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terça-feira, 23 de agosto de 2016

DAS CERIMÔNIAS (OU, DA SÉRIE NÓS, OS GAÚCHOS)

O gaúcho não desaponta nunca. Qualquer evento é oportunidade de expor ao mundo sua vocação de descontente. No caso, não me refiro a qualquer evento, refiro-me às Olimpíadas, um dos maiores eventos do mundo.

Ouvi no rádio reclamações de que na cerimônia de encerramento das Olimpíadas não houve uma referência sequer à cultura gaúcha. Choramingas por não aparecer para o mundo alguém dançando o maçanico ou a chula. Imaginem a emoção do mundo vendo um holograma do saudoso e querido Rui Biriva resgatando o Negrinho do Pastoreio de dentro de um formigueiro. 

Mas isso não aconteceu, não passou pela cabeça dos organizadores do evento. Porque isso não interessa ao mundo, nem aos brasileiros. Sequer aos gaúchos. Interessa a quem ganha com isso e/ou gosta de lendas. Lendas, lendas. Como a maioria das coisas dos gaúchos. Mas isso é outra conversa.

Por outro lado, fui perguntar a uma conterrânea se havia visto a tal cerimônia e se ela poderia me dizer se procedia o lamento guasca. Santa inocência! Claro que a resposta não poderia ser: “Vi, achei que faltou falarem do RS mesmo” ou “Vi, achei bonito."  "Achei feio”. Ou simplesmente “Não vi”. A resposta foi mais ou menos assim: “Não vejo cerimônias desse tipo porque blá, blá, blá...”

Ah... Os orgulhos gaudérios...

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