Wave (também conhecida como "Vou te Contar") é a primeira música de um álbum de mesmo nome de 1967, composta por Antônio Carlos Jobim (Tom Jobim). Já foi interpretada por diversos artistas, como Elis Regina, Gal Costa, Frank Sinatra, João Gilberto, Ella Fitzgerald e Oscar Peterson. Em sua versão original, recebeu arranjo de Claus Ogerman. A letra em inglês foi adicionada pelo próprio Tom Jobim em novembro de 1969 e cantada por Frank Sinatra no álbum Sinatra & Company, lançado no ano seguinte.
"Tom Jobim - Os anos 60" é o décimo primeiro álbum de estúdio da cantora Joyce, lançado em 1987, pela gravadora EMI. Wave é a segunda faixa.
Dorival Caymmi nasceu em 1914, em Salvador. Em 1935, começou a participar de alguns programas na Rádio Clube da Bahia. No mesmo ano, o radialista Gilberto Martins, que tinha ido a Salvador com o cantor Leo Vilar, iniciou nova fase no rádio baiano que até então só irradiava discos. Gilberto assumiu a direção da Rádio Clube, lançando o compositor com o programa "Caymmi e suas canções praieiras". No ano seguinte, venceu o concurso de músicas para o carnaval baiano, com o samba "A Bahia também dá". Em 1938, estreou na Rádio Tupi, interpretando de sua autoria, o samba "O que é que a baiana tem?", cuja composição foi iniciada ainda em Salvador e concluída já no Rio de Janeiro. Nessa mesma época, teve o samba incluído na trilha sonora do filme "Banana da terra", de Wallace Downey, interpretado por Carmem Miranda, que recebeu instruções suas para dançar a música.
Foi apresentado por Almirante ao diretor Wallace Downey, seguindo indicação dos amigos Alberto Ribeiro e Assis Valente. Rodadas as cenas iniciais, preparavam-se para filmar duas importantes sequências em que Carmem Miranda cantaria "Boneca de piche" e "Na baixa do sapateiro", ambas as composições de Ary Barroso. Por desentendimentos financeiros entre Ary e a produção do filme, seu samba "O que é que a baiana tem?" foi utilizado em substituição às canções de Ary Barroso, por sugestão do compositor Alberto Ribeiro. Ainda em 1938, foi convidado por Newton Teixeira para gravar na Odeon.
Somente em 1954 lançou pela Odeon seu primeiro LP, intitulado "Canções praieiras", no qual regravou sucessos como "O mar", "É doce morrer no mar" e "A jangada voltou só", além da inédita "O bem do mar". É desse disco também a bela “A Lenda do Abaeté”.
Quinto álbum do compositor e multi instrumentista pernambucano Heraldo do Monte, que, ao lado de Airto Moreira, Theo de Barros e Hermeto Pascoal, formou o Quarteto Novo, com o qual gravou, em 1967, um LP homônimo.
Participaram das gravações do disco, dentre outros, Dominguinhos, Hermeto Pascoal, Cláudio Bertrami e Edson José Alves, que dividiram os arranjos das canções com Heraldo. No disco, o compositor demonstra todo o seu virtuosismo na guitarra, no bandolim e no cavaquinho.
Comentário de uma leitora, no site globo.com, sobre a morte do jornalista Fernando Faro: Quem ??? Nunca ouvi falar nesse fulano...aliás, quem é que ouve MPB hoje em dia ? Só quem é brega e parou no tempo...
"I've killed women and children. I've killed just about everything that walks or crawled at one time or another. And I'm here to kill you, Little Bill, for what you did to Ned."
(Já matei mulheres e crianças. Já matei tudo que anda e rasteja e estou aqui para matar você Little Bill pelo que fez com Ned.)
O pernambucano Di Melo chegou em São Paulo no final dos anos 60, quando começou a tocar na noite paulistana. Em 1975, suas músicas foram lançadas pela EMI-Odeon no disco que leva seu nome e que conta com as participações de Hermeto Pascoal, Heraldo do Monte e Cláudio Bertrami. O álbum teve canções de sucesso, como "Kilariô", "A Vida em Seus Métodos Diz Calma" e "Se o mundo Acabasse em Mel".
Na década de 90, as músicas do álbum voltaram a tocar nas pistas. A redescoberta de seu trabalho se deu por DJs ingleses, quando a música "A Vida em Seus Métodos Diz Calma" apareceu na coletânea "Blue Brazil 2", da BlueNote. O seu disco chegou a ser relançado em CD, em 2002, dentro da coleção Odeon 100 anos, coordenada por Charles Gavin. Ele foi também objeto do documentário "Di Melo: O Imorrível", de Alan Oliveira e Rubens Pássaro, e seu disco teve uma rápida aparição no videoclipe da canção "Don't Stop the Party", do Black Eyed Peas.
Genival Lacerda, nasceu em Campina Grande em 1931. Na década de 50, foi morar em Pernambuco, e em 1955 gravou seu primeiro disco de 78 rotações, obtendo sucesso com a faixa "Coco de 56". Em 1964, incentivado por Jackson do Pandeiro, seu concunhado, foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou em casas de forró e chegou a gravar um LP. Contudo, o sucesso só chegou mesmo em 1975, com a música Severina Xique-Xique, cujo verso "ele tá de olho é na butique dela" tornou-se o mais popular do compositor. Graças a essa composição, de sua autoria e João Gonçalves, ele vendeu cerca de 800 mil cópias. Seus principais sucessos foram "Severina Xique Xique", "De quem é esse jegue?" e "Radinho de Pilha". Ao longo da carreira, gravou mais de 70 discos.
Não ouvi o Cléo Kuhn hoje. Não sei se a umidade continuará atuando com força sobre o estado ou se ela se dissipará. Também não sei se haverá ocorrência de chuvas. Mesmo que esparsas. Resumindo, não sei se boto a roupa pra lavar ou não.
Alegria, Alegria é uma canção composta por Caetano Veloso que foi o marco inicial do movimento tropicalista em 1967. O single foi lançado (com Remelexo no lado B) em 1967 e também integrou o álbum Caetano Veloso, do mesmo ano.
Apresentada pela primeira vez no Festival da Record daquele ano, a canção chocou os chamados "tradicionalistas" da música popular brasileira devido a simples presença de guitarras. No ambiente político-cultural da época, setores de esquerda classificavam a influência do rock como alienação cultural, o que também foi sentido por Gilberto Gil quando apresentou Domingo no Parque no mesmo festival. Apesar da rejeição inicial, a música acabou conquistando a maior parte da platéia. Tornou-se uma das favoritas, com as manifestações favoráveis superando as facções mais nacionalistas. A música acabou chegando em quarto lugar na premiação final.
E a bela, recatada e do lar Penélope ficou anos esperando por seu amado Ulisses, que havia partido para lutar na Guerra de Tróia. Em uma de suas aventuras guerreiras, Ulisses se depara com Circe, a deusa do amor físico e das feitiçarias. A própria, havia enfeitiçado alguns de seus homens e transformado-os em porcos. Ulisses, avisado por Hermes (mensageiro), preparou-se para o encontro com ela e, não caindo em suas armadilhas, conseguiu que a deusa desfizesse o encanto, dando como garantia a certeza de que ficaria com ela em seus aposentos por um tempo. Enquanto isso, Penélope tecia um sudário, dizendo que quando o terminasse se casaria com um dos pretendentes, já que não sabia se Ulisses estava vivo ou não. Seu amor pelo marido, entretanto, fazia com que aquilo que ela tecia durante o dia fosse desfeito durante a noite. Então, ela, dona esposa do golpista mor, bela, recatada e do lar, enquanto ele andava às voltas com suas Circes, transforma-nos em porcos. Um pouco de Chico Buarque ilustra um pouco tudo isso.
O artista americano Man Ray, mais conhecido por suas fotografias experimentais, é o pintor de Retrato Imaginário do Marquês de Sade. Obra bem menos conhecida do que suas fotografias.
O Marquês de Sade, que aparece como referência na obra, teve diversos textos condenados durante o século XIX, mas encontrou novos leitores na vanguarda parisiense nas primeiras décadas do século XX. O Marquês escrevia sobre sexualidade e tinha preferências pelo sadomasoquismo. A obra apresentada hoje é um reconhecimento da dívida de Man Ray com o famoso pornógrafo.
Como não existe retrato autenticado de Sade, Man Ray inventou sua aparência livremente. O resultado costuma ser comparado à imagem de André Breton quando velho, mas, estranhamente, considerando o fascínio do pintor pelo Marquês, o retrato é impassível e vasio, sem referências eróticas ou de sadomasoquismo.
Apenas os lábios cheios e vermelhos de Sade têm um toque de sensualidade, enquanto o resto da imagem foi pintada como se fosse construída com blocos de pedra, fazendo eco com a fachada da Bastilha, onde Sade esteve preso por vários anos.
O marquês é pintado de perfil e de seu ombro sai um caminho que leva até a Bastilha. A obra parece conter uma referência à tumultuada tomada da fortaleza no ano de 1789 e à sua posterior demolição, na forma de pedras lançadas ao chão por guindastes de madeira.
Segundo o folclore local, O Marquês de Sade incitou os acontecimentos daquele verão gritando de sua janela que os prisioneiros encarcerados na fortaleza estavam sendo assassinados, fator que teria provocado a rebelião. Depois disso o marquês foi transferido para o asilo de doentes mentais de Charenton, na noite anterior à tomada da Bastilha.
5 detalhes de Retrato Imaginário do Marquês de Sade se destacam:
1. Rosto do marquês:
Apresentado como uma estátua, apenas os olhos injetados de sangue e os lábios vermelhos de Sade humanizam o rosto, que por sua vez aparece rachado e abatido, como o edifício. São exibidas marcas de bala na fronte do ícone, o que o torna histórico e devastado.
2. Direção do olhar:
Pela linha de visão de Sade, parece que ele não olha para a Bastilha, mas sim que o marquês dirige um olhar imparcial para o céu acima das torres da fortaleza.
3. Bandeira da França:
Embora não esteja na pintura de maneira efetiva, o azul dos olhos de Sade contrasta com o branco tingido de sangue, evocando a bandeira tricolor da França e atraindo o olhar do espectador para o centro da composição.
4. Repetição de vermelho:
O vermelho do olho se repete nos lábios de Sade e na roda da carruagem, além do muro da fortaleza, ao fundo. Essa repetição guia o olhar do observador pelo plano da imagem.
5. Sensação de distanciamento: As linhas quebradas dos guindastes de madeira colocam a área fora de foco, criando assim uma sensação de distanciamento do observador.
Ficha Técnica - Retrato Imaginário do Marquês de Sade:
Autor: Man Ray Onde ver: Coleção particular Ano: 1938 Técnica: Óleo sobre tela Tamanho: 60cm x 50cm Movimento: Surrealismo
It Ain't Necessarily So é uma canção de George Gershwin com letra de Ira Gershwin. A música vem da ópera Porgy and Bess (1935), na qual é cantada pelo personagem Sportin, um traficante de drogas, que expressa sua dúvida sobre várias declarações na Bíblia.
Na canção, a melodia para as palavras "It Ain't Necessarily So" se assemelha à melodia para as palavras "Bar'chu et Adonai ham'vorach", no início da bênção "aliyah", quando se lê a Torá.
A canção foi regravada por inúmeros artistas ao longo dos anos, como The Honeycombs, Normie Rowe, The Moody Blues, Aretha Franklin, Cher, Brian Wilson, Sting, Bobby Darin e Hugh Laurie.
Em 1984, foi lançada como single pela banda britânica Bronski Beat, com Jimmy Somerville no vocal, e alcançou o número 16 nas paradas de singles do Reino Unido. A música foi tirada de álbum de estreia do Bronski Beat, The Age of Consent.
Raimundo Fagner Cândido Lopes nasceu em 1949, em Orós, Ceará.
Desde criança mostrou-se interessado por música. Com apenas cinco anos de idade, tirou o primeiro lugar num concurso de cantores infantis em homenagem ao dia das mães, promovido pela Rádio Iracema de Fortaleza. Nos colégios onde estudou, formou grupos vocais e conjuntos de rock.
Em 1973, gravou seu primeiro LP, "Manera frufu manera" pela Philips, no qual interpretou, entre outras, as composições "Último pau-de-arara”, "Mucuripe", dele e Belchior, e "Canteiros", sobre versos de Cecília Meirelles, que lhe renderia rumoroso processo da família da poetisa para retirar o disco de circulação, apesar do sucesso da composição.
Fagner usou nessa canção trechos das canções "Na Hora do Almoço" de Belchior, e "Águas de Março" de Antônio Carlos Jobim.
Canteiros
Fagner/Cecília Meireles
Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Cedo, claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem
Me faz sentir alegria
Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Pois senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida
Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Pois senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
São as águas de março fechando o verão
É promessa de vida em nosso coração
Nota da Redação: Fagner nasceu em Fortaleza, mas foi registrado em Orós.
Geraes é um álbum de 1976 do cantor, e compositor Milton Nascimento. O disco trouxe um papel forte para a conexão da música de Milton com o público da América, pois na época ele já era conhecido no mundo todo.
O disco conta com participações de Mercedes Sosa em "Volver A Los 17", Chico Buarque em "O Que Será (À Flor da Pele)", Clementina de Jesus em "Circo Marimbondo" e os chilenos do Grupo Agua, descobertos por Milton, nas faixas "Caldera", "Promessas do Sol" e "Minas Geraes", faixa que encerra o disco.
A capa, de Cafi, mostra o mesmo desenho das montanhas e do trem exibido no encarte anterior do álbum "Minas" (1975), que agora se destacava na capa do Geraes e no encarte do vinil com papel de envelope. Na reedição do CD de 1994, conta com duas faixas de um compacto que Milton fez com Chico Buarque em 1977, pelo selo Philips, com as faixas "Primeiro de Maio" e "Cio da Terra", que veio a ser regravado por Pena Branca & Xavantinho, Sérgio Reis e pela própria Mercedes Sosa.
Guitarra: Toninho Horta e Nélson Ângelo em "Menino"
Piano: Toninho Horta (elétrico em "Viver de Amor"), Milton Nascimento (em "Caldera"), Francis Hime, Novelli
Baixo elétrico e acústico: Novelli
Baixo acústico em "Minas Geraes": Luiz Alves
Bateria: Robertinho Silva e Edison Machado em "Promessas do Sol" e solo em "Fazenda"
Percussão: Robertinho Silva, Luiz Alves, Chico Batera e Toninho Horta
Tamborim em "Circo Marimbondo": Elizeu e Lima
Repique em "Circo Marimbondo": Doutor
Cuíca em "Circo Marimbondo: Marçal
Surdo em "Circo Marimbondo": Robertinho Silva
Agogô em "Circo Marimbondo": Chico Batera
Afochê: Georgiana de Moraes
Órgão em "Menino": João Donato
Órgão em "Viver de Amor": Toninho Horta
Acordeom em "Calix Bento": Dominguinhos
Coro em "Fazenda": Fernando Lepoarce, Novelli, Nelson Angelo e Beto Guedes
Coro em "Calix Bento": Francis Hime, Tavinho Moura, Novelli, Totó, Nelson Angelo e Toninho Horta
Coro em "Lua Girou: Tavinho Moura, Novelli, Nelson Angelo e Toninho Horta
Grupo Agua: nas faixas "Caldera", "Promessas do Sol" e "Minas Geraes" (Violão e coro: Nelson Arraya; tiple e coro: Oscar Perez; charango, percussão e coro: Polo Cabrera;flauta e coro: Nano Stuven)
Flauta: Celso Woltzenlogel, Danilo Caymmi, Mauro Senise, Paulo Guimaraes, Paulo Jobim, Raul Mascarenhas
Coro: Bebel Gilberto, Beto Guedes, Chico Buarque, Fernando Leporace, Francis Hime, Lizzie Bravo, Milton Nascimento, Nelson Angelo, Miucha, Novelli, Piii, Tavinho Moura & Grupo Agua