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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

DE TEATRO

A peça Anatomia do Fauno, em cartaz em São Paulo, coloca em cena atores nus representando, sem falas, o universo gay.

“Tentamos mostrar gays cansados, fustigados pelo trabalho, beirando seres autômatos, mecânicos, sujos, como metáfora do cansaço pós-moderno e de como isso desagua num território de relações violentas”, diz o diretor Marcelo Deny.

“A nudez ali entra como figurino, pois a potência e as vontades do corpo é que se sobressaem”, afirma o ator Marcelo D’Avilla.

Não entendo de teatro, mas acho que eles se referem a formas positivas de permitir a entrada do outro na esfera desejante do sujeito em situações em que a inserção do outro se deu de forma controversa, o que coloca em jogo questões fundamentais do aprendiz, e a forma como ele vai viver esta situação vai depender do nível de organização conseguido em seu processo de acesso ao simbólico, manifestando um comportamento oscilante que demanda intervenção constante para que não se instaure de forma definitiva como modus operandi do sujeito. Correto?

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