Paulo Diniz nasceu em Pesqueira, Pernambuco, em 1940. No Recife, trabalhou como crooner e baterista em casas noturnas e foi locutor e ator de rádio e televisão. Em 1964, foi para o Rio de Janeiro. Em 1966, no auge do movimento Jovem Guarda, lançou seu primeiro disco, e o iê-iê-iê “O Chorão” se tornou sucesso nacional.
Em 1970, compôs, em parceria com Odibar, o hino de protesto “Quero Voltar Pra Bahia”, cujos versos carregados de saudade prestavam homenagem a Caetano Veloso, que se encontrava exilado em Londres. A música alcançou os primeiros lugares das paradas em todo o país e se tornou uma espécie de hino, canção-símbolo de uma época conturbada da história política e social do Brasil.
Quatro anos depois lançou dois LPs, e, em seguida, dedicou-se à tarefa de musicar poemas de língua portuguesa de autores como Carlos Drummond de Andrade (E Agora, José?), Gregório de Matos (Definição do Amor), Augusto dos Anjos (Versos Íntimos), Jorge de Lima (Essa Nega Fulô) e Manuel Bandeira (Vou-me Embora pra Pasárgada).
Entre 1987 e 1996, em decorrência de graves problemas de saúde que quase o deixaram paralítico, não gravou nenhum disco. Parcialmente recuperado, retomou a carreira em 1997. Atualmente, reside no Recife e se apresenta pelo Nordeste em uma cadeira de rodas, pois a doença que quase o paralisou nos anos 80 retornou a partir de 2005, e dessa vez atingiu seus membros inferiores.
Suas músicas foram gravadas por Clara Nunes, Emílio Santiago, Simone e outros cantores. Entre seus sucessos, destacam-se “Pingos de Amor”, gravado por vários intérpretes, “Canoeiro”, “Um Chopp pra Distrair” e "Como?", mas o sucesso que o consagrou foi a música “Quero Voltar Pra Bahia”.
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