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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

DO CANCIONEIRO POLITICAMENTE INCORRETO

Ladrão de Banco
(Gustavo Mullen, Karl Hummel e Marcelo Nova)

Miguel era um ladrão de banco, ele andava injuriado 
Sabia que o portão de ouro lhe havia sido fechado 
Quando voltava para casa ele trazia o ódio no andar 
E a revolta no seu peito e que o fazia respirar 

Miguel era um ladrão de banco 
Não bebia pra esquecer mas sim pra se lembrar 
Que por trás de cada rosto há uma mentira pra contar 
Miguel era um ladrão de banco, ele nasceu pra pular muro

Não acreditava em Deus, nem tampouco no futuro 
Miguel era um ladrão de banco, 
Um dia andando pela calcada viu um carro pagador 
Sentiu o cheiro do cifrão e foi provar do seu sabor

Passe a grana seu otário que eu to falando sério 
Se quiser dormir em casa e não lá no necrotério 
Ele tentou atravessar a rua mas estava cercado 
E com uma bala na barriga ele foi trancafiado

Miguel era um ladrão de banco, ele escolheu viver assim 
Não era a primeira vez e não iria ser o fim 
Sabia que ia fugir, como uma águia sai do ovo 
Olhos abertos e garras prontas pra atacar de novo
Miguel era um ladrão de banco

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