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quinta-feira, 20 de março de 2014

CARIMBO

As pessoas andam um tanto apressadas pra firmar opinião sobre alguma coisa. E, pior ainda, carimbando todo mundo com a mesma pressa.

Se uma pessoa critica uma negra pelo excesso de maquiagem, ou simplesmente diz que ela está feia, é chamada de racista. Se uma pessoa não embarca de primeira na história de uma moça que diz ter sofrido uma tentativa de estupro dentro de um bar, é machista. 

Se uma pessoa não vê nenhum problema em um jovem ator não gostar de teatro é, além de um ignorante completo, um sujeito que não percebe como os atores velhos são melhores mas não são valorizados. Mesmo pra papel de salva-vidas em Miami.

Se uma pessoa diz que não pretende, nunca, pegar no pinto do amigo (como dizia Tim Maia), é um homofóbico. Um radialista diz que não gosta de gatos e é acusado de desumano, desalmado e outras coisas. E por aí vai a valsa.

Atualmente, estamos vivendo uma espécie de mundo voltado para a proteção das autointituladas minorias. Todo mundo pode – e deve – se defender e se proteger como puder. Mas pra se proteger não precisa atacar. Ainda mais sem razão.

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