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sábado, 8 de março de 2014

8 DE MARÇO


Super-Homem - A Canção

(Gilberto Gil)

Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter

Que nada, minha porção mulher que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É o que me faz viver

Quem dera pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera
Ser o verão no apogeu da primavera
E só por ela ser

Quem sabe o super-homem venha nos restituir a glória
Mudando como um Deus o curso da história
Por causa da mulher

Quem sabe o super-homem venha nos restituir a glória
Mudando como um deus o curso da história
Por causa da mulher

COVER DO SÁBADO

Gypsy Woman foi composta por Curtis Mayfield e gravada por seu grupo, The Impressions, em 1961. Não foi um dos maiores sucessos do grupo, mas foi uma das canções que ajudou a definir o que ficaria conhecido como "Soul de Chicago", que passaria a rivalizar com os grupos do selo Motown, de Detroit.


Em 1990, Santana regravou a música em seu décimo quinto álbum de estúdio, Spirits Dancing in the Flesh, com vocal de Alex Lighterwood. A música foi um dos destaques do disco, que atingiu a 85ª posição na parada da Bilboard. Foi o último disco de Santana pela Columbia Records.


DE ONDE VIEMOS? O QUE SOMOS? PRA ONDE VAMOS?

A obra “De Onde Viemos? O Que Somos? Para Onde Vamos?” do pintor francês Paul Gauguin, artista que começou a pintar inspirando-se no impressionismo, movimento que abandonou anos depois, é, possivelmente, a obra mais ambiciosa do artista.


O cenário da pintura é o Taiti, lugar no qual o pintor passou a maior parte de seus últimos dez anos. Os corpos sólidos e sensuais que aparecem na pintura, assim como as formas sinuosas das árvores e o colorido intenso, evocam o paraíso tropical, parte real e parte imaginário, que o inspirou.

A obra conta uma história, assim como várias outras de Gauguin. As figuras nos planos mais próximos representam o ciclo de vida, refletindo as questões propostas pelo pintor no título de sua obra. O ciclo se inicia na direita, com um bebê dormindo, e termina na extrema esquerda, com uma mulher velha e uma ave.

A obra deixa evidente o hábito do pintor em utilizar as cores saturadas e figuras ousadas, com contornos nítidos, para criar uma composição quase abstrata. A cor cria um poderoso impacto com seus contrastes entre o verde e o azul das matas e o amarelo dos corpos. Além disso, a cor tem, também, uma função decorativa e sensual.

A pintura era considerada pelo autor o ponto culminante de sua obra, na qual ele demonstra o uso radical da cor e da forma que o tornou tão influente.

5 detalhes de De Onde Viemos? O Que Somos? Para Onde Vamos? se destacam:

1. Bebê adormecido:

 O bebê dormindo aparece no canto direito da tela, seguindo a convenção oriental de leitura. A criança representa o início do ciclo da vida.

2. Fruta colhida:

 Enchendo a altura da tela encontra-se um jovem que se estica para colher uma fruta. Esse é o ponto focal da pintura. A forma de seu corpo é delineada em preto e os tons brilhantes de sua pele são realçados pelo fundo predominantemente azul e verde.

3. Divindade:

 A figura em azul, imaterial e baseada em relevos polinésios, indica o mundo do além. Ela também aparece em outras obras do artista, devido ao seu choque com a distruição pelos missionários cristãos de arte sacra nativa no Taiti.

4. Título:

 Perto do fim de sua vida, Gauguin passou a intitular suas obras com perguntas. O artista respondeu às próprias perguntas dizendo que somos uma existência mundana e que vamos para junto da morte.

5. Velha:

 Sentada próxima a uma bela jovem encontra-se uma mulher velha e de pele escura. Ela se agacha na sombra, como se estivesse esperando pelo fim da vida. A ave branca parada ao seu redor pode ser uma representação da fase final e desconhecida que se segue a morte.

Ficha Técnica - De Onde Viemos? O Que Somos? Para Onde Vamos?:

Autor: Paul Gauguin
Onde ver: Museum of Fine Arts, Boston, EUA
Ano: 1897 - 98
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 139,1cm x 374,6cm
Movimento: Pós-Impressionismo

Com Universia Brasil

Nota da Redação: “O pintor Paul Gauguin amou a luz na Baía de Guanabara”.

FRASE DO DIA

“Não há nada mais importante que a mulher, o resto é bobagem.”
Oscar Niemeyer

sexta-feira, 7 de março de 2014

DIREITO ALTERNATIVO

Na ZH de hoje há uma reportagem sobre a insatisfação do Ministério Público e da polícia gaúcha em relação à atuação da juíza Sonáli da Cruz Zluhan, uma magistrada de "perfil liberal". De 21 de janeiro até agora ela já revogou a prisão de 31 réus, alguns de alta periculosidade.

"Alinhada ao direito alternativo, que recomenda que a aplicação de uma lei deve levar em conta o contexto social de cada caso, Sonáli Zluhan fez com que 20 presos voltassem às ruas — 11 dos 31 cumprem pena por outros crimes e seguiram detidos — em pouco mais de um mês em Porto Alegre. Na maioria dos casos, eles respondem por delitos como homicídio doloso, formação de quadrilha, tráfico de drogas e receptação."

Direito alternativo. Então tá...

OSCAR 2014


FANTÁSTICO


Eu não sei a origem do termo “zapear”. Imagino que seja um neologismo onomatopaico. Mas não interessa, é das melhores coisas que se pode fazer nessa vida.

E, “zapeando”, numa madrugada dessas, acabei assistindo um trecho de um documentário sobre o feminismo. Em um protesto contra, pelo que entendi, a existência de homens no mundo de forma geral, uma moça dá a seguinte declaração, que eu não entendi, mas achei fantástica: “Testículos são armas de destruição em massa!”

MÚSICA NA SEXTA

Geraldo Azevedo de Amorim nasceu em Petrolina, PE, em 1945.

Diferentemente da maioria dos artistas que passaram aqui no Música na Sexta, Geraldo Azevedo não vem de uma família de músicos.

Tocando violão desde os 12 anos, iniciou sua trajetória na música profissional aos 18, quando foi estudar em Recife. Lá ingressou em um grupo do qual faziam parte, entre outros, Naná Vasconcelos e integrantes do Quinteto Violado. Depois passou a fazer parte do grupo que acompanhava Geraldo Vandré. Foi Eliana Pittman quem gravou sua primeira composição, Aquela Rosa.

Gravou seu primeiro disco com Alceu Valença: “Quadrafônico” com arranjos de Rogério Duprat.

Sobre o parceiro, Alceu relembra: “Geraldo Azevedo esteve recentemente em minha casa, com seu violão, sua paz e uma garrafa de vinho debaixo do braço. Cantou, tocou, relembrou o tempo em que formamos uma dupla. Geraldo Azevedo faz parte de mim. Talvez eu não existisse como artista se não o tivesse conhecido. Foi Geraldo quem quebrou minha timidez em relação à música. Com ele compus “Talismã”, “78 rotações”, “Virgem Virgínia”. Se eu morasse perto de Geraldo, tocaria violão todo dia. Ele jamais se afasta do violão. Quando conversa, está com o violão. A cada gole na taça de vinho, faz uma passagem rítmica ou um acorde. Já me contaram que até quando vai ao banheiro ele leva o instrumento. Temos ligações familiares. Ele é meu compadre, pois sou padrinho da apaixonante Gabi. Quando conheci Geraldo, ele não bebia nada e só ficava observando o compadre biriteiro. Hoje é o contrário.

É desse disco a música "78 rotações".


78 rotações
Geraldo Azevedo/Alceu Valença
Ela vinha numa manhã
Rachada
Pelo vento que soprou
De madrugada
No frio de uma manhã de maio
De franja na testa
Tentava esconder o pensamento
Que só pensava em mim
Ela pensava em nós
Meu cigarro clareando
A madrugada
Nosso quarto, nossa vida, nossa casa
Na beira do mangue
Na beira da lama
Na beira de Olinda
Eu nem me lembro da casinha
pequenina
Na beira do mangue
Na beira da lama
Na beira de Olinda
Perdida em 78 rotações...

FRASE DO DIA

"Como se pode governar um país que tem 246 espécies de queijo?"
Charles de Gaulle

quinta-feira, 6 de março de 2014

PRIORIDADES

Vi um comentário no tuíter que me alerta pra um fato curioso. Em mercados, bancos, agências lotéricas, ônibus e acho que em qualquer poltrona de residência familiar, são reservados acentos exclusivos para gestantes, idosos, entre outros. Tudo para que eles tenham conforto e não sofram com longas esperas, intempéries e esforços físicos. 

Entretanto, em grande parte das matérias sobre o carnaval são mostrados idosos sambando e declarando “animação não pode faltar” e gestantes sambando na avenida como se não houvesse amanhã.

Pode isso, Arnaldo?

ESCALA

Quem já teve que avaliar alguém ou alguma coisa, valendo nota – como se dizia no meu tempo de colégio –, sabe que, por mais técnico que seja o critério, sempre há margem pra subjetividade.

Pensei nisso quando vi um pedaço da apuração dos desfiles das escolas de samba. Como pode um sujeito dar 9,6 pra um e 9,7 pra outro. Que tanta perícia esse cabra tem?

Aí, fui tentar entender. Na verdade as notas vão de 9 a 10. E (se é que entendi corretamente, em caso contrário, cartas para a redação) não de 0 (zero) a 10, como este inocente aqui pensava. Então, uma nota 9 equivale a um zero, uma nota 9,8 equivale a uma nota 8, e assim por diante. Não existe fração nenhuma. Portanto, dizer que uma escola perdeu por “um décimo” é quase uma figura de linguagem, mera questão de escala.

Podem dormir tranquilos agora.

MÚSICA POPULAR

Muito do que sei de música devo à rádio FM Cultura, 107,7. Não culpe a rádio pelas bobagens que eu escrevo, eles não têm culpa de nada.

Acho que muita gente aprendeu a ouvir música por ali também. E deve ter gostado tanto ou mais do que eu do que ouviu. Tanto que aprenderam a tocar todas aquelas músicas. Falo da parte de música popular brasileira da rádio (repare, caro leitor, que não escrevi MPB, mas isso é outro assunto).

As mesmas músicas que ouvia ali há uns 15 anos, continuo ouvindo. Não sei se mudou um pouco a orientação da rádio (fazia tempo que não escutava), mas agora parece que as músicas não são mais tocadas pelos seus autores ou intérpretes que consagraram aquelas músicas. Quase tudo agora é com novos intérpretes. Todos talentosíssimos, altamente técnicos e virtuosos nos seus instrumentos ou na voz.

E o que eles fazem? Pegam os velhos clássicos e fazem releituras, repaginações, revisitações ou qualquer outro nome que se queira dar pra regravações.

Até aí eu entendo. Não gosto, mas entendo. É do jogo. O problema é que parece tudo técnico demais, asséptico demais, pasteurizado demais. Falta “jenesequá”. E um tanto de criatividade, claro.

ÁLBUM DA QUINTA

LUZ - 1982 - DJAVAN

Luz é o quinto álbum do compositor e cantor Djavan. Por conta de sua musicalidade brasileira típica de exportação, Djavan recebeu, em 1982, um convite da gravadora CBS (futura Sony Music) para gravar nos EUA e lançar o disco no mercado americano.



O disco teve produção de Ronnie Foster, um dos principais produtores da soul music americana, e a participação de renomados músicos lá consagrados, além de sua banda Sururu de Capote.


Luz talvez possa ser considerado o disco de onde saíram mais clássicos do repertório de Djavan. Coisas como “Capim”, “Sina”, “Pétala”, “Açaí”, “Esfinge”, “Nobreza”, “Banho de Rio” e “Minha irmã” são alguns exemplos das canções que marcaram a música brasileira e fazem sucesso até hoje. Stevie Wonder participa da música "Samurai", um dos maiores sucessos do álbum.


Lado A
1. Pétala   4:43
2. Luz   4:08
3. Nobreza   2:28
4. Capim   4:17
5. Sina  5:32

Lado B
6. Samurai    4:48
7. Banho de Rio   4:36
8. Açaí   4:38
9. Esfinge   4:20
10. Minha Irmã   2:08


Baixo: Abraham Laboriel (Faixas 1, 2, 5, 6, 7, 8 e 9) / Sizão Machado (Faixas 3, 4 e 10)
Bateria: Harvey Mason - (Faixas 1, 2, 5, 6 e 9) / Téo Lima ( Faixas 4, 8 e 10 )
Guitarra: Djavan - (Faixas 1, 5, 6, 8 e 9) / Paulo Jackson Jr. (Faixas 5 e 9)
Piano: Jorge Dalto (Faixas 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9) / Luiz Avellar (Faixas 4 e 10)
Teclados: Ronnie Foster (Faixas 1, 5, 6 e 10)
Trombone: Raul de Souza
Arranjo: Moacir Santos (Faixa 4)

FRASE DO DIA

"Se me virem dançando com uma mulher feia é porque a campanha já começou." 
Juscelino Kubitschek

quarta-feira, 5 de março de 2014

SUINGUE

A música tem um andamento lento. É assim. O autor da música fez assim. Era desse jeito que ele queria. Aí vem um malandro achando que tá fazendo um favor para o mundo e diz assim: “A gente resolveu colocar um pouco de suingue nessa música”.

Se o sujeito julga que o mundo precisa de mais suingue, que toque as músicas do Simonal, do Tim Maia ou do James Brown. Ou, melhor ainda, componha músicas suingadas. E fique suingando loucamente. Mas sem esculhambar as músicas dos outros.

FELICIDADE

Quase não saí de casa neste carnaval. (Quando digo esse tipo de coisa sempre lembro do finado e saudoso seu Cláudio, que dizia “lugar de atrofiado é em casa mesmo”). Um mercado aqui, um restaurante ali. E na terça-feira “gorda” tive o desprazer de dar de cara com um bloco de carnaval.

Eu entendo o porquê de as pessoas frequentarem o carnaval. É o mesmo motivo pelo qual vão no brique ou em qualquer lugar: ver, ser visto, ver quem está vendo. E as consequências disso, naturalmente.

O que eu não entendo é toda a felicidade e alegria dentro das pessoas. Felizes por estarem pulando, felizes por estarem indo pra onde as pessoas estão pulando. Felizes por ter que desviar de gente urinando em qualquer canto.

Mas o que realmente  me atormenta é, se existe tanta felicidade, tanta euforia acumulada como uma mega-sena, por que esperar o carnaval pra “extravasar” essa alegria?

CRIATURAS QUE O MUNDO ESQUECEU

Chrystian, nome artístico de José Pereira da Silva Neto (Nazário, 3 de novembro de 1956) é um cantor sertanejo, que, com seu irmão Ralf, faz parte da dupla Chrystian & Ralf. Na infância, ele e seu irmão já acompanhavam o pai Mário, seu tio Plínio e a mãe, Eunice, nas serestas goianienses.

Na década de 70, quando mudou-se para São Paulo, foi obrigado, como muitos outros, a cantar em inglês, por exigência das gravadoras. No início, ele aparecia quase como um cantor "fantasma", já que na capa de seu disco de estreia, em vez de sua própria foto, vinha o rosto de um modelo. Também não podia aparecer na televisão para que não soubessem que se tratava de um cantor brasileiro.



Em 1973, graças à novela Cavalo de Aço, emplacou seu primeiro sucesso, Don't Say Goodbye, tema dos personagens de Tarcísio Meira e Glória Menezes. A música ficou 19 semanas em 1º lugar nas paradas.

GRANDES FRASES DE GRANDES FILMES

"Wrong! Do it again!"
(Errado! Façam de novo!)
Teacher (Alex McAvoy) – Pink Floyd  The Wall (1982)

FRASE DO DIA

"Se não fosse o Diabo, Deus já teria morrido de tédio."
Peter Griffin

terça-feira, 4 de março de 2014

SEGURANÇA

O prédio onde moro teve um problema de arrombamento. Nada de grave, os meliantes entraram no que chamam aqui no prédio de “casa das máquinas”. Levaram algumas ferramentas, lâmpadas etc. Fora o fato de ter vagabundos andando pelo prédio, nada sério.

A atitude do síndico – desses ditos profissionais – é que me causou espécie. Disse pra todo mundo trancar a porta e o portão de entrada do prédio em qualquer dia e horário. E completou: “A segurança do prédio depende apenas de nós mesmos”.

Ora, será que ele é inocente, burro ou não sabe escrever? Se a segurança dependesse somente de quem mora no prédio não precisaríamos fechar porta nenhuma.

BREGA CHIQUE

O argentino Roberto Livi iniciou sua carreira no Brasil em 1964, no período final da Jovem Guarda, tendo sucesso com dois discos e vários singles, entre eles Teresa (versão de Juvenal Fernandes para o original de Sergio Endrigo), que vendeu uma cifra respeitável (para 1967) de 11.000 exemplares em um mês.

Como produtor, trabalhou com os The Fevers, Augusto José e outros artistas da Odeon. Foi o responsável pelo lançamento de Sidney Magal e foi o compositor e produtor de "Sou Rebelde", um grande sucesso de Lilian. Após a década de 80, Livi foi trabalhar em Miami, onde se tornou um compositor ativo para artistas como Julio Iglesias e produtor de vários álbuns.


Tereza, quando te dei aquela
Rosa bem vermelha
Me lembro do teu rostinho que ficou da mesma cor
Tereza, eu pude então de tar um beijo comovido
Me lembro dos teus olhinhos me falando de amor
Tereza, eu ja nem sei se tu me queres, será talvez
que não te atreves a me entregar o teu amor
Agora tereza, ja não entendo mesmo nada,
quase nada, não quero ficar pensando 
tanto assim em te perder
tereza eu quero tanto que me fales como
antes me lembro que tinha medo de perder o meu amor
Tereza, eu ja nem sei se tu me queres - BIS
Sera talvez que não te atreves a me entregar seu coração

FRASE DO DIA

"Eu quero dinheiro apenas para ser rico."
John Lennon

segunda-feira, 3 de março de 2014

SERVIÇO


As rádios estão pródigas em dar os serviços que funcionarão ou não durante o Carnaval. Frisam, em especial, que os bancos não funcionarão na segunda e nem na terça-feira.

Essa informação pode ser muito útil. Pra quem está chegando de Marte. Todo ano é a mesma coisa. Só falta alguém me dizer que foi surpreendido ao chegar ao banco e ver as portas fechadas.

CONTO ERÓTICO

O site Interfilmes apresenta da seguinte maneira a sinopse de Her, filme que concorreu em algumas categorias do Oscar 2014:

Theodore Twombly (Joaquin Phoenix) é um homem complexo e emotivo que trabalha escrevendo cartas pessoais e tocantes para outras pessoas. Com o coração partido após o final de um relacionamento, ele começa a ficar intrigado com um novo e avançado sistema operacional que promete ser uma entidade intuitiva e única. Ao iniciá-lo, ele tem o prazer de conhecer "Samantha", uma voz feminina perspicaz, sensível e surpreendentemente engraçada. A medida em que as necessidades dela aumentam junto com as dele, a amizade dos dois se aprofunda em um eventual amor um pelo outro.

Lembrei de um conto de Luis Fernando Veríssimo, do seu livro “Ed Mort e outras histórias”, de 1985.

         Conto Erótico
- Às suas ordens.

- Que-quem é?

- Às suas ordens.

- Acho que apertei o botão errado. Ainda não me acostumei com o painel deste novo sistema. Como é que eu faço para conseguir uma linha direta?

- Linha direta: Comprima o botão vermelho no canto direito inferior do painel. Aguarde. Se não der sinal de linha, comprima o marrom, depois o vermelho novamente. Repita a operação até conseguir a linha. Obrigado, senhorita... De nada. Desligo.

- Escute!

- Às suas ordens.

- Olhe. Por favor, não pense que eu estou sendo indiscreto, mas é que eu não reconheci a sua voz. Você é nova no escritório? Alô?

- Às suas ordens.

- Eu só queria esta informação...

- Informação: Comprima o "zero" no painel. Aguarde. Quando ouvir o sinal eletrônico, declare a informação desejada. Fale pausadamente.

- Não, não. Eu só queria saber... Em primeiro lugar, o que é que você está fazendo aqui esta hora? Todo mundo já foi pra casa. Já sei, é seu primeiro dia, você ainda está desambientada. Mas não precisa exagerar. Ninguém me disse que iam contratar uma nova telefonista. Aliás, me disseram que com este novo sistema, não precisava telefonista. Você não me responde?

- Às suas ordens.

- Só me diga seu nome. Olhe, não sei o que lhe disseram a meu respeito, mas eu não sou um patrão duro, não. Só fico até esta hora no escritório porque, francamente, este é o lugar onde me sinto melhor. Minha mulher nem fala mais comigo. Me sinto muito melhor aqui, na minha mesa, na minha poltrona giratória, as minhas coisas, agora este novo telefone... Entendeu? Não sei porque estou contando isso pra você. Ah é pra você não ter medo de conversar comigo. Sou absolutamente inofensivo. As funcionárias deste escritório, pra mim, fazem parte da mobília, entende? Jamais faltei com respeito com nenhuma delas. Aliás, jamais faltei com respeito com mulher nenhuma viu? Você não tem nada pra me dizer?

- Não há mensagens.

- O quê?

- Às suas ordens.

- Mas eu sou um animal. Você é uma gravação! Agora entendi. E eu aqui falando sozinho... Mas sabe que você tem uma voz linda?

- Às suas ordens.

- Quero fazer amor com você. Agora. Aqui. Em cima da mesa. Com a sua cabeça atirada pra trás, por cima do calendário eletrônico. Com o jogo de canetas de acrílico espetando as suas costas. E você rindo, selvagemente, de prazer e de dor. Depois rolaremos pelo carpete como dois loucos. Como duas feras. Derrubaremos a mesa do café.

- Café: comprima o botão rosa.

- Ahn. Diz de novo. Comprima o botão rosa. Diz. Café.

- Café: comprima o botão rosa.

- Quero passar o resto da minha vida ouvindo a sua voz e comprimindo o seu botão rosa. Nunca mais preciso sair do escritório. Só nós dois. Quero fazer tudo com você. Tudo! Você deixa?

- Às suas ordens.

CLÁSSICOS PARA A VIDA ETERNA

EU QUERO É BOTAR MEU BLOCO NA RUA - 1972 - SÉRGIO SAMPAIO

Sérgio Moraes Sampaio (Cachoeiro de Itapemirim, 13 de abril de 1947 — Rio de Janeiro, 15 de maio de 1994) foi um cantor e compositor brasileiro. Suas composições variam por vários estilos musicais, indo do samba e choro, ao rock'n roll, blues e balada. Morreu prematuramente de pancreatite em 1994.

Seu maior sucesso foi Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua, de 1972, que lhe rendeu vários prêmios e foi sucesso de execução e vandas.



Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga
Que eu caí do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou

Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar, pra dar e vender

Eu, por mim, queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo, um grilo menos disso
É disso que eu preciso ou não é nada disso
Eu quero é todo mundo nesse carnaval...

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar, pra dar e vender

FRASE DO DIA

"Conheci toda espécie de homem, de um guerrilheiro latino-americano a um sheik saudita." 
Candice Bergen

DAS MADRUGADAS

Os últimos acontecimentos sociais não influenciaram muito e nem diretamente na minha vida. Mas eu não sou parâmetro pra nada.

Ouvi muitos relatos de pessoas que padeceram com a última greve dos ônibus na MuiLeal. E parece que até agora ninguém apresentou um número aproximado do prejuízo causado pela paralisação dos coletivos. O que me fez lembrar das Aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor.

 A civilização se tornou complicada
Que ficou tão frágil como um computador
Que se uma criança descobrir
O calcanhar de Aquiles
Com um só palito para motor

domingo, 2 de março de 2014

CURTA NO TOA - ELETROTORPE


ELETROTORPE
Sinopse: Numa noite, universos aparentemente desconexos se cruzam. Uma estrada e uma rave são início e fim de uma inusitada jornada das vidas de quatro personagens que são obrigados a confrontarem seus valores em uma viagem entorpecente, ao som de música eletrônica.

Gênero: Ficção
Subgênero: Drama, Suspense
Diretor: Nalu Béco, Yuri Amaral
Elenco: João Rodrigues, Mayana Moura, Rita Pisano, Thiago Real
Duração: 14 min
Ano: 2008
Formato: Beta
País: Brasil
Local de Produção: SP
Cor: Colorido

LUIGGI PERGUNTA


Será que algum dia vai ser possível ouvir uma referência a Elis Regina sem que se ouça a sua alcunha “pimentinha”?

DO FUNDO DO BAÚ

José Flores de Jesus, o Zé Keti, nasceu no Rio de Janeiro em 1921 e faleceu no Rio em 1999.

Começou a atuar na década de 1940, na ala dos compositores da escola de samba Portela. Em 1955, sua carreira começou a deslanchar quando seu samba "A voz do morro", gravada por Jorge Goulart e com arranjo de Radamés Gnattali, fez enorme sucesso na trilha do filme "Rio 40 graus", de Nelson Pereira dos Santos. 

Em 1964, participou do espetáculo "Opinião", ao lado de João do Vale e Nara Leão, que o levou ao concerto que tornou conhecidas algumas de suas composições, como "Opinião" e "Diz que Fui por Aí" (esta em parceria com Hortêncio Rocha). No ano seguinte, lançou "Acender as velas", considerada uma de suas melhores composições.


Com Hildebrando Matos, compôs, em 1967, a marcha-rancho "Máscara Negra", outro grande sucesso, gravada por ele mesmo e também por Dalva de Oliveira, foi a música vencedora do carnaval, tirando o 1º lugar no 1º Concurso de Músicas para o Carnaval, criado naquele ano pelo Conselho Superior de MPB do Museu da Imagem e do Som e fazendo grande sucesso nacional.

LEITURA DE DOMINGO

      Herman Hesse
Um só bom e verdadeiro leitor é muito mais do que milhares de leitores superficiais. Assim também são tão pouco importantes os empreendimentos, as vitórias, as realizações de um ditador, de um ladrão, etc., pois todos só se contam pela quantidade e só graças a ela se fizeram.

Cada livro que lemos agita sempre nossa bússola interior. Cada autor nos mostra como o mundo pode ser enfocado sob outros pontos de vista diversos. Aos poucos, vai cessando a oscilação, e a agulha volta a indicar a antiga direção que as tendências de nosso próprio ser lhe davam. Assim acontece sempre comigo, quando faço uma pausa em minhas leituras. 

Podemos ler muito, e um solitário amigo da leitura respeita os livros e o que eles dizem, do mesmo modo como um homem educado respeita os outros homens. Fico às vezes admirado de quanto proveito as leituras nos trazem. Mas, depois, é preciso de novo deixar tudo de lado e, por algum tempo, caminhar pelas florestas, sentir o ar e as flores, as nuvens e o vento e reencontrar aquele tranqüilo ponto, a partir do qual o mundo se nos abre em sua unidade.

Quem no mundo imortal dos livros se sente, por assim dizer, em casa estabelece uma nova relação não só com o conteúdo, mas até com os próprios livros em si mesmos. Hoje em dia, somos obrigados não só a ler livros, mas também a comprá-los. Como velho amigo dos livros e dono de uma não pequena biblioteca, posso assegurar, por experiência própria, que comprar livros não serve apenas para sustentar os livreiros e autores: a posse de livros (não somente a sua leitura) proporciona alegrias especiais e tem até sua moral própria. 

Pode, por exemplo, ser uma verdadeira alegria e um fascinante esporte ficarmos mais astutos, espertos, tenazes, sem quase gastar dinheiro, servindo-nos das edições mais populares e baratas ou de catálogos sempre renovados. Não obstante todas as dificuldades, podemos até fundar uma pequena livraria. 

Já aos que têm maiores posses, é-lhes dado sorver de uma alegria mais refinada, quando procuram a melhor e a mais bela edição de um livro predileto, quando colecionam livros antigos e raros, e quando mandam fazer para seus livros uma encadernação bem cuidada e elegante. Desde a mais minuciosa economia dos vinténs até ao mais alto luxo, abrem-se aqui belos caminhos, todos repletos de alegria.

(do livro "Par ler e guardar", de Hermann Hesse, p. 99/100) 

FRASE DO DIA

"Casar é trocar a admiração de vários homens pela crítica de um só."
Audrey Hepburn

DAS MADRUGADAS

Mais rock na madrugada. Mais The Ventures. Tequila!

sábado, 1 de março de 2014

ARRANJO EM CINZA E PRETO

O quadro “Arranjo em Cinza e Preto nº 1”, também é conhecido como “Mãe de Whistler”, do artista James McNeil Whistler, tornou-se popular como uma imagem arquetípica de uma matriarca sóbria, mas sincera.
 
 

Séria e pensativa, a mulher idosa está sentada numa pose rígida e formal, com as mãos segurando um lenço de renda branca. Seu cabelo grisalho e liso, assim como suas roupas escuras, são simples e puritanas.

A imagem passa uma forte impressão de austeridade, enfatizada pelo esquema de cores opacas e pelas horizontais e verticais fortes de elementos como as molduras, a cortina longa e o rodapé alto. Mas apesar de toda a severidade da pintura, há nela uma sensação de humanidade frágil, mas digna.

O retrato da mãe de Whistler foi exposto pela primeira vez na Academia Real, em Londres, no ano de 1872. Inicialmente sofreu rejeição, mas acabou sendo apreciado por influência de William Boxall, diretor da Nacional Gallery e amigo do pintor.

4 detalhes de Arranjo em Cinza e Preto nº 1 se destacam:

1. Perfil:

 O artista retratou a mãe em perfil total. A pose foi muito usada por artistas do renascimento e se manteve popular em diversos tipos de arte. Ela define o tom de rigor formal da imagem.

2. Cadeira:

 É o único objeto na pintura que se desvia ligeiramente da rigidez angular. Embora Whistler preferisse pintar pessoas em pé, uma doença e a idade tornavam a posição incômoda para a modelo, que adotou a pose sentada.

3. Mãos e lenço:

 Além da cabeça, a parte mais detalhada da pintura é a área que mostra as mãos da senhora segurando o lenço. O acessório era usado para que as mãos da modelo parecessem naturalmente ocupadas.

4. Banquinho para os pés:

O banquinho fornece à imagem um tom doméstico, que suaviza um pouco a gravidade geral da composição. Raios X da pintura mostram que originalmente o apoio para pés era mais alto.
 
Ficha Técnica - Arranjo em Cinza e Preto nº 1:
 
Autor: James McNeill Whistler
Onde ver: Musée D'Orsay, Paris, França
Ano: 1871
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 144,3cm x 162,5cm
Movimento: Tonalismo
Com Universia Brasil
 
 

CENAS DO VERÃO

Sujeito chega com a mulher e a sogra num bar na beira da praia disposto a tomar um suco. Pede uma sugestão ao garçom, que aconselha o suco de melancia com hortelã. Três, então.

Passam-se 20 minutos e nada. Perto de meia hora de espera, aparece o garçom, que coloca dois sucos na mesa e pede desculpas à família, pois teve que dar o terceiro suco para um outro cliente que esperava há mais tempo. A família se entreolha, sem entender a "lógica", mas como já haviam esperado todo aquele tempo, dizem ao garçom que irão esperar o terceiro.

Mais dez minutos e aparece o rapaz com um suco só de melancia. "Cadê a hortelã?" O gajo coça a cabeça, pensa na solução e pede que eles consumam o suco como está que ele providenciará o correto.

Mais 15 minutos e o infante volta com o suco pedido. Só de melancia...

CARNAVAL

Polícia Rodoviária informa: melhor horário pra partir de POA para o litoral é no sábado, no final de tarde.

Polícia Rodoviária informa: melhor horário pra voltar do litoral é no domingo pela manhã.

Bacana. Camarada chega lá, dá oi, enfrenta uma fila com a turma no mercado ou pra jantar, dorme amontoado com os parentes, dá tchau e volta. Beleza de Carnaval.

COVER DO SÁBADO

Quase fui lhe procurar é uma composição de Getúlio Côrtes gravada por Roberto Carlos no disco "O Inimitável", de 1968.


Em 1995, Luiz Melodia incluiu a canção no disco "14 Quilates".

FRASE DO DIA

"Se há um segredo para o sucesso é segredo até para mim.”
Luis Fernando Verissimo