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sábado, 20 de dezembro de 2014

MOISÉS (OU, DE JORNAL)

Nem sempre quem está de longe sabe das coisas melhor do que quem tá no pé do tornado. Digo isto por tratar de um assunto que desconheço, só sei de boatos por todo lado.

No domingo passado (14/12/2014) a Zero Hora anunciou uma nova grade de dias pra seus cronistas e não especificou em que espaço, dia e periodicidade Moisés Mendes escreveria.

A grita foi grande. “Meu Deus! O que será de nós sem a coluna de Moisés?” e coisas desse nível foi o que vi “nas redes” dia seguinte. Em seguida, comecei a ver que ele foi censurado covardemente por uma coluna que escreveu a respeito da postura de patê dos deputados frente ao tresloucado Bolsonaro. E isso teria redundado em sua demissão de forma sumária e ignóbil.

Depois, li que, descontente por ter sido preterido (por causa da censura safada) pelo jornal, teria pedido estoica e corajosamente sua demissão. Provavelmente batendo com o tico na mesa do interlocutor. Pelo tom do que li no feicebuque, não imaginei de forma diferente.

Hoje (19/12/2014), li no texto do próprio Moisés que ele continuará em ZH. Sem bater no peito como um Tarzan, sem se encolher como um sagui amedrontado. É verdade que sugeriu que fosse procurado como uma pérola pelas páginas do jornal. Mas sem escândalo, sem fiasco, sem roupas rasgadas. E com o belo texto de sempre.

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