Grupo formado em 1981 no Rio de Janeiro, Os Paralamas do Sucesso tinha em sua formação original Herbert Vianna (voz e guitarra), Bi Ribeiro (baixo) e Vital Dias (bateria), que no ano seguinte, seria substituído por João Barone.
Já no Rio de Janeiro, o grupo começou a se apresentar no circuito alternativo da cidade. Foi em um desses espaços, o Western, no Humaitá, que Maurício Valladares, então com um programa na Rádio Fluminense FM, de Niterói, pediu que o grupo levasse uma fita demo à rádio, na qual constava "Vital e sua Moto", que rapidamente se tornou um sucesso da programação da rádio.
Contratado pela EMI-Odeon, a banda lançou o primeiro disco em 1983, "Cinema Mudo", que continha, além de "Vital e sua Moto" - inspirada no primeiro baterista do grupo -, "Vovó Ondina é Gente Fina", em homenagem à avó de Bi Ribeiro, que cedia o apartamento para os ensaios do grupo, ambas de Herbert Vianna, e "Química", do até então desconhecido Renato Russo.
Já no Rio de Janeiro, o grupo começou a se apresentar no circuito alternativo da cidade. Foi em um desses espaços, o Western, no Humaitá, que Maurício Valladares, então com um programa na Rádio Fluminense FM, de Niterói, pediu que o grupo levasse uma fita demo à rádio, na qual constava "Vital e sua Moto", que rapidamente se tornou um sucesso da programação da rádio.
Contratado pela EMI-Odeon, a banda lançou o primeiro disco em 1983, "Cinema Mudo", que continha, além de "Vital e sua Moto" - inspirada no primeiro baterista do grupo -, "Vovó Ondina é Gente Fina", em homenagem à avó de Bi Ribeiro, que cedia o apartamento para os ensaios do grupo, ambas de Herbert Vianna, e "Química", do até então desconhecido Renato Russo.
Em 1989, lança o disco Big Bang, e sobre ele está escrito no site da banda:
O som de uma explosão pode ter vários significados, e neste disco o principal deles talvez seja a consolidação de um Paralamas não mais de três, mas de sete cabeças. Um bicho com a guitarra afiada e uma cozinha neguinha até a última ponta (esteja a ponta no gueto de mundo em que estiver), e também com um teclado detonador e o naipe de metais que ficou consagrado como o mais sincronizado do Brasil.
O Brasil de 89, aliás, era um país que não sabia mais votar para presidente, que não via no horizonte um fim para a hiperinflação, e que tinha acabado de por fim à censura. Aaaargh! Por que não uma bomba como solução? As letras provocativas de Herbert estavam longe de qualquer rabugice: muito mais uma ode à malandragem de quem sobrevive e tira onda, de quem resiste na boa. Daí o groove quente-pelando de baixo incansável e bateria toda quebrada, com as levadas de um teclado nervoso e solos precisos de sax-trompete-trombone. Suor de verão escorria, mesmo quando era hora de balada, ora mais bossa, ora mais jazz – afinal, a lição da fossa tinha sido bem aprendida em “Bora Bora”.
Nada previsível, nem nada inatingível. O hit Lanterna dos Afogados até hoje merece interpretações, e a audição dentro do disco inteiro só amplia as possibilidades. Como disse o então titã Arnaldo Antunes no release da época: “o pé que dança decodifica melhor o recado”.
Lanterna dos Afogados
Herbert Vianna
Quando está escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Há uma luz no túnel dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar
Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar
Uma noite longa
Uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar
Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar
Com Dicionário Cravo Albin
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