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sexta-feira, 13 de maio de 2016

DE RÁDIO (OU O MUNDO MONGO)

O apresentador de um programa matinal quase foi às lágrimas hoje ao desfiar as qualidades da família do titular da nova pasta do governo Temer, a Secretaria de Segurança Institucional, General Sérgio Etchegoyen. De urinar nas pantalonas. Fui até pesquisar.

O general Alcides Etchegoyen, avô do general Sérgio Etchegoyen, foi o sucessor do funesto Felinto Miller como chefe de Polícia do Distrito Federal na ditadura do Estado Novo. Na democracia, o general Alcides encabeçou a chapa dos entreguistas vitoriosa na eleição do Clube Militar em 1952. E baniu os debates sobre a criação da Petrobrás. Apoiou o golpe contra a posse de JK. (Informações do CPDOC/FGV)

O general Léo Guedes Etchegoyen, pai do general Sérgio, foi secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, indicado pelos golpistas de 64, e comandou a repressão no Estado de Leonel Brizola. Durante a ditadura, trabalhou sob as ordens do funesto general Milton Tavares, mentor da tortura nos quartéis do Exército. Foi chefe do Estado Maior do II Exército, quando protegeu e fez elogios oficiais a um notório torturador do DOI-Codi paulista. (Informação da Comissão Nacional da Verdade)

O coronel Cyro Guedes Etchegoyen, tio do general Sérgio,  foi chefe da seção de Informações e Contrainformações do Centro de Informações do Exército (CIE), também sob as ordens do funesto Milton Tavares.

Segundo depoimento do coronel Paulo Malhães à CNV, Etchegoyen era a autoridade do CIE responsável pela Casa da Morte, em Petrópolis (RJ). (Informações da Comissão Nacional da Verdade)

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