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terça-feira, 31 de março de 2015

BREGA CHIQUE

Suely Brito de Miranda, a Sula Miranda, é cantora, apresentadora de televisão e escritora. Atingiu êxito a partir do final da década de 1980, cantando música sertaneja.

Começou sua carreira musical no grupo "As Mirandas", com suas irmãs Yara e Maria Odete (Gretchen), e mais tarde viraram o quarteto "As Melindrosas" com a inclusão da amiga Paula. O primeiro LP "Disco Baby" foi um enorme sucesso, alcançando a marca de 1 milhão de cópias vendidas.

Sula iniciou carreira solo assinando contrato com a 3M do Brasil em julho de 1986, ano que lançou seu primeiro disco. Em outubro já era recorde de vendas. Ela veio no movimento de renovação que a música sertaneja estava tendo, o new sertanejo ou sertanejo-urbano, mistura da tradicional música caipira com toques de modernidade nos temas e na introdução de instrumental eletrônico.

Sula sabia que as pessoas que gostavam deste gênero musical, gostavam de ouvir falar da vida dos peões de boiadeiro e dos caminhoneiros e a maioria dos cantores e duplas sertanejas dedicavam faixas em seus discos a estas duas classes. Teve a felicidade de encomendar uma música a Joel Marques, compositor consagrado, e queria uma canção que falasse da vida da esposa do caminhoneiro. Este foi o segredo do sucesso e a empatia do público com a música "Caminhoneiro do Amor" foi imediata. Em dois meses, todas as rádios a estavam tocando. Dias depois do lançamento, as vendas lhe renderam um Disco de Ouro, com mais de 100 mil cópias vendidas e recebeu o título de "Rainha dos Caminhoneiros".


Caminhoneiro do Amor

Ele sai logo de madrugada e vai pegando a estrada com seu caminhão
Quase sempre me deixa dormindo e vai sumindo pela cerração
A carreta vai cortando o vento e ele passa o tempo só pensando em mim
Que espero morta de saudade que sua viagem logo chegue ao fim
E vai e vem não tem parada traz uma carga de saudade na chegada
E vem e vai mais uma jornada e a minha vida vai com ele nessa estrada

O caminho é sempre perigoso e ele é cuidadoso não pode arriscar
Suas mãos bem firmes no volante certeza constante de que vai chegar
Na vontade de voltar pra casa quase que põe asas em seu caminhão
Ele é o meu caminhoneiro e viaja o tempo inteiro no meu coração
E vai e vem não tem parada traz uma carga de saudade na chegada
E vem e vai mais uma jornada e a minha vida vai com ele nessa estrada

Quando chega é sempre aquela festa tudo o que nos resta é tempo de amar
Na alegria de sua chegada eu sou mais uma estrada pra ele trafegar
E nas curvas da felicidade a nossa saudade é coisa que passou
E me leva o meu caminhoneiro pelos sorrateiros caminhos do amor
E vai e vem não tem parada traz uma carga de saudade na chegada
E vem e vai mais uma jornada e a minha vida vai com ele nessa estrada


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