã, tornou-se um famoso tema de Natal. A versão original contou ainda com a participação de coral de crianças do Harlem.


Inúmeras versões da canção foram gravadas ao longo dos anos, mas hoje o 'cover do sábado' apresenta a versão original.

Com wikipedia