POR DÚVIDA DAS VIAS Sinopse: Uma estagiária de Jornalismo faz sua primeira reportagem em uma repartição pública, perdendo-se nos meandros burocráticos. Gênero: Ficção Subgênero: Comédia Diretor: Betse de Paula Elenco: Alcione Araújo, André Barros, Carlos Gregório, Cininha de Paula, Hugo Carvana, José Joffily, Louise Cardoso, Marcos Palmeira, Marieta Severo, Silvia Buarque Duração: 21 min Ano: 1988 Formato: 35mm País: Brasil Local de Produção: RJ Cor: Colorido
Antes da viagem ele notara que Betsy mostrava um apetite incomum. Depois surgiram outros sintomas, ingestão excessiva de água, incontinência urinária. O único problema de Betsy até então era a catarata numa das vistas. Ela não gostava de sair, mas antes da viagem entrara inesperadamente com ele no elevador e os dois passearam no calçadão da praia, algo que ela nunca fizera. No dia em que o homem chegou, Betsy teve o derrame e ficou sem comer. Vinte dias sem comer, deitada na cama com o homem. Os especialistas consultados disseram que não havia nada a fazer. Betsy só saia da cama para beber água.
O homem permaneceu com Betsy na cama durante toda a sua agonia, acariciando seu corpo, sentindo com tristeza a magreza de suas ancas. No último dia, Betsy, muito quieta, os olhos azuis abertos, fitou o homem com o mesmo olhar de sempre, que indicava o conforto e o prazer produzidos pela presença e pelos carinhos dele. Começou a tremer e ele a abraçou com mais força. Sentindo que os membros dela estavam frios, o homem arranjou para Betsy uma posição confortável na cama. Então ela estendeu o corpo, parecendo se espreguiçar, e virou a cabeça para trás, num gesto cheio de langor. Depois esticou o corpo ainda mais e suspirou, uma exalação forte. O homem pensou que Betsy havia morrido. Mas alguns segundos depois ela emitiu novo suspiro. Horrorizado com sua meticulosa atenção o homem contou, um a um, todos os suspiros de Betsy. Com o intervalo de alguns segundos ela exalou nove suspiros iguais, a língua para fora, pendendo do lado da boca. Logo ela passou a golpear a barriga com os dois pés juntos, como fazia ocasionalmente, apenas com mais violência. Em seguida, ficou imóvel. O homem passou a mão de leve no corpo de Betsy. Ela se espreguiçou e alongou os membros pela última vez. Estava morta. Agora, o homem sabia, ela estava morta.
A noite inteira o homem passou acordado ao lado de Betsy, afagando-a de leve, em silêncio, sem saber o que dizer. Eles haviam vivido juntos dezoito anos.
De manhã, ele a deixou na cama e foi até a cozinha e preparou um café puro. Foi tomar o café na sala. A casa nunca estivera tão vazia e triste.
Felizmente o homem não jogara fora a caixa de papelão do liqüidificador. Voltou para o quarto. Cuidadosamente, colocou o corpo de Betsy dentro da caixa. Com a caixa debaixo do braço caminhou para a porta. Antes de abri-la e sair, enxugou os olhos. Não queria que o vissem assim.
Espanhola, composição de Flávio Venturini e Gutemberg Guarabyra, foi gravada pela primeira vez no álbum "Pirão de Peixe com Pimenta", de Sá & Guarabyra, em 1977. A música foi trilha de novela e tornou-se um clássico da música popular brasileira e uma das mais pedidas nos shows dos autores até hoje.
Em 1981, Flávio Venturini gravou a canção no disco "Nascente", seu primeiro trabalho solo, quando ainda era integrante do 14 Bis.
Mulher com Guarda-Sol, do pintor impressionista Claude Monet retrata a primeira mulher do pintor, Camille, e o filho mais velho, Jean, em um passeio.
A obra, pintada no ano de 1875, capta um momento casual de família, no qual mãe e filho parecem ter parado um instante apenas para mirar o pai, que vinha logo atrás. A composição apresenta certa semelhança com uma fotografia.
A ideia de brevidade representada para o momento é reforçada pela maneira como Monet utiliza as pinceladas no quadro, curtas e de cores vibrantes, para dar luz intensa à obra e à forma do movimento do vento, que empurra as nuvens e faz esvoaçar o vestido de Camille.
José Rodrigues Trindade, o Zé Rodrix, nasceu no Rio de Janeiro em 1947. Em 2000, compôs JESUS NUMA MOTO, lançada diretamente em um CD/DVD ao vivo em 2001, no reencontro com seus parceiros Sá e Guarabyra.
Abaixo, alguns depoimentos do autor sobre a música.
Isso, quando ele parou (um motoqueiro "Hells Angel's”), tirou o capacete e era um gerente de banco, um senhor. Um senhor de quase seus 70 anos, aquela cara de gerente de banco, e estava numa moto. Aí falei para o meu filho, "Olha aí, meu filho, esse aí meteu um Marlon Brando nas ideias e saiu por aí!", exatamente onde começa a música. Então, essa característica panfletária, você pode ver nas músicas antigas e nas novas, pois nós sempre fomos gente com esse tipo de postura, panfletária, aberta, de opinião, nunca a música pela música, algo que a gente não perdeu nesses anos, e talvez aí esteja o motivo do interesse das pessoas ter permanecido.
Ela foi composta em 2000, a partir da imagem de Jesus dirigindo uma moto. No momento, ela vem se tornando hino dos grupos de motoqueiros brasileiros. Cada vez mais cantada por eles em seus eventos. Não acredito em sonhos, a não ser quando estou dormindo. Por isso, creio que JESUS NUMA MOTO é apenas um retrato das pessoas de minha geração que, após amadurecerem, se tornam capazes de ter duas vidas, sendo uma delas aquela que lhes agrada integralmente
Existe um Universo mítico que só tem concretude na musica feita no Brasil, e sendo mais transcendente que imanente, ainda assim é levado a sério, como se tivesse existência real. Passei por isso com CASA NO CAMPO; a quantidade de gente que embarcou naquele sonho, sem perceber que ele era apenas a fotografia de um determinado momento, não está no gibi. Tenho passado por isso atualmente com JESUS NUMA MOTO(...).
A imensa quantidade de motoqueiros individuais ou coletivamente organizados que está transformando a música em um hino da categoria (rsss) não dá para encarar. (Neste caso, acho que o problema está na sonoridade das palavras CELA e SELA, que cada um entende do jeito que quer, pode e consegue...)
Há quem viva de acordo com as personas estabelecidas nas músicas deste ou daquele, provavelmente porque elas decifraram dentro de seu espirito algum enigma que ele sequer sabia que lá estava. Esta é a função do artista, nascida da sua capacidade criativa e de sua maior ou menor coragem de se atirar no abismo-de-si-mesmo em busca de alguma coisa a mais. Se o artista não presta esse serviço, desbravando continentes inexplorados, o público vai ficando bobinho e sem essência, vivendo apenas da epiderme para fora, sem que haja real penetração da arte no seu eu mais interior, daí em diante reiterando ou clonando personagens e atitudes que não são verdadeiras nem mesmo para o autor da canção.
Uma impostura de parte a parte: os artistas mentem, o público se deixa enganar, e a indústria cultural continua faturando. Cada vez menos, é verdade, porque aquilo que não se instala profundamente no público se torna apenas descartável, dando ao púublico a sensação de que TODA MUSICA É DESCARTÁVEL, já que vazia de significado e incapaz de penetrar em seu espírito. Do outro lado, temos as músicas comerciais que se pretendem profundas, mas não o são, fingindo uma importância e um valor que não têm, mas do qual se arrogam através do artifício da pretensa "qualidade", sem fundamento nem realidade alguma. Em todos os lados, o que vemos é apenas o culto à personalidade, sem que as obras o justifiquem. Artistas também se tornam descartáveis, uma espécie de ex-BBB com cachê cada vez menor, e nunca compreendem que foi exatamente a sua maneira equivocada de agir em relação à música que os transformou em pálidas sombras de si mesmos.
clicrbs: O prefeito José Fortunati disse nesta quinta-feira (26) que ainda não decidiu se irá sancionar ou vetar o projeto aprovado na quinta-feira (26) na Câmara de Vereadores de Porto Alegre e que torna ilegal o aplicativo tipo Uber na Capital. O tema ainda será analisado. No entanto, a crítica ao sistema de transporte alternativo segue forte. — O Uber mostrou a sua prepotência, seu autoritarismo. Achou que que Porto Alegre era terra de ninguém. Não é. Se é para regulamentar, vamos regulamentar. Agora, não venham para cá usar o espaço público como quiserem. Aqui tem prefeito, tem Câmara de Vereadores e tem leis — disse Fortunatti.
A Eletrobras, patrocinadora da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), recusou a prestação de contas da entidade. A empresa alega que R$ 2.308.235,25 dos R$ 4 milhões disponibilizados foram gastos de forma ilícita, sendo boa parte desse valor gasto com a senhora Clarice Mancuso Garbi, esposa de Carlos Nunes, presidente da CBB. No cartão corporativo de Nunes, aparecem gastos com restaurantes caros e compras em lojas na Europa. Entre os roteiros internacionais estão Madri, Paris e Cancún (onde o casal comemorou aniversário de casamento).
Clarice Garbi é uma veemente crítica dos desvios de verba pública para uso pessoal. No seu perfil no feici búqui ela posta coisas como "Por mais que eu escute as notícias sobre a Petrobras, não entendo como nunca tocam no nome dos dois metralhas. Parece que foi tudo acontecendo mas Eles nunca são envolvidos". Em 18 de dezembro de 2012, no clima do mensalão, publicou foto de Joaquim Barbosa em que a legenda comemorava a perda de mandato dos deputados: "No mínimo. E a grana de volta?" É, Clarice... No mínimo, a grana de volta.
NA RUA, NA CHUVA, NA FAZENDA - 1975 - HYLDON Na Rua, na Chuva, na Fazenda é o primeiro álbum de estúdio do cantor, instrumentista, compositor e produtor Hyldon, lançado em 1975 pela gravadora Polydor. É considerado um clássico do soul brasileiro e marco da música negra em geral, tendo transformado Hyldon em um dos três precursores da música soul no Brasil, junto com Cassiano e Tim Maia. O disco tem alguns dos maiores êxitos da carreira de Hyldon, como "Na Rua, na Chuva, na Fazenda (Casinha de Sapê)" (posteriormente regravada pelo Kid Abelha), "Na Sombra de Uma Árvore", "Vamos Passear de Bicicleta", "Acontecimento" (regravada por Marisa Monte), "As Dores do Mundo" (regravada por Jota Quest) e "Sábado e Domingo".
No início de 1973, Hyldon tinha sido chamado para produzir um cantor de nome Frank Land. Reservou horários de estúdio e convidou o Azymuth para acompanhá-lo. Só que Land perdeu o vôo de São Paulo para o Rio de Janeiro, e então ele tomou a decisão de gravar três músicas para o que viria a ser o seu disco.
Por conta de desavenças entre o compositor e os executivos da gravadora, o material ficou parado por quase um ano, até que, no final de 1973, Jairo Pires convence André Midani a lançar um compacto simples com duas das três músicas, sem nenhuma divulgação. Eram elas: "Na Rua, na Chuva, na Fazenda (Casinha de Sapê)" e "Meu Patuá". O compacto estourou na programação das rádios, e foi dada, então, a chance de Hyldon gravar um LP completo. Em 1974, ele entrou em estúdio com o Azymuth e gravou mais 12 músicas, sendo que três ficariam de fora do produto final.
A gravadora ainda postergaria até 1975 o lançamento do disco, lançando mais um compacto em 1974, com "As Dores do Mundo" e "Sábado e Domingo". Foi só quando esse compacto também fez sucesso, emplacando o lado A, que a gravadora decidiu lançar o álbum completo, junto com um compacto duplo com as canções "As Dores do Mundo", "Na Sombra de uma Árvore", "Na Rua, na Chuva, na Fazenda (Casinha de Sapê)" e "Sábado e Domingo".
Lado A
1.Guitarras, Violinos e Instrumentos de Samba 3:35
2.Na Sombra de Uma Árvore 4:47
3.Vamos Passear de Bicicleta 3:38
4.Acontecimento 4:20
5.Vida Engraçada 3:05
6.As Dores do Mundo 3:45
Lado B
1.Na Rua, na Chuva, na Fazenda (Casinha de Sapê) 3:30
Macaquinhos: performance com ânus gera polêmica nas redes sociais
Imagine um grupo de nove atores tocando nos ânus uns dos outros em uma roda na frente de uma plateia. É exatamente esta a proposta da perfomance “Macaquinhos” que foi realizada esta semana na Mostra Sesc Cariri de Culturas, em Juazeiro do Norte, no Ceará. (curtamais.com.br)
Os idealizadores da peça dizem que ela tem como objetivo ampliar os conhecimentos do público sobre novos conceitos de arte. O meteoro, por favor...
Tony Fabian é o pseudônimo do compositor, pianista, maestro e arranjador Edmundo Villani Cortes, nascido em 1930, em Juiz de Fora (MG). De formação erudita, começou tocando viola e passou para o piano. Gravou uma série de discos sob esse pseudônimo como uma forma de ganhar dinheiro para sobreviver de música.
Na década de 1960, apresentou-se como pianista de concerto em orquestras, tais como a “Orquestra Tamoio”, com o maestro Cipó, no Rio de Janeiro, e a “Orquestra de Luís Arruda Paes”. A partir de 1967, tornou-se conhecido como arranjador de cerca de 600 obras para as orquestras da TV Tupi, em São Paulo, e da TV Globo, no Rio de Janeiro.
Em 1968, Fez arranjos e composições para o filme “O Matador”, de Amaro César e Egidío Écio. Participou de shows internacionais como pianista, acompanhando Maysa e Altemar Dutra. A partir de 1973, ficou responsável pela cadeira de música funcional da Academia Paulista de Música. Em 1998, defendeu sua tese de Doutorado no Departamento de Música do Instituto de Artes da UNESP.
Polícia prende caseiro suspeito de espancar idoso na Zona Oeste do Rio A polícia prendeu em flagrante o homem suspeito de agredir um idoso, na madrugada de sexta-feira (20), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
José Orlando nasceu em Pedreiras, cidade do interior do Maranhão, em 1954. Com 15 anos, mudou-se com a família para Fortaleza, onde tudo começou. Ganhou um violão da mãe e aprendeu a tocar sozinho, fez suas primeiras composições e participou de programas de calouros e de festivais de música. Em 1975 gravou sua primeira música como compositor com o cantor Alípio Martins, que foi o seu padrinho no primeiro LP, em 1981, intitulado “Cheiro do Povo”. Mas o sucesso só surgiu em 1983 com o LP “Declaração”, produzido também por Alípio Martins.
Já gravou com grandes intérpretes da música brasileira, como Alípio Martins, Nando Cordel, Alcymar Monteiro, Fafá de Belém, Fernando Mendes, Maria Alcina, Genival Lacerda, Gian e Giovani, Sandro Becker, Kaoma, Mastruz com Leite, Aviões do Forró, Cavaleiros do Forró e Forró do Mella Pinto.
Sou pistoleiro Pistoleiro do amor Eu enfrento o perigo Baleando a dor Eu não tenho medo de nada Desafio a solidão Os espinhos da estrada Não arranham meu coração Vou andando sem destino Em qualquer lugar que eu vá Sempre estarei sorrindo Muito amor tenho pra dar
Trecho de uma entrevista concedida por Luís Carlos Miele antes de morrer. O que acha da nova geração de músicos? Eu acho que isso é uma coisa parecida com música, mas não é música. É um investimento cultural mais simples, digamos assim. Eu acho que isso veio com esse processo atual, pelo qual o mundo está passando, da internet, dessa banalização cultural do erudito. Eu acho que não se pode reduzir o sucesso a três palavras – 'oi, oi, oi' – ou a uma frase – 'ai, se eu te pego'. Então eu não sei se isso é uma fase só. Eu não posso dizer que não gosto desse tipo de música. Eu só não me emociono.
Uma estudante de 19 anos, de Santo André (SP), copiou a Bíblia à mão em oito meses e bateu o recorde brasileiro. Ela disse que ouviu a voz do Espírito Santo, que lhe pediu para encarar o desafio, e passou a trabalhar de oito a dez horas por dia no projeto. O recorde anterior (acreditem, a coisa não é de hoje) pertencia a um mineiro, que realizou a façanha em nove meses. Ele não ouviu a voz do Espírito Santo. Disse que era estudante de engenharia, estava de fárias e resolveu fazer algo diferente. E dizer que ainda tem gente sem noção que prefere viajar ou apenas descansar. Eu fiquei muito entusiasmado. Acho que vou aderir a essa modalidade. Inclusive já pensei até no roteiro das minhas férias: O Tempo e o Vento, do Erico Verissimo.
Comentarista político hoje de manhã em seu comentário: "Mesmo estando em Lima, graças à facilidade de comunicação que temos hoje, pude acompanhar as eleições de ontem na Argentina." Não entendi. Se ele estivesse na China, em Kuala Lumpur, na Malásia ou no Brasil não seria a mesma coisa?
A Família Trapo foi um programa humorístico da televisão brasileira da década de 1960, criado por Jô Soares e Carlos Alberto de Nóbrega e dirigido por Manoel Carlos e Nilton Travesso. Seu enredo girava em torno da vida do personagem Carlos Bronco Dinossauro, o Bronco, interpretado por Ronald Golias.
O nome Família Trapo foi inspirado da família von Trapp, do musical The Sound of Music e do filme A Noviça Rebelde (The Sound of Music). Era uma família confusa e divertida, que vivia em volta do Carlos Bronco Dinossauro (Ronald Golias), que era irmão de Helena Trapo, a mãe (Renata Fronzi). Era o cunhado folgado. Tinha como sua vítima maior o seu cunhado Peppino Trapo (Otello Zeloni), o pai. Verinha, a filha (Cidinha Campos) e o filho Sócrates (Ricardo Corte Real) e o mordono Gordon, que era interpretado por Jô Soares.
Os episódios giravam em torno do Bronco, que implicava com todos os componentes da família. Brincava com o Peppino Trapo, que a "..Itália era uma bota". E ainda falava que tinha "… uma fazenda em Mato Grosso, que era imensa e que media 7m x 4m". No especial em que aparece Pelé, que não é reconhecido por Bronco (que ainda por cima dá algumas dicas ao "Rei" de como jogar futebol), ele cantarola um hino fascista para irritar Zeloni.
As apresentações eram "ao vivo", e os improvisos iam "ao ar", deixando o programa mais engraçado ainda. Num dos episódios , na última cena do programa, Golias dava um tiro, mas o tiro falhou. Então, Nilton Travesso, um dos diretores do programa, entrou no palco e pediu ao público: dá para vocês rirem de novo? Por que nos temos que dar este tiro de novo.
Emissora: TV Record - Canal 7 de São Paulo (Rede Record) Ano de Produção: 1967 - 1971 - Feito em preto e branco Produção: Equipe "A" - TV Record - Antonio Augusto Amaral de Carvalho, Raul Duarte, Nilton Travesso e Manoel Carlos. Autores: Carlos Alberto de Nóbrega e Jô Soares Elenco: Ronald Golias, Otello Zeloni, Renata Fronzi, Jô Soares, Cidinha Campos e Ricardo Corte Real
Capital Circulante Sinopse: Uma bem humorada história da luta pela sobrevivência nas ruas do Rio de Janeiro, que tem como personagem principal um carro importado "esquentado". Seus breves proprietários são pessoas de todas as classes sociais que fazem de tudo para possuí-lo mesmo que por alguns minutos. Gênero: Ficção, Conteúdo Adulto Diretor: Ricardo Mehedff Elenco: Leona Cavalli, Marcos Caruso, Ricardo Blat Duração: 10 min Ano: 2004 Formato: 35mm País: Brasil Local de Produção: RJ Cor: Colorido
E se alguém escrevesse sobre a mulher de Nelson Motta como ele fala da mulher de Lula?
Kiko Nogueira
De todos os sub jabores que surgiram nos últimos anos, poucos desempenham um papel tão patético quanto Nelson Motta. Sem formação política, ex-escada de Paulo Francis no Manhattan Connection (onde era chamado por Francis, de maneira indulgente, de “Nelsinho”), o jornalista tem uma coluna no Globo há décadas. Migrou da resenha de música para a detonação de qualquer coisa ligada à Dilma, PT, Lula etc o que dá mais ibope. Em seu artigo mais recente, conseguiu tratorar um inimigo perigosíssimo: a mulher de Lula, Marisa Letícia. Baseado no que lê de terceira mão sobre as supostas desavenças entre Lula e Dilma em torno da operação Zelotes, Motta escreve que “em oito anos de lulato ela [Marisa] nunca abriu a boca (cada vez maior) em público”. “No núcleo duro lulista, sabe-se que ele morre de medo da ‘Galega’, e uma vez chegou a se queixar a jornalistas que, por desobedecê-la em alguma decisão política, estava sofrendo uma greve sexual em casa e, sabe como é, Lula não passa sem um sexozinho”, continua. “Imaginem as opiniões da eminência loura sobre o atual momento do Brasil e da família Lula da Silva.” Chutando a esmo, Motta chama uma mulher que nunca viu e que, até onde se sabe, não cometeu nenhum crime, de vaidosa viciada em plásticas, burra, manipuladora e corrupta. Tudo bem? Claro que sim — porque com Lula e família vale tudo. Mas só nesse caso, porque Motta é um mestre da bajulação de poderosos, um puxa saco de primeiríssima classe. Há uma blague segundo a qual não existe documentário musical no Brasil sem um depoimento dele. Por inércia e ignorância dos produtores, Nelson acaba entrando em qualquer coisa porque, desde os anos 60, pega carona em artistas da MPB ou roqueiros. É um personagem marginal que se vende como protagonista. Vem faturando com biografias de mortos repletas de invenções e conjeturas. Em “A Primavera do Dragão”, sobre Glauber Rocha, trocou o nome de um grande amigo do cineasta, o “Bananeira”. O resultado: páginas e páginas de histórias atribuídas a outro cidadão. Além disso, a atriz Sonia Pereira, do filme “Mandacaru Vermelho”, é identificada como Sonia Coutinho. Sem contar os demais erros. Biógrafos sérios de Glauber classificaram a empreitada de “picaretagem editorial”. Valente de ocasião, se deixa subjugar também por figuras como Roberto Carlos. O filme sobre Tim Maia tinha uma cena tirada de seu livro em que um assistente de Roberto atira uma nota de dinheiro amassada para um suplicante Tim. Roberto reclamou, a sequência foi eliminada da versão para a TV — e o próprio Nelsinho saiu em defesa do rei, desmentindo a si mesmo. “O Roberto, acho que era tranquilo com ele, porque sabia o valor que o Tim tinha como cantor e compositor, tanto que levou o Tim para a Jovem Guarda. O Roberto fez o que pôde”, disse o incrível Nelsinho na Globo. Nelsinho já pensou se fizessem com ele o que ele faz suas vítimas? E se alguém descrevesse, digamos, as sessões de botox de suas ex Marília Pera, Costanza Pascolato, Marisa Monte? E se alguém tecesse considerações sobre a capacidade intelectual de suas filhas Joana, Esperança e Nina? Caetano Veloso apontou que Nelson Motta foi o único crítico musical que fez carreira sem falar mal das pessoas. Seria preciso acrescentar “algumas pessoas” a essa descrição. O grande talento de Nelsinho é o de ser um sicofanta seletivo. Um doce de coco com gente como Caetano, uma hiena maldosa e desonesta com quem não tem como se defender. http://www.diariodocentrodomundo.com.br/e-se-alguem-escrevesse-sobre-a-mulher-de-nelson-motta-como-ele-fala-da-mulher-de-lula-por-kiko-nogueira/