terça-feira, 31 de janeiro de 2017
PRIMEIROS PARÁGRAFOS INESQUECÍVEIS
"Robert Cohn fora campeão de boxe na categoria dos pesos médios em Princeton. Não pensem que esse título me impressione. Mas significava muito para Cohn. Ele dava pouca importância ao boxe, que, de fato, desagradava-lhe, mas aprendera-o com esforço, apenas para contrabalançar o complexo de inferioridade e a timidez que sentira, porque o tratavam como judeu em Princeton. Sentia uma satisfação íntima em saber que poderia derrubar a quem quer que o provocasse. Mas, sendo muito tímido e ótimo rapaz, nunca travava luta fora do ginásio."
O Sol Também se Levanta - Ernest Hemingway - 1926
BREGA CHIQUE
Dom (Eustáquio Gomes de Farias) e Ravel (Eduardo Gomes de Faria) nasceram em Itaiçaba, no Ceará. Mudaram-se para São Paulo ainda crianças, nos anos 50. Por volta dos anos 60, a dupla, então já conhecida como Dom & Ravel, lançou seu primeiro LP, em 1969, "Terra Boa", que trazia, entre outras, a canção "Você também é responsável", transformada, em 1971, pelo ex-ministro da Educação, Jarbas Passarinho, no hino do Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral).
Em 1970, por ocasião da Copa do Mundo realizada no México, a dupla conquistou o País com Eu te amo meu Brasil, que estourou nas paradas de sucesso. O sucesso foi absoluto nos anos seguintes. Dom & Ravel se apresentaram por todo o país e nos principais programas de rádio e de televisão, ganhando vários prêmios. A música ufanista era utilizada pelo governo em eventos cívicos. A gravação definiva foi feita por Os Incríveis. Aqui, a gravação original da dupla.
Em 1970, por ocasião da Copa do Mundo realizada no México, a dupla conquistou o País com Eu te amo meu Brasil, que estourou nas paradas de sucesso. O sucesso foi absoluto nos anos seguintes. Dom & Ravel se apresentaram por todo o país e nos principais programas de rádio e de televisão, ganhando vários prêmios. A música ufanista era utilizada pelo governo em eventos cívicos. A gravação definiva foi feita por Os Incríveis. Aqui, a gravação original da dupla.
As praias do Brasil ensolaradas
O chão onde o país se elevou
A mão de Deus abençoou
Mulher que nasce aqui
Tem muito mais amor
O céu do meu Brasil tem mais estrelas
O sol do meu país mais esplendor
A mão de Deus abençoou
Em terras brasileiras
Vou plantar amor
Eu te amo meu Brasil, eu te amo
Meu coração é verde, amarelo, branco, azul, anil
Eu te amo meu Brasil, eu te amo
Ninguém segura a juventude do Brasil
As tardes do Brasil são mais douradas-mulatas.
Brotam cheias de calor
A mão de Deus abençoou
Eu vou ficar aqui
Porque existe amor
No carnaval os povos querem vê-las
No colossal desfile multicor
A mão de Deus abençoou
Em terras brasileiras
Vou plantar amor
Adoro meu Brasil de madrugada
Na hora em que estou com meu amor
A mão de Deus abençoou
A minha amada vai comigo aonde eu for
As noites do Brasil, tem mais beleza
A hora chora de tristeza e dor
Porque a natureza sopra e ela vai-se embora
Enquanto eu planto o amor
Enquanto eu planto o amor
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
DO CANCIONEIRO POLITICAMENTE INCORRETO
Ovelha negra
(Rita Lee)
Levava uma vida sossegada
Gostava de sombra e água fresca
Meu Deus quanto tempo eu passei
Sem saber
Foi quando meu pai me disse filha
Você é a ovelha negra da família
Agora é hora de você assumir... E sumir
Baby baby
Não adianta chamar
Quando alguém está perdido
Procurando se encontrar
Baby baby
Não vale a pena esperar, oh não
Tire isso da cabeça
Ponha o resto no lugar
CLÁSSICOS PARA A VIDA ETERNA
WHO ARE YOU (1978) THE WHO
Sérgio Luiz Gallina
Who are you?
Who, who, who, who? ...
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I woke up in a Soho doorway
A policeman knew my name
He said, you can go sleep at home tonight
If you can get up and walk away
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I staggered back to the underground
And the breeze blew back my hair
I remember throwin' punches around
And preachin' from my chair
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Well, who are you? (Who are you? Who, who, who, who?)
I really wanna know (Who are you? Who, who, who, who?)
Tell me, who are you? (Who are you? Who, who, who, who?)
'Cause i really wanna know (Who are you? Who, who, who, who?)
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I took the tube back out of town
Back to the Rollin' Pin
I felt a little like a dying clown
With a streak of Rin Tin Tin
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I stretched back and I hiccupped
And looked back on my busy day
Eleven hours in the Tin Pan
God, there's got to be another way
----
Well, who are you? (Who are you? Who, who, who, who?)
Oh, who are you? (Who are you? Who, who, who, who?)
Come on, tell me who are you? (Who are you? Who, who, who, who?)
Oh, who are you? (Who are you? Who, who, who, who?)
----
Who are you?
Who are you?
Ooh wa ooh wa ooh wa ooh wa
Who are you?
Who, who, who, who?
----
I really wanna know (Who are you? Who, who, who, who?)
I really wanna know (Who are you? Who, who, who, who?)
Come on, tell me who are you? (Who are you? Who, who, who, who?)
'Cause i really wanna know (Who are you? Who, who, who, who?)
----
Know there's a place you walked
Where love falls from the trees
My heart is like a broken cup
I only feel right on my knees
----
I spit out like a sewer hole
Yet still recieve your kiss
How can I measure up to anyone now
After such a love as this?
----
Well who are you?(Who are you? Who, who, who, who?)
Come on, tell me who are you? (Who are you? Who, who, who, who?)
Oh, i really wanna know (Who are you? Who, who, who, who?)
Tell me, tell me who are you? (Who are you? Who, who, who, who?)
Come on, come on, who? (Who are you? Who, who, who, who?)
Oh, who are you? (Who are you? Who, who, who, who?)
Who are you? (Who are you? Who, who, who, who?)
Oh, tell me who are you?
I really wanna know
Come on, tell me who are you
domingo, 29 de janeiro de 2017
DO FUNDO DO BAÚ
National Kid (Nashônaru Kiddo, em japonês) é uma série japonesa que foi exibida no Japão de 4 de agosto de 1960 a 27 de abril de 1961, produzida pela Toei Company e exibida pela NET (atual TV Asahi). Apesar da popularidade no Brasil, a série não fez sucesso em nenhum outro lugar do mundo, incluindo o Japão, seu país de origem.
O seriado foi criado em 1960, por encomenda, com a finalidade de servir de merchandising para a fábrica de eletrodomésticos National Electronics Inc., atual Panasonic. A tarefa de criação foi entregue ao mangaka Daiji Kazumine, o mesmo que algum tempo depois adaptaria para mangás outro herói espacial, Spectreman.
O personagem deveria ter poderes especiais, voar e lutar pela paz no mundo. Levaria o nome da empresa para ajudar a aumentar as vendas. Os atores eram, em alguns casos, amadores, e os episódios foram todos filmados em preto-e-branco. A dublagem original, apresentada nos anos 60, tinha como frases de abertura: "Mais veloz que o jato, mais duro que o aço, super-homem invencível, cavaleiro da paz e da justiça, Nacional kid!"
O personagem deveria ter poderes especiais, voar e lutar pela paz no mundo. Levaria o nome da empresa para ajudar a aumentar as vendas. Os atores eram, em alguns casos, amadores, e os episódios foram todos filmados em preto-e-branco. A dublagem original, apresentada nos anos 60, tinha como frases de abertura: "Mais veloz que o jato, mais duro que o aço, super-homem invencível, cavaleiro da paz e da justiça, Nacional kid!"
LEITURA DE DOMINGO
De volta ao primeiro beijo
Moacyr Scliar
"O primeiro beijo é uma coisa muito falada. Sem dúvida é uma experiência muito marcante, inesquecível. O primeiro beijo é uma maturação, uma descoberta. Ao mesmo tempo, para alguns, ele pode ser um monstro assustador", diz o cineasta Esmir Filho, diretor de "Saliva". O filme conta como Marina, uma garota de 12 anos, é pressionada a dar o seu primeiro beijo no experiente Gustavo.
Folhateen
TINHA ACABADO de ler a matéria sobre o primeiro beijo, no pequeno apartamento em que morava desde que ficara viúvo, anos antes, quando (coincidência impressionante, concluiria depois) o telefone tocou. Era uma mulher, de voz fraca e rouca, que ele de início não identificou: - Aqui fala a Marília - disse a voz. Deus, a Marília! A sua primeira namorada, a garota que ele beijara (o primeiro beijo de sua vida) décadas antes!
De imediato recordou a garota simpática, sorridente, com quem passeava de mãos dadas. Nunca mais a vira, ainda que freqüentemente a recordasse - e agora, ela lhe ligava. Como que adivinhando o pensamento dele, ela explicou: - Estou no hospital, Sérgio. Com uma doença grave... E queria ver você. Pode ser? - Claro - apressou-se ele a dizer - eu vou aí agora mesmo. Anotou rapidamente o endereço, vestiu o casaco, saiu, tomou um táxi.
No caminho foi evocando aquele namoro, que infelizmente não durara muito tempo -o pai dela, militar, havia sido transferido para o Norte, com o que perdido o contato -mas que o marcara profundamente. Nunca a esquecera, ainda que depois tivesse beijado várias outras moças, uma das quais se tornara a sua companheira de toda a vida, mãe de seus três filhos, avó de seus cinco netos. E não a esquecera por causa daquele primeiro beijo, tão desajeitado quanto ardente.
Chegando ao hospital foi direto ao quarto. Bateu; uma moça abriu-lhe a porta, e era igual à Marília: sua filha. Ele entrou e ali estava ela, sua primeira namorada. Quase não a reconheceu. Envelhecida, devastada pela doença, ela mal lembrava a garota sorridente que ele conhecera. Consternado, aproximou-se, sentou-se junto ao leito. A filha disse que os deixaria a sós: precisava falar com o médico.
Olharam-se, Sérgio e Marília, ele com lágrimas correndo pelo rosto. - Você sabe por que chamei você aqui? -perguntou ela, com esforço. - Porque nunca esqueci você, Sérgio. E nunca esqueci o nosso primeiro beijo, lembra? Na porta da minha casa, depois do cinema... - Claro que lembro, Marília. Eu também nunca esqueci você... - Pois eu queria, Sérgio... Eu queria muito... Que você me beijasse de novo. Você sabe, os médicos não me deram muito tempo... E eu queria levar comigo esta recordação...
Ele levantou-se, aproximou-se dela, beijou os lábios fanados. E aí, como por milagre, o tempo voltou atrás e de repente eles eram os jovenzinhos de décadas antes, beijando-se à porta da casa dela. Mas a emoção era demais para ele: pediu desculpas, tinha de ir. A filha, parada à porta do quarto, agradeceu-lhe: você fez um grande bem à minha mãe. E acrescentou, esperançosa: - Acho que ela agora vai melhorar. Não melhorou. Na semana seguinte, Sérgio viu no jornal o convite para o enterro. Mas, ao contrário do que poderia esperar, apenas sorriu. Tinha descoberto que o primeiro beijo dura para sempre. Ou pelo menos assim queria acreditar.
Folhateen - 10 de junho de 2007
CURTA NO TOA - DISPAROS
Sinopse: Homem acredita que está sendo ameaçado de morte e contrata detetive para investigar o caso.
Gênero: Ficção
Subgênero: Drama, Suspense
Diretor: Tarcisio Lara Puiati
Elenco: Felipe Monaco, João Pedro Gil, Roberto Bomtempo, Thais Petzhold
Duração: 5 min
Ano: 2000
Formato: 16mm
País: Brasil
Local de Produção: RS
Cor: Colorido
sábado, 28 de janeiro de 2017
ARRANJO EM CINZA E PRETO N° 1
O quadro “Arranjo em Cinza e Preto nº 1”, também é conhecido como “Mãe de Whistler”, do artista James McNeil Whistler, tornou-se popular como uma imagem arquetípica de uma matriarca sóbria, mas sincera.
Séria e pensativa, a mulher idosa está sentada numa pose rígida e formal, com as mãos segurando um lenço de renda branca. Seu cabelo grisalho e liso, assim como suas roupas escuras, são simples e puritanas.
A imagem passa uma forte impressão de austeridade, enfatizada pelo esquema de cores opacas e pelas horizontais e verticais fortes de elementos como as molduras, a cortina longa e o rodapé alto. Mas apesar de toda a severidade da pintura, há nela uma sensação de humanidade frágil, mas digna.
O retrato da mãe de Whistler foi exposto pela primeira vez na Academia Real, em Londres, no ano de 1872. Inicialmente sofreu rejeição, mas acabou sendo apreciado por influência de William Boxall, diretor da Nacional Gallery e amigo do pintor.
4 detalhes de Arranjo em Cinza e Preto nº 1 se destacam:
1. Perfil:
O artista retratou a mãe em perfil total. A pose foi muito usada por artistas do renascimento e se manteve popular em diversos tipos de arte. Ela define o tom de rigor formal da imagem.
2. Cadeira:
É o único objeto na pintura que se desvia ligeiramente da rigidez angular. Embora Whistler preferisse pintar pessoas em pé, uma doença e a idade tornavam a posição incômoda para a modelo, que adotou a pose sentada.
3. Mãos e lenço:
Além da cabeça, a parte mais detalhada da pintura é a área que mostra as mãos da senhora segurando o lenço. O acessório era usado para que as mãos da modelo parecessem naturalmente ocupadas.
4. Banquinho para os pés:
O banquinho fornece à imagem um tom doméstico, que suaviza um pouco a gravidade geral da composição. Raios X da pintura mostram que originalmente o apoio para pés era mais alto.
Ficha Técnica - Arranjo em Cinza e Preto nº 1:
Autor: James McNeill Whistler
Onde ver: Musée D'Orsay, Paris, França
Ano: 1871
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 144,3cm x 162,5cm
Movimento: Tonalismo
Com Universia Brasil
Com Universia Brasil
COVER DO SÁBADO
For Once in my Life foi composta por Ron Miller e Orlando Murden para a Motown Records. Existem diferentes relatos de suas primeiras versões, embora pareça que foi gravada pela primeira vez por Barbara McNair, mas lançada em 1966 por Jean DuShon. Outras versões iniciais da balada foram lançadas por The Four Tops, The Temptations e Tony Bennett, cuja gravação foi a primeira a chegar às paradas de sucesso, mas a mais conhecida e bem-sucedida é a de Stevie Wonder, de 1967.
Em 1974, Gladys Knight & The Pips gravaram a canção no álbum Neither One Of Us, com enorme sucesso.
Em 1974, Gladys Knight & The Pips gravaram a canção no álbum Neither One Of Us, com enorme sucesso.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
DO CANCIONEIRO POLITICAMENTE INCORRETO
Pois é, seu Zé
(Gonzaguinha)
Ultimamente ando matando até cachorro a grito
E a plateia aplaudindo e pedindo bis
Nas refeições uma chachaça e às vezes um palito
E a platéia aplaudindo e pedindo bis
Ando tão mal que ando dando nó em pingo d'água
Só mato a sede quando choro um pouco a minha mágoa
Mas a platéia ainda aplaude ainda pede bis
a platéia só deseja ser feliz...
Se vira
Bota um sorriso nos lábios
De tanto andar na corda bamba eu sou equilibrista
E a plateia aplaudindo e pedindo bis
Equilibrando a vida e a morte eu sou malabarista
E a plateia aplaudindo e pedindo bis
Mas não me queixo dessa sorte eu sou um comodista
E já me chamam por aí de verdadeiro artista
Pois a plateia ainda aplaude ainda pede bis
a platéia só deseja ser feliz...
Se vira
Bota um sorriso nos lábios
MÚSICA NA SEXTA
João Rubinato, o Adoniran Barbosa, nasceu em Valinhos, em 6 de agosto de 1910, e morreu em São Paulo, em 23 de novembro de 1982.
Abandonou a escola cedo, pois não gostava de estudar e precisava trabalhar para ajudar a família numerosa - Adoniran tinha sete irmãos. O compositor e cantor tem um longo aprendizado, num arco que vai do marmiteiro às frustrações causadas pela rejeição de seu talento. Quer ser artista – escolhe a carreira de ator. Procura de várias maneiras fazer seu sonho acontecer. Tenta, antes do advento do rádio, o palco, mas é sempre rejeitado. Sem padrinhos e sem instrução adequada, o ingresso nos teatros como ator lhe é para sempre abortado. O samba, no início da carreira, tem para ele caráter acidental. Escolado pela vida, sabia que o estrelato e o bom sucesso econômico só seriam alcançados na veiculação de seu nome na caixa de ressonância popular que era o rádio.
O seu primeiro sucesso como compositor vira canção obrigatória das rodas de samba, das casas de espetáculo: Trem das Onze. É bem possível que todo brasileiro conheça, senão a música inteira, ao menos o estribilho, que se torna intemporal. Adoniran alcança, então, o almejado sucesso que, entretanto, dura pouco e não lhe rende mais que uns minguados trocados de direitos autorais. A música, que já havia sido gravada pelo autor em 1951 e não fizera sucesso ainda, é regravada novamente pelos “Demônios da Garoa”, conjunto musical de São Paulo (esta cidade é conhecida como a terra da garoa, da neblina, daí o nome do grupo). Embora o conjunto seja paulista, a música acontece primeiramente no Rio de Janeiro, com sucesso retumbante.
Arguto observador das atividades humanas, sabe também que o público não se contenta apenas com o drama das pessoas desvalidas e solitárias; é necessário que se dê a este público uma dose de humor, mesmo que amargo. Compôs inúmeros sucessos que foram gravados por inúmeros artistas. Morreu de enfisema pulmonar aos 72 anos.
"Apaga o fogo, Mané" é de 1956.
Apaga o Fogo Mané
Adoniran Barbosa
Inez saiu dizendo que ia comprar um pavio
pro lampião
Pode me esperar Mané
Que eu já volto já
Acendi o fogão, botei a água pra esquentar
E fui pro portão
Só pra ver Inez chegar
Anoiteceu e ela não voltou
Fui pra rua feito louco
Pra saber o que aconteceu
Procurei na Central
Procurei no Hospital e no xadrez
Andei a cidade inteira
E não encontrei Inez
Voltei pra casa triste demais
O que Inez me fez não se faz
E no chão bem perto do fogão
Encontrei um papel
Escrito assim:
-Pode apagar o fogo Mané que eu não volto mais
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
ÁLBUM DA QUINTA
URUBU - 1975 - ANTÔNIO CARLOS JOBIM
"Jereba é urubu importante como, aliás, todo urubu. Mas entre eles, urubus, observam-se prioridades."
Urubu teve arranjos, regência e produção de Claus Ogerman e participação de vários expoentes do jazz, como Ron Carter, Joe Farrell, Hubert Laws e Airto Moreira. Destaque para Bôto, com vocal de Miúcha, e Lígia, que havia sido gravada anteriormente por Chico Buarque no disco Sinal Fechado, de 1974. O lado dois, todo instrumental, é magnífico. Impecável!!!
Lado 1
1 - Bôto (Porpoise) - Antonio Carlos Jobim / Jararaca
2 - Lígia - Antonio Carlos Jobim
3 - Correnteza (The Stream) - Antonio Carlos Jobim / Luiz Bonfá
4 - Ângela - Antonio Carlos Jobim
Lado 2
1 - Saudade do Brazil - Antonio Carlos Jobim
2 - Valse - Paulo Jobim
3 - Arquitetura de morar (Architecture to live) - Antonio Carlos Jobim
4 - O Homem (Man) - Antonio Carlos Jobim
Antônio Carlos Jobim - piano, fender rhodes, violão
Miúcha - vocal
Harry Lookofsky - violino
Joe Farrell - soprano saxofone
Urbie Green - trombone
Hubert Laws - flauta
Ron Carter - contrabaixo
João Palma - bateria
Airto Moreira - percussão
Everaldo Ferreira - conga
Claus Ogerman - arranjos, regência e produção
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
CRIATURAS QUE O MUNDO ESQUECEU
O Abracadabra, grupo musical argentino, era integrado por Víctor Daniel Kapusta (voz e guitarra), Jorge Orlando Bertarini (teclados), Miguel Angel Kapusta (bateria) e Manuel Droblas (baixo).
Formado no início dos anos 70, o grupo era do cast de artistas exclusivos do Canal 13.
Seus primeiros sucessos - "En mi país", "Domingo en Buenos Aires", "Aquel puñado de arena" e "Estoy metido contigo" - eram tocados em todas as rádios da época. O Abracadabra também se destacou por recriar tangos de sucesso, boleros e canções folclóricas.
Os dois primeiros discos do grupo foram gravados pela gravadora Disc Jockey, mas o sucesso os levou para a RCA Victor, onde passaram a ser produzidos por Lalo Fransen, famoso cantor da época. Atualmente, Victor Kapusta faz apresentações pela Argentina interpretando os grandes sucessos da banda. No Brasil, Domingo en Buenos Aires foi bem executada.
Formado no início dos anos 70, o grupo era do cast de artistas exclusivos do Canal 13.
Seus primeiros sucessos - "En mi país", "Domingo en Buenos Aires", "Aquel puñado de arena" e "Estoy metido contigo" - eram tocados em todas as rádios da época. O Abracadabra também se destacou por recriar tangos de sucesso, boleros e canções folclóricas.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
BREGA CHIQUE
Um grande sucesso de Paulo Sérgio, em parceria com Eustáquio Sena (que se tornaria um dos grandes intérpretes e criadores de trilhas das novelas da Globo nos anos 70): Minha Madrinha, de 1969.
Vou contar a cidade em que eu nasci,
No lugar onde a infância eu vivi,
Fui passear, ninguém me deu atenção
Só porque sou cantor e não tenho fama
Virou-me o rosto a dama que um dia me batizou
Minha madrinha, vou ser grande e um dia vou voltar
Minha madrinha, vou ser grande e um dia vou voltar
Que mudança do tempo em que fui criança
Eu era rei da pelada, a figura mais aclamada nas competições
As garotas do grupo escolar me amavam
Os homens me respeitavam, pois sou filho de gente bem
Mas um dia eu voltarei
Eo povo até irá chorar
Depois de um samba meu
Irá então se desculpar pelo que aconteceu
PRIMEIROS PARÁGRAFOS INESQUECÍVEIS
Me chame de Ismael e eu não atenderei. Meu nome é Estevão, ou coisa parecida. Como todos os homens, sou oitenta por cento água salgada, mas já desisti de puxar dessas profundezas qualquer besta simbólica. Como a própria baleia, vivo de pequenos peixes da superfície, que pouco significam mas alimentam.
O Jardim do Diabo (1988) - Luis Fernando Verissimo
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