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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

MENINO PASSARINHO

Eu havia decidido não me pronunciar sobre o bate boca no programa Sala de Redação da Rádio Gaúcha entre Kenny Braga e Paulo Santana, que acabou com a demissão do primeiro e a suspensão do segundo. (O mundo deve ter ficado muito abalado e os leitores sem dormir com essa minha decisão.)

Não comentei nada pois acho que uma discussão mais forte, mesmo quando envolve desaforo pesado, é do jogo. E penso, sinceramente, que uma empresa demite o funcionário que ela quiser no momento em que quiser e pelo motivo que quiser. Apesar de que hoje em dia as empresas não têm mais funcionários, têm colaboradores. Mas isso é outro assunto.

Então, Ermã me manda o link de uma entrevista que Kenny Braga concedeu a uma concorrente da Rádio Gaúcha, a Rádio Grenal. (Sim, quem não é do politizado RS fique sabendo que aqui existe uma rádio chamada Grenal.).

Comecei a ouvir o entrevistador Farid Germano (outro que foi corrido da Rádio Gaúcha há tempos) elogiar Kenny Braga à farta. Até aí, tudo bem, melhor do que entrevistador que quer derrubar o entrevistado. Mas uma das primeiras frases de Kenny é a seguinte: “Me sinto livre como um passarinho” e começa a versar sobre as maravilhas de ter sido demitido.

Ora, ora, Macieira. Ora, ora. Se estava tão ruim, se estava se sentindo preso, “com vontade de voar”, por que não pediu pra sair? Se a demissão o deixou tão fagueiro e rutilante, por que raios não se demitiu antes?

E isso que só ouvi um minuto. Estou com medo de ouvir o resto. “Sinto o mundo bocejar”.

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