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sábado, 11 de outubro de 2014

A BANHISTA DE VALPINÇON

No quadro A Banhista de Valpinçon, do pintor francês Jean-Auguste Dominique Ingres, um gracioso nu, é apresentada uma das maiores "costas" da história da arte, com seu equilíbrio perfeito de intimidade e grandiosidade.


A obra, originalmente chamada de A Mulher Sentada, acabou por receber o nome do colecionador a quem pertencia quando foi comprada pelo Louvre, em 1879. A obra foi pintada em Roma, onde Ingres esteve de 1806 a 1810. A imagem transmite uma sensação de contemplação distraída e encanto sensual.

Existe na obra uma preocupação maior com os contornos fluidos do corpo da mulher do que com a sugestão de estrutura óssea da mesma. Isso é especialmente evidente na perna direita, desenhada com graça. No entanto, se observada de perto é possível perceber que essa parece ter sido enxertada nos panos acima dela, ao invés de conectar-se de modo convincente ao corpo.

4 detalhes de A Banhista de Valpinçon se destacam:

1. Turbante e rosto:

Apenas uma parte do rosto da banhista é visível, o que destaca ainda mais o seu trubante listrado. Alguns outros nus de Ingres seguem essa tradição orientalista.

2. Costas:

A vasta área das costas da banhista cria um conjunto de formas abstratas, mas ao mesmo tempo transmite a suavidade da carne viva.

3. Ombro:

O contorno liso do ombro esquerdo sintetiza a filosofia idealista do artista sobre a representação do corpo feminino. Todas as angulosidades e irregularidades reais que indicam ossos e tendões sob a pele foram substituídos pela perfeição.

4. Pé e sandália:

Ingres concebeu as formas da banhista de modo amplo, em especial quando comparadas às delicadas rendas da sandália. Isso passa a impressão de que a mulher não tem ossos nem tornozelos.

Ficha Técnica - A Banhista de Valpinçon:

Autor: Jean-Auguste Dominique Ingres
Onde ver: Louvre, Paris, França
Ano: 1808
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 146cm x 97cm
Movimento: Neoclassicismo

Com Universia Brasil

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