Jovem cineasta dando entrevista em uma rádio. Muito
empolgado, mas com aquele tom blasé que o muilealvalerosense adora fazer.
Falando, claro, sobre as dificuldades de fazer um filme no Brasil, ainda mais
no Rio Grande do Sul, ainda mais sobre o tema escolhido, e blá e blá e blá...
Lá pelas tantas, falando sobre o dia da estreia do filme –
para poucos convidados, que dúvida -, ele para tudo dramaticamente e anuncia: “E
vou fazer uma revelação: nesse dia tive que segurar as lágrimas.”
Não é um fato raro alguém chorar diante de um filme ou de qualquer coisa que o emocione. Chorar diante do seu próprio filme eu nunca
tinha visto. Pelo menos ninguém foi anunciar no rádio um fato de transcendental
importância para o mundo artístico e – quiçá – econômico.
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