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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

OLHA O MIJO!

O ser humano é realmente muito estranho. No último final de semana aconteceu a reabertura do estádio Beira Rio. Acompanhando pelo rádio, tomei conhecimento de algumas escaramuças entre os torcedores pelo seguinte motivo: alguns não queriam assistir ao jogo sentados, o que, obviamente, acabava atrapalhando o pessoal de trás que queria ver o jogo sentado.


Acho que essa turma não se deu conta de um detalhe: o estádio tem cadeiras. Pras pessoas sentarem, assistirem aos jogos confortavelmente. Não sou saudosista em relação a quase nada, mas alguém, no rádio, lembrou de como esse tipo de situação era resolvido com simplicidade antigamente: “Olha o mijo!”

FRASE DO DIA

"Já que eu existo, por que Deus não pode existir?" 
Lobão

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

AINDA AS BERMUDAS


Foto: Tadeu Vilani / Agência RBS
A minha opinião acerca das bermudas é conhecida.

Uma multinacional da área de tecnologia da informação liberou seus funcionários para vestirem bermudas no ambiente de trabalho. Tudo em nome do bem-estar  dos calorentos. Na foto que ilustra a matéria, todos aparecem felizes, de calças curtas como meninos de colégio. Um deles com camisa de mangas compridas. Vá entender...

CRIATURAS QUE O MUNDO ESQUECEU

O Hot Chocolate foi uma banda britânica muito popular nas décadas de 70 e 80. Tiveram vários hits, como "Love is Life", "Emma", "You Could Have Been a Lady" e "I Believe in Love".


O maior sucesso do grupo (e o único no Brasil), entretanto, foi You Sexy Thing, de 1975, que ocupou por várias semanas as primeiras posições nas paradas dos EUA e do Reino Unido. A música é muito executada até hoje e já fez parte da trilha sonora de vários filmes.


VERÃO



Manchete em um periódico da Muileal:

"Sol aparece, mas vento não dá trégua a veranistas"

Pobres veranistas...

GRANDES FRASES DE GRANDES FILMES


Everyone will suffer.
(Todo mundo vai sofrer.)

 
Daveigh Chase (Samara Morgan) - The Ring (O Chamado) - 2002

 

FRASE DO DIA

"Não gosto de futebol, feijoada, cerveja nacional e odeio Copa do Mundo. Se pudesse escolher, moraria em Paris, Nova York ou Londres." 
Ed Motta

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

BREGA CHIQUE

Carlos José Oliveira Santos é comunicador e ex-governador do estado do Pará, conhecido como o "Sílvio Santos do Pará", empresário de Belém , também chamado de Carlos Santos, o Amigo do Povo na Televisão.

No inicio dos anos 70, criou a gravadora Gravasom, dando ênfase aos ritmos paraenses, como o carimbó, siriá, lundum e outros.

Em maio de 1975, Carlos Santos, lança seu primeiro disco, um compacto simples com a música Ponte Belém-Mosqueiro, composição de Jesus Couto e Chico Xavier, para homenagear a inauguração da ponte, que liga a cidade de Belém à vila do Mosqueiro, com produção do maestro Pinduca, o rei do Carimbó. Alcançou um grande sucesso na época, dando inicio a uma carreira com 3 compactos, 10 Lps e 4 Cds, alcançando a vendagem de mais de 3.500.000 cópias em todo o Brasil e no Exterior, tendo como destaque à música Quero Você, versão dele e de Alípio Martins da música Jamais voir ça, do grupo caribenho Exile One, que o consagrou definitivamente no mundo da musical, com a vendagem superior a 1.200.000. 

Recebeu 6 discos de ouro e 5 de platina. Em sua carreira como cantor, teve a participação do Rei Pelé no disco Carlos Santos volume 10.


Meu amor
Não se esqueça de mim
Por favor, diga que sim
Eu não consigo esquecer você
Ouça meu bem o que eu vou lhe dizer

Quero você
Quero você
Quero você
Todinha pra mim

Meu amor
Só uma condição
Pra me poder fazer você feliz
Quero ser dono do seu coração
Você é a coisa que eu sempre quis

Quero você
Quero você
Quero você
Todinha pra mim

wikipedia

PRIMEIROS PARÁGRAFOS INESQUECÍVEIS

Estou no Hospício ou, melhor, em várias dependências dele, desde o dia 25 do mês passado. Estive no pavilhão de observações, que é a pior etapa de quem, como eu, entra para aqui pelas mãos da polícia.


O Cemitério dos Vivos - Lima Barreto - 1920

 

FRASE DO DIA

"Sou como o dólar: sempre tenho prestígio." 
Elza Soares 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

LEITORES



Fico feliz, realmente muito feliz, por saber ler. Não para DE-VO-RAR Balzac, Proust, Joyce ou o último da dona Marta Medeiros. Mas sim pra não pegar o ônibus errado e poder escolher melhor o cardápio no restaurante.

Mas quando leio comentários sobre o dia de 25 horas, por causa do final do horário de verão, do seguinte quilate: “Uma hora a mais para ler! \o/”, eu lembro e tendo a dar razão para Goebbels.

PARÂMETRO

Numa dessas séries de investigação americanas, uma dessas de três letrinhas, não sei qual, uma das suspeitas de cometer um coisa havia sido presa quatro vezes por embriaguez ao volante.

Eu sei que os seriados são obras de ficção (embora um desses aí se diga baseado em fatos reais), mas imagino que não cometam nenhum absurdo em relação a análise e interpretação de suas leis. E não devem fazer nada muito descolado da realidade.

Muita gente enche a boca para dizer que “nos Estados Unidos sim”. Querendo dizer que lá existem regras e todo mundo as cumpre cegamente. Que lá é onde as coisas funcionam.

Já imaginaram uma notícia dessas – alguém detido pela quarta vez dirigindo no trago e sendo solto e todas as quatro vezes  no noticiário da manhã por aqui? Mesmo que nunca tenha passado um sinal amarelo ou espirrado pra fora da janela, essa pessoa, ao escrutínio dos ouvintes, deveria ser cegada , ter suas unhas arrancadas e atada a um poste com cadeado de bicicleta. Nosso vezo punitivo e a raiva contra o alvo do momento é incrível.

Não acho que as pessoas devam dirigir embriagadas, mas também não acho que aqui seja o pior lugar do mundo e muito menos os EUA modelo pra tudo. E é muito provável que o comentário inquisidor venha de alguém que rouba net e pare o carro em fila dupla pra pegar o filhote no colégio.

CLÁSSICOS PARA A VIDA ETERNA

COMO NOSSOS PAIS - 1976 - ELIS REGINA

Sérgio Luiz Gallina

Como Nossos Pais foi composta por Belchior e gravada, pela primeira vez, por Elis Regina, no álbum Falso Brilhante, de 1976.


Não quero lhe falar, 
Meu grande amor, 
Das coisas que aprendi 
Nos discos...

Quero lhe contar como eu vivi 
E tudo o que aconteceu comigo 
Viver é melhor que sonhar 
Eu sei que o amor 
É uma coisa boa 
Mas também sei 
Que qualquer canto 
É menor do que a vida 
De qualquer pessoa...

Por isso cuidado meu bem 
Há perigo na esquina 
Eles venceram e o sinal 
Está fechado prá nós 
Que somos jovens...

Para abraçar seu irmão 
E beijar sua menina na rua 
É que se fez o seu braço, 
O seu lábio e a sua voz...

Você me pergunta 
Pela minha paixão 
Digo que estou encantada 
Como uma nova invenção 
Eu vou ficar nesta cidade 
Não vou voltar pro sertão 
Pois vejo vir vindo no vento 
Cheiro de nova estação 
Eu sei de tudo na ferida viva 
Do meu coração...

Já faz tempo 
Eu vi você na rua 
Cabelo ao vento 
Gente jovem reunida 
Na parede da memória 
Essa lembrança 
É o quadro que dói mais...

Minha dor é perceber 
Que apesar de termos 
Feito tudo o que fizemos 
Ainda somos os mesmos 
E vivemos 
Ainda somos os mesmos 
E vivemos 
Como os nossos pais...

Nossos ídolos 
Ainda são os mesmos 
E as aparências 
Não enganam não 
Você diz que depois deles 
Não apareceu mais ninguém 
Você pode até dizer 
Que eu tô por fora 
Ou então 
Que eu tô inventando...

Mas é você 
Que ama o passado 
E que não vê 
É você 
Que ama o passado 
E que não vê 
Que o novo sempre vem...

Hoje eu sei 
Que quem me deu a idéia 
De uma nova consciência 
E juventude 
Tá em casa 
Guardado por Deus 
Contando vil metal...

Minha dor é perceber 
Que apesar de termos 
Feito tudo, tudo, 
Tudo o que fizemos 
Nós ainda somos 
Os mesmos e vivemos 
Ainda somos 
Os mesmos e vivemos 
Ainda somos 
Os mesmos e vivemos 

Como os nossos pais...


FRASE DO DIA

"Essa indústria da beleza é uma forca. Chega uma hora que só resta cortar a cabeça." 
Lilia Cabral 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

SHIRLEY TEMPLE

Na obra de arte Shirley Temple, do pintor surrealista Salvador Dalí, o artista compôs a obra após ver a atriz mirim Shirley Temple no filme A Pequena Princesa, de 1939.



O título completo da obra é “Shirley Temple, o mais jovem monstro sagrado do cinema de seu tempo” e na colagem, Dalí superpõe uma foto de jornal da menina no corpo de uma esfinge estilizada e sexualizada. Como ao longo dos séculos XIX e XX a esfinge foi associada ao perigo da femme fatale, a combinação hollywoodiana da infância com o motivo sexual é considerada uma crítica de Dalí à sexualização de atores e atrizes mirins pelos estúdios.
Os ossos humanos em primeiro plano, claramente a última refeição da criatura, assumem formas fálicas, sugerindo que Shirley era uma "devoradora de homens". O fundo é composto por diversas figuras, das quais a mais notável é uma menina solitária pulando corda. Essa figura era frequentemente usada por Dalí para representar a liberdade da infância.
Um grande morcego empoleirado na cabeça da atriz faz parte do folclore: quando criança, Dalí encontrou um morcego ferido, mas ao voltar para alimentá-lo, descobriu que o animal havia sido devorado por formigas. Consumido pelo sentimento de piedade, a lenda afirma que o pintor comeu os restos da cabeça do morcego.

3 detalhes de Shirley Temple se destacam:

1. Garota pulando corda:
Ao fundo da obra uma menina solitária salta em meio a um halo amarelo, que sugere uma criança inocente. A representação constrasta com o erotismo de Shirley Temple.
2. Linha do horizonte:
Dalí esfumou suavemente as cores pastel, produzindo assim uma linha do horizonte indefinida. É impossível distinguir mar e areia na composição.
3. Shirley Temple:
A cabeça de Shirley Temple foi fixada com cola comum de papel. Como era recortada de papel jornal, o material tornou-se amarronzado com o passar do tempo.
 
 
Ficha Técnica - Shirley Temple:
 
Autor: Salvador Dalí
Onde ver: Museum Boijmans van Beuningen, Roterdã
Ano: 1939
Técnica: Guache, pastel e colagem sobre papel
Tamanho: 75cm x 100cm
Movimento: Surrealismo

DO FUNDO DO BAÚ

Mário Sousa Marques Filho (Pirapetinga, 10 de abril de 1928 — Atibaia, 28 de julho de 20031 ), mais conhecido como Noite Ilustrada, foi um cantor, compositor e violonista brasileiro. O pseudônimo foi dado por Zé Trindade, que comandava a revista musical Noite Ilustrada em Além Paraíba (Minas Gerais), onde o jovem Mário começou a carreira de violonista.



Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou na GRES Portela. Em 1955, foi com a escola se apresentar em São Paulo e por lá se estabeleceu.

Em 1958, contratado pela Rádio Nacional e pela TV Paulista, gravou o primeiro disco, com a música Cara de Boboca. Depois vieram vários sucessos, entre eles,  O Neguinho e a Senhorita, de 1965.

LEITURA DE DOMINGO

PENSAR É TRANSGREDIR

                   Lya Luft
Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos. Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido. 

Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo. Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!" 

O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação. 

Sem ter programado, a gente pára pra pensar. Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se. 

Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto. Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida. 

Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar. Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo. 

Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos. 

Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem. 

Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada. 
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado. Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança. 

Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade. 

Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for. 

E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.

CURTA NO TOA - ESTRADA


ESTRADA

Sinopse: Uma bizarra situação de preconceito e tensao social se inicia quando o carro de duas patricinhas quebra numa estrada deserta.

Gênero: Ficção
Subgênero: Suspense, Road Movie
Diretor: Beto Sporkens
Elenco: Elisa Nunes, Frank Mora, Henrique Rodriguez, Patricia de Sabrit, Rogério de Moura
Duração: 9 min
Ano: 1998
Formato: 16mm
País: Brasil
Local de Produção: SP
Cor: Colorido

FRASE DO DIA

"São necessários vinte anos para atingir o êxito de um dia para o outro." 
Eddie Cantor

sábado, 15 de fevereiro de 2014

COVER DO SÁBADO

Pedro Brasil, de Djavan, foi gravada pelo autor no álbum Seduzir, de 1981. Na canção, Djavan fala sobre Pedro Álvares Cabral, o descobridor do Brasil ("Quem descobriu o brasil foi Pedro/quem libertou o brasil foi Pedro/quem construiu o brasil foi Pedro/quem descobriu…/Quem libertou…") e sobre São Pedro, considerado senhor do tempo no catolicismo.



Em 1990, Leny Andrade, gravou o samba no disco Eu Quero Ver.