O ponto de votação do Tatuapé nas prévias do PSDB que vão decidir quem será o candidato do partido à prefeitura de São Paulo foi palco de um arranca-rabo ontem (28/02) entre militantes da candidatura do empresário João Dória Jr. e do deputado Ricardo Tripoli, dois dos três postulantes à candidatura.
O mais interessante ficou por conta do registro fotográfico da contenda. Na foto abaixo é possível observar o rastro de violência em um dos combatentes.
De volta da Pinheira, onde passei duas semanas e tive a alegria de estar com meus amigos. Sempre ótimo! Só que – sempre tem um senão – algumas coisas que andei escutando enquanto estava na areia curtindo a beleza do lugar me trouxeram um misto de indignação e tristeza. E tornaram tudo um pouco mais feio. Foram três episódios em dias distintos, mas sempre o mesmo tipo de pessoas que faziam os comentários. Bem instalados em suas barracas se divertindo, conversando, bebendo, fumando, tudo normal, direito de todos. De todos? Parece que pelos comentários não.
Episódio 1: caminhando na areia um casal, ele negro e ela branca e loira. E o comentário de um grupo logo atrás de mim foi “vê se pode, uma loira com esse negão, no que nossa praia tá virando”; e outro veio em cima e disse “no que nosso país tá virando”. Episódio 2: no dia seguinte; agora com outro grupo, mas nos mesmos moldes do primeiro. Quando uma rapaziada passa com seus dreadlocks veio o comentário fácil de quem certamente nada entende disso: “aqueles ali não lavam o cabelo há mais de dois anos” (risadas fartas pelo comentário inédito), seguido pela observação de que é a gurizada que acampa lá no Vale da Utopia, entre a Praia de Cima e a do Maço.
Episódio 3: pois em outro dia e mais outro grupo diferente, mas igual, observa a mesma rapaziada e seus dreads passeando nas areias com sacolas se dirigindo para o vale e então o comentário de um bombadão de academia: “bando de maconheiros, nossa praia não é mais a mesma”, e ouvem-se murmúrios de lamentações e mais um comentário: “e gente de bem tem que conviver com isso”.
Bom, vamos por partes. Nossa praia? Exclusividade? Nada diferente pode frequentar os mesmos lugares dessas pessoas, então, pelo que vejo. Eu vou para a Pinheira há quase 30 anos e não me lembro de ter visto vocês por lá alguma vez. Dou o desconto de vocês já estarem frequentando a praia há algum tempo, mas são insignificantes e, por isso, não notados, a não ser quando resolvem comentar aquilo que lhes desagrada. Dentro da lógica da meritocracia da qual certamente vocês são fãs, eu teria muito mais direito de dizer que a praia é minha e amigos meus mais ainda. Mas somos pessoas boas, convivemos com a diversidade e com todos, até com vocês. Qual o problema de um casal não ser o ideal dentro dos seus parâmetros e do que vocês acham que deva ser uma família? Digo isso porque me parece evidente o conservadorismo explícito quando de um comentário preconceituoso. E, bombadão, a gurizada faz uso de uma erva natural enquanto você se dopa com química de laboratório para parecer o cara. E se dizem gente de bem. Acho que não, acho a minha definição mais apropriada.
Casper the Friendly Ghost (no Brasil, Gasparzinho o Fantasminha Camarada) é um personagem norte-americano de desenho animado e história em quadrinhos), da editora Harvey Comics, voltado para o público infantil. Nas suas histórias surgiriam vários oadjuvantes de sucesso, como o Trio Assombrado (os tios malvados do fantasminha), o diabinho Hot Stuff the Little Devil (no Brasil, Brasinha), e a bruxinha Wendy (no Brasil, Luísa, a Boa Bruxinha). O principal desenhista dos quadrinhos de Gasparzinho foi Warren Kremer.
Casper foi criado em 1939 por Seymour Reit e Joe Oriolo para um livro infantil, em 16 de novembro de 1945, o Famous Studios lançou o curta-metragem The Friendly Ghost, primeira animação de Casper.
Gasparzinho é um fantasminha diferente dos outros, pois sempre vai em busca de novos amigos e não gosta de assustar ninguém, para inconformismo dos três tios malvados que moram com ele. Porém, os vivos que se aproximam dele, acabam achando que é um fantasma cheio de más intenções, mas não. Em várias situações, salva vidas e com isso é reconhecido como herói.
De acordo com o filme lançado em 1995, Gasparzinho foi um menino de 12 anos chamado Casper McFadden (interpretado em parte por Devon Sawa), que morreu de pneumonia após brincar até tarde no frio.
No Brasil, Gasparzinho teve uma série de revistas em quadrinhos publicadas pela Editora O Cruzeiro na década de 1960 e outra pela Editora Vecchi, na década de 1970. Em 2010, a Devir Livraria lançou uma versão encadernada de luxo. Em agosto de 2012, volta a ter uma revista mensal pela Pixel Media, linha de histórias da Ediouro Publicações. Os desenhos do personagem foram produzidos pelo Famous Studios na década de 1940 e pela Harvey Films nos anos 1950 e exibidos pela Rede Record nos anos 1980, pela Globo no ano de 2004.
Há alguns anos. Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro. Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de “minha vida”. Outros fragmentos, daquela “outra vida”. De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos. Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas. Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector “Tentação” na cabeça estonteada de encanto: “Mas ambos estavam comprometidos. Era isso — aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria. Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania.
A LINGUAGEM DE ORSON WELLES Sinopse: Três depoimentos sobre a desventura wellesiana no Brasil de 1942: John Huston, Grande Otelo e Edmar Morel. Gênero: Documentário Diretor: Rogério Sganzerla Duração: 15 min Ano: 1988 Formato: 35mm País: Brasil Local de Produção: RJ Cor: a definir
O Grito, famosa obra do pintor norueguês expressionista Edvard Munch é parte de uma série de quatro pinturas. Essa é a mais célebre, datada de 1893.
A pintura representa uma figura andrógina em um momento de profunda angústia e desespero existencial. A imagem que aparece como plano de fundo é a doca de Oslofjord, em Oslo, ao pôr-do-Sol. A fonte de inspiração da obra pode ser a vida pessoal do próprio pintor, educado por um pai controlador que teve de lidar, ainda enquanto criança, com a morte da mãe e de uma irmã.
Além de todo o drama que viveu enquanto jovem, Munch também passou por maus bocados quando adulto, após cortar relações com o pai para integrar a cena artística de Oslo. Ao contrário do que o jovem esperava, se envolveu com uma mulher casada e, por isso, teve de enfrentar ainda mais mágoa e desespero. Já no início da década de 1890 outra irmã, a sua preferida, foi diagnosticada com transtorno bipolar e internada em um hospital psiquátrico.
Todos esses sentimentos de desespero ficam evidentes no quadro, que é considerado uma das obras mais importantes do movimento expressionista. A dor está presente não apenas na personagem como também no fundo, destacando que a vida não é a mesma para as pessoas que sofrem. A composição insere o observador no quadro e faz com que ele passe a ver o mundo disforme, o que afeta diretamente a participação do mesmo na obra.
You Make Me Feel Brand New foi um hit do grupo The Stylistics. A canção foi escrita por Thom Bell e Linda Creed. A balada R&B foi a quinta faixa do álbum Let's Put It All Together, de 1974, e foi lançada como um single. Atingiu a posição número 2 no 100 chart Billboard Hot durante duas semanas. A canção vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo, o que rendeu um Disco de Ouro - o quinto - para o grupo.
Em 2003. o grupo britânico Simply Red regravou a canção no álbum Home.
Hermeto Pascoal nasceu em junho de 1936, em Lagoa da Canoa, AL.
Em 1950, aos 14 anos, estreou com o irmão José Neto na Rádio Tamandaré do Recife, em Pernambuco. Pouco depois de uma frustrada tentativa de se criar o trio "O mundo pegando fogo", que contaria com a participação de Hermeto, seu irmão e Sivuca, os irmãos transferiram-se para a Rádio Jornal do Commércio. Na nova rádio, entretanto, Hermeto acabou ficando "encostado" por não querer tocar pandeiro. Em 1951, Hermeto já era considerado o melhor acordeonista do agreste. Continuou seus estudos e pesquisas musicais. Em 1956, retornou à Rádio Jornal do Commércio, onde chegou a ser diretor de regional.
Em 1966, passou a integrar o Quarteto Novo, junto com Teo de Barros, Airto Moreira e Heraldo do Monte, que formavam, até então, o Trio Novo. Nesse período, ficou fora de uma excursão pelo Nordeste patrocinada pela Rhodia, com Geraldo Vandré, Trio Marayá e Trio Novo por restrições do patrocinador à sua aparência física.
Ainda em 1966, passou a companhar Geraldo Vandré em seus shows. Em 1967, teve sua primeira composição gravada, "O ovo", no LP "Quarteto Novo", lançado pela Odeon, primeiro e único disco do grupo, que foi uma experiência de estilização da música nordestina. No mesmo ano, o Quarteto Novo acompanhou Marília Medalha e Edu Lobo na interpretação de "Ponteio", composição de Edu Lobo e Capinam, vencedora do III Festival de MPB da TV Record, em São Paulo.
Comentário de Luiggi: E ainda bem que o dono não tem um bufê a quilo, se não poderia sugerir que as pessoas comam direto das bandejas e bebam água direto da bica. Vou te contar...
O IMPORTANTE É QUE A NOSSA EMOÇÃO SOBREVIVA - 1975/1976 - MÁRCIA, EDUARDO GUDIN E PAULO CÉSAR PINHEIRO
LP duplo lançado separadamente, o primeiro em 1975 e o segundo em 1976, ambos pela Odeon. Foram relançados pela EMI, em 2002, em um único álbum. São o registro de apresentações no Rio de Janeiro e em São Paulo (Teatro Oficina).
Paulo César Pinheiro é um dos maiores letristas do Brasil. Com uma carreira que começou cedo no final da década de 1960, ele escreveu letras para Sivuca, Baden Powell, Beth Carvalho, Lenine, João Nogueira, Dori Caymmi, Edu Lobo e outros grandes compositores. São mais de 1.000 canções em mais de 500 colaborações, incluindo incontáveis poemas. Apesar de construir uma carreira unicamente como letrista, algo dificílimo no Brasil, Pinheiro chegou a gravar alguns discos solos. Dentre eles, O Importante é Que a Nossa Emoção Sobreviva, gravado em duas datas em São Paulo e no Rio de Janeiro, em 1975 e 1976, com o compositor Eduardo Gudin (já um parceiro de composição de longa data) e Márcia (cantora ‘expressiva e original’, nas palavras de Zuza Homem de Mello). Todos os 22 sambas que completam as duas edições de O Importante é Que a Nossa Emoção Sobreviva vão por vias sentimentais, uma quase nostalgia ‘do tempo em que era menos ambição e o coração valia muito mais’, como cantam Gudin e Pinheiro em “Consideração”. A grande eficácia do show está nas composições. Há um tempero de melancolia, alegria, reflexões complexas, momentos poéticos.
Disco 1
1. Veneno (Eduardo Gudin/ Paulo César Pinheiro)
2. Consideração (E. Gudin/ P. C. Pinheiro)
3. Tatuagem (Nelson Cavaquinho/ Paulo Gesta/ Guilherme de Brito)
4. Ingênuo (Benedito Lacerda/ Pixinguinha)
5. Resíduo (poema) (Carlos Drummond de Andrade) / Resíduos (E. Gudin/ P. C. Pinheiro)
6. Marcha-rancho (E. Gudin/ P. C. Pinheiro/ Maurício Tapajós)
7. Justiça (E. Gudin/ P. C. Pinheiro)
8. Velho Casarão (E. Gudin/ P. C. Pinheiro)
9. Refém da Solidão (Baden Powell/ P. C. Pinheiro)
10. Cautela (P. C. Pinheiro) / Mordaça (E. Gudin/ P. C. Pinheiro)
Disco 2
11. Velho Passarinho (Eduardo Gudin/ Paulo César Pinheiro)
12. Dança de Força (Guinga/ P. C. Pinheiro)
13. Essa Conversa (E. Gudin/ P. C. Pinheiro)
14. A Trindade (poema) (P. C. Pinheiro)
15. Evangelho (Dori Caymmi/ P. C. Pinheiro)
16. É Melancolia (E. Gudin/ P. C. Pinheiro)
17. Tô por aí (E. Gudin/ P. C. Pinheiro)
18. Catecismo (poema) (P. C. Pinheiro)
19. Canto do Beato Louco (Guinga/ P. C. Pinheiro)
20. O Amolador (Copinha)
21. Canto Brasileiro (poema) (P. C. Pinheiro) / Pesadelo (Maurício Tapajós/ P. C. Pinheiro)
22. Hino (E. Gudin/ P. C. Pinheiro) / Mordaça (E. Gudin/ P. C. Pinheiro)
Primeiro show: Bolão (flauta), Eraldo (violão-baixo), Nelsinho (cavaco), José Briamonte (órgão), Milton Banana, Dinho, Carlinhos, Dirceu e Jair (percussão) Segundo show: Copinha (flauta), Braz (oboé), Sérgio Barrozo (baixo), Wilson das Neves (bateria), Luna, Marçal e Elizeu (percussão). Participação de Guinga nas canções “Dança da Força”, “Evangelho” e “Canto do Beato Louco”.
Willie George Hale (15 agosto de 1945), mais conhecido como Little Beaver, apelido que ganhou por conta dos dentes proeminentes, é um guitarrista, cantor e compositor americano.
Iniciou sua carreira solo em 1972, com o single "Joey". Sua música caracterizou-se por uma mistura de blues, soul e funk. Seu maior sucesso foi Party Down, de 1974, que alcançou o segundo lugar na parada R&B nos EUA e foi grande sucesso nas pistas de dança no Brasil.
"You can get further with a kind word and a gun than you can with just a kind word." (Você pode conseguir mais com uma palavra amável e uma arma do que com apenas uma palavra amável.)
Al Capone (Robert De Niro) - The Untouchables (Os Intocáveis) - 1987
Hélio Justo (24/12/1942 - Rio de Janeiro) iniciou a carreira artística como guitarrista e violonista fazendo apresentações em boates, festas e reuniões empresariais. Passou também a acompanhar diferentes artistas em programas de televisão. Por volta de 1961, fez uma excursão de 65 dias com o cantor Cauby Peixoto e, ao retornar, teve sua primeira música gravada, a balada "Meu amor minha maldade". Foi um dos precursores do rock brasileiro com seu grupo The Blue Jeans Rock. Em 1962, fez a versão em português de duas canções italianas gravadas por Ed Wilson na RCA, "Sabor de Sal" e "Bronzeadíssima".
Teve músicas gravadas por Cauby peixoto, Roberto Carlos, Fagner, Leonardo, Sérgio Reis, Wando, Reginaldo Rossi, Paulo Ricardo, Amado Batista, Agnaldo Timóteo, José Augusto, Renato e Seus Blue Caps, Elimar Santos, Angela Maria, Rosemary e outros.
"Filhos de João - O Admirável Mundo Novo Baiano" (2009), de Henrique Dantas, é um documentário sobre os Novos Baianos. É muito bom! Vejam o vídeo no rodapé, na íntegra. Vale a pena ver e ouvir os depoimentos da baianada maluca - Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor, Luís Galvão, Pepeu Gomes & Cia -, além de Tom Zé e outros. Baby gravou também, mas depois desautorizou suas imagens. Esse "João" de quem são "filhos" é João Gilberto, pai da bossa nova, que foi quem deu à banda o sentido que tanto marcou sua trajetória. Então, eis hoje dois dos Novos Baianos, uma das grandes bandas brasileiras de todos os tempos.
Irmãos Coragem foi uma telenovela exibida pela Rede Globo no horário das 20 horas, entre 8 de junho de 1970 e 12 de junho de 1971. Foi escrita por Janete Clair e dirigida por Daniel Filho, Milton Gonçalves e Reynaldo Boury, com direção geral de Daniel Filho. Foi produzida em preto e branco e teve 328 capítulos.
O disco com a trilha sonora da novela tinha composições de Dori Caymmi, Antônio Adolfo, Tibério Gaspar, Tim Maia, Cassiano, Heitor Villa-Lobos, Danilo Caymmi e Luiz Carlos Sá, entre outros. O tema de abertura, composto por Nonato Buzar e Paulinho Tapajós, foi gravado por Jair Rodrigues.
O Amor do Palhaço Sinopse: O fim. Grete, personalidade da praia de Canoa Quebrada, está morto. Sua história retrocede no tempo, momentos da vida desvendam sua trajetória até o instante em que é tomada a fatídica decisão de abandonar o Circo Máximo e aventurar-se sozinho. O começo do fim. Gênero: Ficção Subgênero: Drama, Adaptação Literária Diretor: Armando Praça Elenco: Claudio Jaborandy, Edson Brandão, Luis Miranda, Marta Aurélia, Pedro Domingues, Sidney Souto, Tatiana Amorim Duração: 15 min Ano: 2005 Formato: 35mm País: Brasil Local de Produção: CE Cor: Colorido
Conversávamos sobre saudade. E de repente me apercebi de que não tenho saudade de nada. Isso independente de qualquer recordação de felicidade ou de tristeza, de tempo mais feliz, menos feliz. Saudade de nada. Nem da infância querida, nem sequer das borboletas azuis, Casimiro.
Nem mesmo de quem morreu. De quem morreu sinto é falta, o prejuízo da perda, a ausência. A vontade da presença, mas não no passado, e sim presença atual. Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora. Voltar atrás? Acho que não, nem com eles. A vida é uma coisa que tem de passar, uma obrigação de que é preciso dar conta. Uma dívida que se vai pagando todos os meses, todos os dias. Parece loucura lamentar o tempo em que se devia muito mais. Queria ter palavras boas, eficientes, para explicar como é isso de não ter saudades; fazer sentir que estou expirimindo um sentimento real, a humilde, a nua verdade. Você insinua a suspeita de que talvez seja isso uma atitude. Meu Deus, acha-me capaz de atitudes, pensa que eu me rebaixaria a isso? Pois então eu lhe digo que essa capacidade de morrer de saudades, creio que ela só afeta a quem não cresceu direito; feito uma cobra que se sentisse melhor na pele antiga, não se acomodasse nunca à pele nova. Mas nós, como é que vamos ter saudades de um trapo velho que não nos cabe mais? Fala que saudade é sensação de perda. Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo, emoções, corpo e alma. E gastar não é perder, é usar até consumir. E não pense que estou a lhe sugerir tragédias. Tirando a média, não tive quinhão por demais pior que o dos outros. Houve muito pedaço duro, mas a vida é assim mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e a outros mais tarde; no fim, iguala a todos. Infância sem lágrimas, amada, protegida. Mocidade - mas a mocidade já é de si uma etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o que quer, ou quer demais. Qual será, nesta vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos fazer confidências de exaltação, de embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é a quadra dramática por excelência, o período dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos desajustamentos trágicos. A idade dos suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo, dos grandes heroísmos. É o tempo em que a gente quer ser dono do mundo - e ao mesmo tempo sente que sobra nesse mesmo mundo. A idade em que se descobre a solidão irremediável de todos os viventes. Em que se pesam os valores do mundo por uma balança emocional, com medidas baralhadas; um quilo às vezes vale menos do que um grama; e por essas medida, pode-se descobrir a diferença metafísica que há entre uma arroba de chumbo e uma arroba de plumas. Não sei mesmo como, entre as inúmeras mentiras do mundo, se consegue manter essa mentira maior de todas: a suposta felicidade dos moços. Por mim, sempre tive pena deles, da sua angústia e do seu desamparo. Enquanto esta idade a que chegamos, você e eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera. E mesmo quando se exige muito, só se espera o possível. Se as surpresas são poucas, poucos também os desenganos. A gente vai se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos. Ai, um um dos piores tormentos dos jovens é justamente o desapego das coisas, essa instabilidade do querer, a sede do que é novo, o tédio do possuído. E depois há o capítulo da morte, sempre presente em todas as idades. Com a diferença de que a morte é a amante dos moços e a companheira dos velhos. Para os jovens ela é abismo e paixão. Para nós, foi se tornando pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a ruga no rosto, a vista fraca, os achaques. Velha amiga que vem de viagem e de cada porto nos manda um postal, para indicar que já embarcou. (Crônica publicada no jornal "O Estado de São Paulo" - 13/01/2001)
A obra de arte Canção de Amor, do italiano Giorgio de Chirico, criado na Grécia e que estudou em Atenas e Munique antes de se mudar para Paris, é que ilustra esse sábado.
O busto clássico era um motivo recorrente em suas obras - a peça é o foco central na obra apresentada hoje. Trata-se de uma cabeça de mármore de Apolo, patrono da música, da poesia e da medicina.
Essa pintura lançou uma inovação importante que chamou muito a atenção de artistas surrealistas posteriores. O busto aparece ao lado de objetos modernos díspares, como uma luva cirúrgica de borracha, uma bola verde e, ao fundo, uma parte de um trem a vapor. Essa falta de semelhança causa uma sensação de absurdo e uma intranquilidade oculta na composição.
O pintor era influenciado pela filosofia metafísica, especialmente por Kant e Freud. Por isso, cada um dos objetos da composição possuem significados simbólicos, como associações pessoais e universais.
3 detalhes de Canção de Amor se destacam:
1. Trem:
O trem que aparece ao fundo é uma referência a profissão do pai do artista, ferroviário. No entanto, também foi escolhido para provocar sentimentos nostálgicos no observador.
2. Luva cirúrgica:
Além de oferecer uma pista visual que identifica o busto como Apolo, a luva também tem por função representar a hipocondria do artista, bem como a percepção de uma doença cultural contemporânea, provavelmente a eclosão da Primeira Guerra Mundial.
3. Busto de Apolo:
A presença de Apolo, juntamente com as suas associações implícitas com a literatura e a arte, e também com a medicina, permitem que a obra seja lida como um confronto entre ideologias históricas e modernas, sejam elas culturais ou científicas.
Ficha Técnica - Canção de Amor:
Autor: Giorgio de Chirico Onde ver: Museum of Modern Art, Nova York, EUA Ano: 1914 Técnica: Óleo sobre tela Tamanho: 73cm x 59cm Movimento: Surrealismo
"Tous Les Visages de L'amour" foi composta por Charles Aznavour e lançada em 1974. No mesmo ano, em parceria com o britânico Herbert Kretzmere, lançou a versão em inglês com o título She. A canção passou batida nos mercados francês e americano, mas estourou na Inglaterra, onde ficou por várias semanas em primeiro lugar nas listas dos discos mais vendidos.
Em 1999, Elvis Costello gravou uma versão para a trilha sonora do filme "Notting Hill" (no Brasil, "Um Lugar Chamado Notting Hill") e a música tornou-se um sucesso mundial.