Páginas

sexta-feira, 17 de março de 2017

MÚSICA NA SEXTA

Cauby Peixoto Barros nasceu em Niterói, RJ, em 1931. Iniciou sua carreira artística no final da década de 1940. Estudou em um Colégio de Padres Salesianos em Niterói, onde chegou a cantar no coro da escola e também no coro da igreja que frequentava. Também trabalhou em um comércio até resolver participar de programas de calouros no rádio, no final da década de 1940, no Rio de Janeiro.

Cauby gravou seu primeiro álbum em 1951, que foi chamado de "Saia Branca". Na época, por não ser muito famoso, teve pouca repercussão. Em 1956, ele apareceu no filme Com Água na Boca cantando seu grande sucesso, Conceição. Na época, foi citado nas revistas Time e Life como "o Elvis Presley brasileiro". Em 1957, foi o primeiro cantor brasileiro a gravar uma canção de rock em português, denominada Rock and Roll em Copacabana, composta por Miguel Gustavo. 

Sua voz era caracterizada pelo timbre grave e aveludado, mas principalmente pelo estilo próprio de cantar e interpretar, além da extravagância e dos penteados excêntricos. Proveniente de uma família de músicos, o pai (conhecido como Cadete) tocava violão, a mãe bandolim, os irmãos eram instrumentistas, as irmãs cantoras e o tio pianista. Sobrinho do músico Nonô, pianista que popularizou o samba naquele instrumento, Cauby também era primo do cantor Ciro Monteiro.

Foi o primeiro cantor brasileiro a gravar uma música do célebre maestro Tom Jobim, Foi a Noite, em 1956, de quem também gravou o clássico Samba do Avião, em 1962, cuja gravação é tida como a primeira.

Em 1980, em comemoração aos 25 anos de carreira, lançou pela Som Livre o álbum "Cauby, Cauby", com composições escritas especialmente para ele por Caetano Veloso (Cauby, Cauby), Chico Buarque (Bastidores), Tom Jobim (Oficina), Roberto Carlos e Erasmo Carlos (Brigas de amor) e outros.


Bastidores
Chico Buarque
Chorei, chorei, até ficar com dó de mim
E me tranquei no camarim
Tomei um calmante
Um excitante e um bocado de gim

Amaldiçoei o dia em que te conheci
Com muitos brilhos me vesti
Depois me pintei, me pintei, me pintei, me pintei

Cantei, cantei
Como é cruel cantar assim
E num instante de ilusão,
Te vi pelo salão
A caçoar de mim

Não me troquei,
Voltei correndo ao nosso lar,
Voltei pra me certificar
Que tu nunca mais vais voltar, vais voltar, vais voltar

Cantei, cantei
Nem sei como eu cantava assim
Só sei que todo cabaré
Me aplaudiu de pé quando cheguei ao fim.

Mas não bisei,
Voltei correndo ao nosso lar,
Voltei pra me certificar
Que tu nunca mais vais voltar, vais voltar, vais voltar

Cantei, cantei
Jamais cantei tão lindo assim
E os homens lá pedindo bis
Bebâdos e febris à se rasgar por mim

Chorei, chorei até ficar com dó de mim
Com Wikipédia

Nenhum comentário:

Postar um comentário