Walter Rosciano Franco nasceu no ano de 1945 em São Paulo. É, certamente, um dos artistas mais vaiados da história do Brasil. As suas influências mais perceptíveis estão nos irmãos concretistas Haroldo e Augusto de Campos.
Sua primeira participação nos festivais se deu com “Não se queima um sonho”, no I Festival Universitário da TV Tupi, interpretada por Geraldo Vandré.
Em 1972, apresentou no Festival Internacional da Canção sua música “Cabeça”, que teve péssima repercussão entre o público, porém, agradou o corpo de jurados, formado por Nara Leão, Roberto Freire, Rogério Duprat, Júlio Medaglia e Décio Pignatari. Quando a emissora soube que “Cabeça” seria premiada, demitiu todo o júri. Roberto Freire subiu ao palco para denunciar o acontecido e acabou preso.
Tudo isso lhe rendeu a assinatura de um contrato com a Continental para gravar seu disco “Ou Não”, conhecido como o “Disco da Mosca”, por conta da capa sem o nome do artista ou do álbum, apenas a foto de uma mosca no centro. É deste álbum a música “Me deixe mudo”, gravada em 1974 por Chico Buarque no disco “Sinal Fechado”.
Após uma temporada apresentando o show “A Sagrada Ordem do Espírito”, Walter participa do Festival Abertura com música “Muito Tudo”, ao lado de – entre outros – de Jards Macalé. Walter recebeu o prêmio de terceiro lugar sob intensa vaia do público.
O excelente LP Revolver vem em 1975 e traz "Feito Gente" e "Eternamente". Franco volta em 1978 com “Respire Fundo”, disco que tem “Coração Tranquilo”. Esse disco teve a participação de mais de 200 músicos, entre eles, Sérgio Dias, Arnaldo Baptista, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Sivuca, João Donato, Luisão Maia, Wagner Tiso, Chico Batera, Jaques Morelenbaum, Nivaldo Ornelas, Lobão, Lulu Santos, Dadi, Mu e o grupo O Terço.
O próximo disco é “Vela Aberta”, cuja canção título é uma nova parceria de Walter com o pai, Cid Franco. É deste disco a canção “Canalha”, que lhe rendeu mais vaias no Festival da Tupi. "Canalha" foi gravada pelo grupo Camisa de Vênus no álbum “Duplo Sentido”, encerrando a parte do disco dedicada à regravação de ídolos da banda, como Raul Seixas, Capinan e Macalé. Abaixo, a gravação ao vivo no festival com a apresentação de Ziraldo.
Canalha
É uma dor
canalha
Que te
dilacera
É um grito
que se espalha
Também pudera
Não tarda nem
falha
Apenas te
espera
Num campo de
batalha
É um grito
que se espalha
É uma dor
Canalha
Maravilhoso maldito!!!!!
ResponderExcluirbaita som !!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirMaravilha!!!
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