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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

AMARELO É POUCO


Não consigo entender o que passa na cabeça de um jogador de futebol que faz um gol e tira a camisa pra comemorar. O camarada que faz um gol a sai correndo em direção às câmeras de TV e levanta a camisa pra mostrar a outra que está por baixo dizendo que ama JC ou os seus pimpolhos (se é que já não carrega a tatuagem com o nome dos nenéns no antebraço) eu entendo. O sujeito que corre bicoteando a aliança eu entendo. Mas correr sem camisa? Francamente...


O mais próximo de um entendimento que eu consigo ter disso é a saudade da várzea. Se a gente pensar que quem é jogador de futebol está ali por vontade própria, ninguém está ali contrariado, normalmente “realizando um sonho” seja em clube for, por que tirar a camisa? Saudade da pelada de pés descalços na terra batida?


Além de relegar a camisa do time (nem vou falar dos patrocinadores do clube) pra segundo plano, como se o seu torso nu fosse mais importante do que o clube eu considero essa atitude uma afronta à ciência e a tecnologia. Atitude comparável a fazer xixi em muro. Pura ingratidão com a evolução.


Luiggi, que só assiste a jogos em camarote e influenciou em algumas convocações de seleções (entre elas Itália, Alemanha e França – respectivamente 1982, 1990 e 1998), ao ver uma cena dessas ergue seu copo de à altura dos olhos e comenta: “amarelo é pouco por proporcionar uma cena dessas.”
As comemorações com coraçõezinhos para as câmeras serao abordadas oportunamente.

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