"Durante muito tempo fui para a cama cedo. Por vezes, mal apagara a vela, os olhos fechavam- se- me tão depressa que não tinha tempo de pensar: “Vou adormecer.” E. meia hora depois, era acordado pela ideia de que era tempo de conciliar o sono; queria pousar o volume que julgava ter nas mãos e soprar a chama da luz; dormira, e não parara de refletir sobre o que acabara de ler, mas tais reflexões haviam tomado um aspecto um tanto especial; parecia-me que era de mim mesmo que a obra falava: uma igreja, um quarteto, a rivalidade entre Francisco I e Carlos II."
Em Busca do Tempo Perdido - Marcel Proust - 1913
Em Busca do Tempo Perdido - Marcel Proust - 1913
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