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terça-feira, 20 de agosto de 2013

A VIDA FINANCEIRA DOS POETAS

Jess Walter certamente nunca ouviu falar do poeta Luiz de Miranda. Por enquanto. Daqui uns dias o poeta ganhará o prêmio Nobel e aí será diferente.
Eu não conhecia Jess Walter. E foi na semana que ZH noticiou a derrocada financeira do poeta que vi o livro numa prateleira e resolvi lhe dar uma atenção. Decerto influenciado pela notícia, mas também porque achei o título interessante e gostei da sinopse:


Matt Prior, jornalista, 46 anos, larga um emprego seguro para investir num negócio próprio na internet, e falha miseravelmente. A ideia de criar um portal de notícias econômicas escritas em forma de poesia mal consegue sair do papel. Agora, ele está desempregado e sem dinheiro, corre o risco de perder sua casa e teme, mais que tudo, perder a mulher, cada vez mais intolerante às dificuldades financeiras do casal (e interessada em flertar com um ex-namorado da adolescência).

A vida dele se torna uma sucessão de crises: financeira, da meia-idade, do amor desfeito, a crise de confundir bens materiais com segurança e segurança com felicidade. Com dois filhos pequenos e responsável também por cuidar do pai, cuja memória se deteriora sem parar, Matt é um sujeito de humor inabalável que precisa arranjar uma forma de ganhar a vida. E ele arranja, mas de maneira nada convencional.”

Nada de muito diferente ou sensacional. Esse efeito “Beleza Americana” é bem batido até. Mas comprei mesmo assim. E fazia tempo que não me entusiasmava tanto com algo novo. A sacada do livro está nas pequenas reflexões ao longo da bem contada história. O personagem principal que não se leva a sério e tem especial atenção aos detalhes.

A má notícia vem agora. Resolvi procurar algo sobre o livro e o autor na internet. O livro fez algum sucesso nos EUA e já tem os direitos comprados por algum estúdio de cinema. Até aí, tudo bem. O problema é que parece que já escolheram até o o ator que vai viver Matt Prior: Jack Black. Sim, Jack Black.

Ou eu não entendi nada do livro ou não poderiam ter uma escolha mais equivocada. O livro tem humor, sim. Mas não é o humor que precise fazer careta ou deixar cair coisas no chão para ser engraçado. É o humor do sorriso e não da gargalhada. É humor como consequência, não como objetivo.

Só falta agora alguém comprar os direitos no Brasil e achar que o sujeito certo para o papel é o Bruno Mazzeo. Aí, eu que acho que não ando entendendo as coisas direito, vou ter certeza disso.
Luiggi

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