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sábado, 16 de janeiro de 2016

A RONDA NOTURNA

A Ronda Noturna ou A Ronda da Noite (em neerlandês: De Nachtwacht) é o nome dado a uma das mais famosas obras do pintor holandês Rembrandt, pintada entre 1640 e 1642. Esta é uma das joias da exposição permanente do Rijksmuseum de Amsterdã, pinacoteca especializada na pintura neerlandesa.


Embora A Ronda Noturna esteja consolidado como título da tela, o nome original foi provavelmente A companhia militar do capitão Frans Banning Cocq e o tenente Willem van Ruytenburg, segundo a inscrição que foi encontrada num esboço preparatório: “Esboço da pintura na qual o novo Heer van Purmerlandt (Banning Cocq), como capitão, ordena ao seu tenente Heer van Vlaerderdingen (Willem van Ruytenburch), que ponha em marcha a companhia cívica.”

O quadro foi chamado no século XIX Patrouille de Nuit pela crítica francesa, e Night Watch por Joshua Reynolds; daí o nome pelo qual se conhece popularmente. A origem deste título surge de um equívoco de interpretação, devida a que, nessa época, o quadro estava tão deteriorado e obscurecido pela oxidação do verniz e a sujeira acumulada, que suas figuras eram quase indistinguíveis, e parecia uma cena noturna. Depois do seu restauro em 1947, onde se eliminou este verniz obscurecido, descobriu-se que o título não se ajustava à realidade, já que a ação não se desenvolve de noite senão de dia, no interior de um portaló em penumbra ao que chega um potente raio de luz que ilumina intensamente às personagens que intervêm na composição.

A obra foi um encargo da Corporação de Arcabuzeiros de Amsterdã para decorar a Kloveniersdoelen, sede da milícia. Devido a isto, Rembrandt usou monumentais dimensões para a tela.

Nela aparece a milícia do capitão Frans Banning Cocq no momento no qual este dá a ordem de marchar ao alferes Willem van Ruytenburch. Detrás de eles aparecem os 18 integrantes da Companhia, que pagaram uma média de cem florins ao pintor por aparecer no quadro, uma soma mais que considerável para a época. Os dois oficiais provavelmente pagaram mais, pelo lugar privilegiado que ocupam no quadro. Ao todo, Rembrandt cobrou 1600 florins por este quadro.  Ao ser a companhia de arcabuzeiros uma instituição municipal, a tela continua a ser propriedade do município de Amsterdã, o qual a cede ao Rijksmuseum em empréstimo de uso sem contraprestação econômica.

Os personagens aparecem captados pelo pintor holandês tal qual os pôde contemplar em numerosas ocasiões no momento em que diariamente a companhia se preparava para formar e sair a seguir ordenadamente para percorrer a cidade na sua missão de vigilantes da ordem. Além disso, no quadro aparecem três crianças correndo e um cão que animam a cena.
O encargo, que devia ser concluído para o banquete de inauguração da sede da companhia, foi, junto a outros retratos corporativos, parte da comemoração da chegada em 1638 a Amsterdã da rainha mãe Maria de Médicis, viúva de Henrique IV da França, exilada por ordem do seu filho Luís XIII e do intrigante cardeal Richelieu. Esta visita régia à capital holandesa foi celebrada pelas suas autoridades com grande pompa e boato.

O pagamento do trabalho atrasou-se devido a que não cobriu as expectativa dos membros da milícia, por não estar perfeitamente definida a presença da maioria de eles. Apesar da sua qualidade, também passou despercebida para a crítica no seu dia.

A cena da companhia forma parte fundamental da tradição holandesa de retratos coletivos que surgiu na chamada "Idade de Ouro da arte holandesa". Autores contemporâneos como Frans Hals dedicaram-se quase em exclusiva a este tipo de retratos de encomenda.

O artista assinou a pintura no canto inferior esquerdo e também inclui um autorretrato atrás do piqueiro, ao fundo da composição. É possível reconhecê-lo por seu nariz proeminente e por estar usando sua boina tradicional.

Mais informações em Wikipédia.

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