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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

MÚSICA NA SEXTA

Quinteto Violado é um conjunto instrumental-vocal brasileiro formado em 1970, na cidade de Recife.Inicialmente formado por Toinho (Antônio Alves, Garanhuns - PE, 1943 - 2008), canto e baixo acústico; Marcelo (Marcelo de Vasconcelos Cavalcante Melo, Campina Grande - PB, 1946), canto, viola e violão; Fernando Filizola (Limoeiro - PE, 1947); Luciano (Luciano Lira Pimentel, Limoeiro - PE, 1941), percussão, e Sando (Alexandre Johnson dos Anjos, Garanhuns, 1959), flautista, na década de 1990 passou a ser integrado por Toinho, baixo acústico, compositor, cantor e diretor musical do conjunto; Marcelo, violonista, violeiro, cantor e compositor; Ciano (Luciano Alves, Garanhuns - PE, 1959); Roberto Menescal (Roberto Menescal Alves Medeiros, Garanhuns, - PE, 1964), cantor e percussionista; e o tecladista e arranjador Dudu (Eduardo de Carvalho Alves, Recife - PE, 1970).

Apresentou-se pela primeira vez, ainda sem a denominação que o tornou famoso, em janeiro de 1970, na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco. Em outubro de 1971, quando se apresentou no Teatro da Nova Jerusalém (Fazenda Nova PE), seus integrantes foram chamados de "os violados", nascendo dai o Quinteto Violado. Gilberto Gil os apresentou ao produtor Roberto Santana, da Phonogram, e o aparecimento do conjunto foi exaltado por Caetano Veloso. E logo começaram a mostrar seu trabalho por todo o Brasil e também outros países. Além da música, realizaram trabalhos didáticos, ministrando oficinas de música em escolas pernambucanas.

Em 1976 Luís Gonzaga dividiu o palco da Missa do Vaqueiro com o Quinteto Violado. A partir daquele ano, o grupo passou a se apresentar em todas as edições do evento. Também em 1976 o grupo gravou a missa neste que é seu sexto disco.


Toada de Gado/A Morte do Vaqueiro 
(Vavá Machado - Arlindo Marcolino) - (Nelson Barbalho - Luiz Gonzaga)

Oh vaqueiro do meu sertão
não despreze o teu gibão
Nosso destino é marcado
pela providência divina
Assim se achou nas colinas
Raimundo Jacó assassinado
Seu nome serviu de fama
Luiz Gonzaga gravou
E o padre João celebrou
uma missa encourado
Os santos também sentiram
Enviaram os poetas ouviram
e os nordestinos aplaudiram
uma toada de gado
Os santos sentiram tanto,
que derramaram seu pranto
Raimundo Jacó nesse canto
por nós é homenageado

Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Não vem mais aboiar
Tão valente a cantar
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi

Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido
Nas quebradas do sertão
Nunca mais ouvirão
Seu cantar, meu irmão
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi

Sacudido numa cova
Desprezado do Senhor
Só lembrado do cachorro
Que inda chora a sua dor
É demais tanta dor
A chorar com amor
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi

Nota da Redação: O Quinteto voltou a trabalhar o tema da Missa do Vaqueiro em 1991, quando regravou a trilha com uma roupagem contemporânea de arranjos e instrumental. Em 1992, realizou o vídeo Missa do Vaqueiro, com direção de Tizuka Yamasaki.

Com Wikipédia e Forró em Vinil.

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