DE FRENTE PRO CRIME (1979) JOÃO BOSCO
Sérgio Luiz Gallina
Tá lá o corpo estendido no chão
Em vez de rosto a foto de um gol
Em vez de reza a praga de alguém
E um silêncio servindo de amém
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O bar mais perto depressa lotou
Malandro junto com trabalhador
Um homem subiu na mesa do bar
E fez discurso prá vereador
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Veio camelô vender
Anel, cordão, perfume barato
Baiana pra fazer pastel
E um bom churrasco de gato
Quatro horas da manhã
Baixou o santo na porta-bandeira
E a moçada resolveu
Parar e então
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Tá lá um corpo estendido no chão
Em vez de rosto a foto de um gol
Em vez de reza uma praga de alguém
E um silêncio servindo de amém
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Sem pressa foi cada um pro seu lado
Pensando numa mulher ou num time
Olhei o corpo no chão e fechei
Minha janela de frente pro crime
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Veio camelô vender...
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