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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

POLITICAMENTE CORRETO

A Fundação Zoo-Botânica que administra um zoológico de Belo Horizonte resolveu instituir uma votação para a escolha do nome de um filhote de gorila. Os três nomes sugeridos pela administração são africanos, e uma ONG entrou com uma representação no Ministério Público para cancelar a votação porque considera que as opções de nomes podem configurar racismo.

"Inaceitável a postura da Fundação, no sentido de vincular um ícone histórico de racismo – o macaco – a nomes de origem africana, com o intuito, segundo a Fundação, de fazer homenagem à origem africana do animal, sem levar em consideração a magnitude dos danos aos grupos étnicos-raciais diretamente atingidos", diz a nota da ONG Insod (Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural).

Na última sexta-feira, duas promotoras de justiça enviaram recomendação à Fundação Zoo-Botânica para que suspenda a votação ou troque as opções de nomes, sob o argumento de que “muito embora bem intencionada, a votação pode atuar em sentido contrário ao pretendido: ao invés de prestar uma homenagem ao continente africano, contribuirá, por certo, para a perpetuação de uma opressão sistêmica e estrutural ao povo negro”.

Por via das dúvidas, o Latino batizou o seu macaco de Twelves.

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