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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

MÚSICA NA SEXTA

Jair Rodrigues de Oliveira nasceu em 1939, em Igarapava, SP.

Na infância, cantava música religiosa em igreja. Antes de ingressar na vida artística, trabalhou como engraxate, mecânico, servente de pedreiro e ajudante de alfaiate.

Iniciou sua carreira em 1957, atuando como crooner em casas noturnas do interior de São Paulo.

Em 1966, gravou o LP "O sorriso do Jair". Participou, nesse ano, do II Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), defendendo a canção "Disparada" (Geraldo Vandré e Teo de Barros), dividindo o primeiro lugar com "A banda", de Chico Buarque, defendida por ele e por Nara Leão.

Disparada
Letra de Geraldo Vandré
Música de Theo de Barros
Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte o destino tudo, a morte o destino tudo
Estava fora de lugar, eu vivo pra consertar
Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu

Boiadeiro muito tempo, laço firme, braço forte
Muito gado, muita gente pela vida segurei
Seguia como num sonho e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei
Então não pude seguir, valente, lugar tenente
E o dono de gado e gente, porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata
Mas com gente é diferente

Se você não concordar não posso me desculpar
Não canto pra enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém
Que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu, querer mais longe que eu
Mas o mundo foi rodando, nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei, agora sou cavaleiro
Laço firme, braço forte, de um reino que não tem rei

Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém
Que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu, querer mais longe que eu
Mas o mundo foi rodando, nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei, agora sou cavaleiro
Laço firme, braço forte, de um reino que não tem rei !
Com Dicionário Cravo Albim

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