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sábado, 28 de setembro de 2013

CONHECIMENTO É TUDO

O filme O Tempo e o Vento, de Jayme Monjardim, estreou no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina no 20 de setembro, o precursor da liberdade. 

Na semana da estreia, o diretor do filme foi entrevistado em um programa de rádio da Muileal, e a a primeira pergunta feita por uma das entrevistadoras foi sobre o que o diretor do filme teria feito para que os atores, em sua maioria oriundos do centro do país, incorporassem o sotaque gaúcho. 

Monjardim, calmamente, explicou que no século XVIII, época do início da saga, não existia um sotaque gaúcho. O Rio Grande foi formado por índios, castelhanos e tropeiros paulistas, e, portanto, o sotaque, à época, seria uma mistura de tudo isso, com uma predominância do sotaque lusitano. 


Realmente, nós, os gaúchos, sabemos muito pouco sobre a nossa terra além daquilo que nos foi enfiado goela abaixo nas aulas de história e do oficialismo que nos foi impingido em nome de um tradicionalismo fabricado.

Várias vezes me vi envolvido em discussões a respeito desse tema, e quase sempre fui achincalhado, ofendido e chamado de "paulista", por não "respeitar" a tradição. Nessas ocasiões, sempre reagi perguntando por que a bombacha faz parte do traje do gaúcho e desde quando. Pouquíssimos souberam responder.

Realmente, como disse John Ford, em O Homem que Matou o Facínora, "Quando a lenda se torna fato, imprima-se a lenda".

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