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quinta-feira, 28 de julho de 2016

ÁLBUM DA QUINTA

EU QUERO É BOTAR MEU BLOCO NA RUA - 1973 - SÉRGIO SAMPAIO

Capixaba de Cachoeiro do Itapemirim, mesma cidade de Roberto Carlos, Sérgio Sampaio tinha gravado, com Raul Seixas, Edy Star e Míriam Batucada, o disco A Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez, em 1971, e alcançado, no ano seguinte, um grande sucesso com a música “Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua”, finalista no Festival Internacional da Canção - um corajoso protesto contra a ditadura militar, que vendeu 500 mil compactos simples. Roberto Menescal, que era diretor artístico da Philips naquela época, contratou Sérgio, assim como Raul, para integrar o elenco da gravadora e lançar seus primeiros solos.


Com a produção de Raul Seixas e muita versatilidade, Sampaio mistura neste disco gêneros como blues, samba, choro, bolero, balada, rock e a marcha-rancho da faixa-título. “Cala a Boca, Zebedeu” é um samba do pai, o maestro Raul Sampaio, e é seguida por uma canção desabafo “Pobre meu pai”. A faixa final, uma vinheta, homenageia o amigo e produtor Raulzito.


Apesar de o compositor ter sido considerado a grande revelação daquele ano, tendo inclusive recebido o Troféu Imprensa de Silvio Santos, seu disco não fez o sucesso esperado. O rótulo de “maldito” se iniciava ali para o hoje cultuado poeta e compositor, referência para inúmeros artistas e apaixonados fãs.



Lado A
1. Leros e Lero e Boleros (Sérgio Sampaio)
2. Filme de Terror (Sérgio Sampaio)
3. Cala a Boca Zebedeu (Raul Sampaio)
4. Pobre Meu Pai (Sérgio Sampaio) 
5. Labirintos Negros (Sérgio Sampaio)
6. Eu Sou Aquele Que Disse (Sérgio Sampaio)

Lado B
7. Viajei de Trem (Sérgio Sampaio)
8. Não Tenha Medo Não (Rua Moreira 65) (Sérgio Sampaio)  
9. Dona Maria de Lourdes (Sérgio Sampaio)  
10. Odete (Sérgio Sampaio)
11. Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua (Sérgio Sampaio) 
12. Raulzito Seixas (Sérgio Sampaio)


Sérgio Sampaio - violão e vocal)
Renato Piau - violão solo e guitarra 
Ivan 'Mamão' Conti - bateria 
Wilson das Neves - bateria
Alexandre 'Alex' Malheiros - baixo
Zé Roberto Bertrami - piano e moog
Conjunto “Creme Cracker”- percussão
Arranjos: Zé Roberto, Raul Seixas e Sérgio Sampaio


http://culturabrasil.cmais.com.br/

segunda-feira, 3 de março de 2014

CLÁSSICOS PARA A VIDA ETERNA

EU QUERO É BOTAR MEU BLOCO NA RUA - 1972 - SÉRGIO SAMPAIO

Sérgio Moraes Sampaio (Cachoeiro de Itapemirim, 13 de abril de 1947 — Rio de Janeiro, 15 de maio de 1994) foi um cantor e compositor brasileiro. Suas composições variam por vários estilos musicais, indo do samba e choro, ao rock'n roll, blues e balada. Morreu prematuramente de pancreatite em 1994.

Seu maior sucesso foi Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua, de 1972, que lhe rendeu vários prêmios e foi sucesso de execução e vandas.



Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga
Que eu caí do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou

Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar, pra dar e vender

Eu, por mim, queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo, um grilo menos disso
É disso que eu preciso ou não é nada disso
Eu quero é todo mundo nesse carnaval...

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar, pra dar e vender

sexta-feira, 14 de junho de 2013

MÚSICA NA SEXTA


Provavelmente o filho mais ilustre de Cachoeiro do Itapemirim, Sérgio Moraes Sampaio, nasceu em 1947. Filho de um compositor, maestro e regente diletante, cresceu no meio musical. Seu primo, Raul Sampaio, integrou o Trio de Ouro e é o autor da canção “Meu Pequeno Cachoeiro”, sucesso na voz de um conterrâneo ilustre.

Seus primeiros ídolos na música foram Orlando Silva, Nélson Gonçalves e Sílvio Caldas. Aos 16 anos, aprimorou-se no ofício de locutor, profissão que exerceu em Cachoeiro e que o fez ir para o Rio de Janeiro no final de 1967.

Em 1970, Sérgio já estava cantando em bares quando decide abandonar a vida de radialista e se dedicar totalmente à música, participando, sem muito êxito, em alguns festivais. Ainda em 1970, conhece Raul Seixas, então executivo da CBS, com quem dá início a um projeto de ópera-rock, que tem as letras vetadas pela censura do Regime Militar. O que restou dos cortes da censura viraram “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez”, disco do qual participam também Míriam Batucada e Edy Star.

Em 1973, lançou o primeiro LP, com o mesmo título de sua música de sucesso "Eu quero é botar meu bloco na rua", produzido por Raul Seixas, acompanhado por músicos como José Roberto Bertrami, Alexandre Malheiros, Ivan ("Mamão") Conti (que mais tarde formariam o Azymuth), Renato Piau e Wilson das Neves. Apesar da boa execução em rádio de "Cala a boca, Zebedeu" (de autoria de seu pai), "Odete" e "Viajei de trem", além das constantes aparições do artista em programas televisivos da época, o disco foi um fracasso de vendagens, estimadas, na época, em cerca de cinco mil cópias.
 



Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua

Sérgio Sampaio

Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga
Que eu caí do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou
Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou
Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar, pra dar e vender
Eu, por mim, queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo, um grilo menos disso
É disso que eu preciso ou não é nada disso
Eu quero é todo mundo nesse carnaval...
Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar, pra dar e vender