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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

MÚSICA NA SEXTA

Elizabeth "Beth" Santos Leal de Carvalho, nasceu no Rio de Janeiro, em 1946. Decidiu seguir a carreira artística após ganhar um violão de sua mãe. Sua avó tocava violão e bandolim e seu pai era amigo de pescaria de Sílvio Caldas. Sua casa era frequentada por Elizeth Cardoso e Aracy de Almeida, entre tantos cantores, cantoras e compositores da época. Levada por sua irmã mais velha, frequentava rodas de samba, festas e pagodes nos quintais suburbanos do Rio de Janeiro. Sofreu forte influência da Bossa Nova e do compositor Tom Jobim. 

Em 1965, gravou o primeiro disco, um compacto simples com a música "Por que morrer de amor?", de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. No ano seguinte, participou dos espetáculos "Música Nossa", ao lado de Tibério Gaspar e Egberto Gismonti. Por essa época, com Nélson Cavaquinho, Zé Kéti e o grupo Os Cinco Crioulos, participou do show "A hora e a vez do samba". Fez parte do conjunto 3-D, com Antônio Adolfo, Chico Batera, Hélio Delmiro e Luís Eduardo Conde. Com esse conjunto, gravou, pela Copacabana Discos, o LP "Muito na Onda".

No ano de 1967, no "Festival Internacional da Canção", interpretou "Caminhada", de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar. Em 1969, com os Golden Boys, defendeu a música "Andança" de Paulinho Tapajós, Edmundo Souto e Danilo Caymmi, classificando-se em terceiro lugar no "III Festival Internacional da Canção", da TV Globo. Gravou o primeiro LP, "Andança", pela Odeon.

Gravou, em 1986, o LP "Beth", disco cuja última faixa (13° do álbum) é "Eu só peço a Deus", de Leon Gieco, com participação especial de Mercedes Sosa.



Eu Só Peço a Deus
(Leon Gieco / versão: Raul Elwanger)

Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o q'eu queria

Eu só peço a Deus
Que a injustiça não me seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucada brutalmente

Eu só peço a Deus
Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda a pobre inocência dessa gente

Eu só peço a Deus
Que a mentira não me seja indiferente
Se um só traidor tem mais poder que um povo
Que este povo não esqueça facilmente

Eu só peço a Deus
Que o futuro não me seja indiferente
Sem ter que fugir desenganando
Pra viver uma cultura diferente

Nota da Redação: Que a injustiça não nos seja indiferente.

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