"Nossa época é essencialmente trágica, por isso nos recusamos a vê-la tragicamente. O cataclismo já aconteceu e nos encontramos em meio às ruínas, começando a construir novos pequenos habitats, a adquirir novas pequenas esperanças. É trabalho difícil: não temos mais pela frente um caminho aberto para o futuro, mas contornamos ou passamos por cima dos obstáculos. Precisamos viver, não importa quantos tenham sido os céus que desabaram. Era esta mais ou menos a posição de Constance Chatterley. A guerra derrubara o teto sobre sua cabeça. E ela percebera que todos precisamos viver e aprender."
O Amante de Lady Chatterley - 1928 - D. W. Laurence
Raimundo Roberto Morhy Barbosa, o Beto Barbosa, nasceu em Belém em 1955. Famoso compositor de "Adocica", um de seus grandes sucessos que vendeu cerca de três milhões de cópias. Ao longo de sua carreira, gravou 10 LPs e 11 CDs. Ganhou diversos prêmios, como o Troféu Imprensa.
Beto Barbosa foi o único artista do Norte do Brasil a ganhar o Troféu Imprensa de melhor cantor, título que dividiu na época com o cantor José Augusto, em votação realizada por Sílvio Santos, em 1991. O programa Fantástico, da Rede Globo, chegou a apresentar três clipes do cantor na mesma edição. Em um deles, Beto se apresentava no Mangueirão, em Belém, quando foi registrado o maior público de toda a história do Pará. O disco “Preta”, lançado em 1990, foi recorde de vendas e Beto foi recorde de público, até hoje, em sua apresentação no Espaço Cultural, em João Pessoa.
Sinopse: Paciente do sexo feminino. Vinte anos. Alucinações. Delírios. Muda. Mora Só Ano produção: 2013 Dirigido por: Ulisses da Motta Costa Gênero: Nacional Suspense Terror Elenco: Renata Stein, Luis Franke, Leandro Lefa. Saiba mais em http://kassandrafilme.blogspot.com.br/
Pastor Denirso profetisa: domingo Deus vai dar mostra de não aprovar muito o carnaval tapando o sol com uma peneira...Preparai-vos, que ao meio dia tudo ficará na penumbra! O dízimo do irmão poderá ser encaminhado à UAI (União Astronômica Internacional), que iluminou o Pastor Denirso nesta profecia...
Jungle Jim (Jim das Selvas, no Brasil) é um personagem das histórias em quadrinhos que luta contra piratas, comerciante de escravos e um vilão chamado Cobra, além de enfrentar os perigos da selva. Ele pode ser considerado uma versão mais "civilizada" e "madura" de Tarzan. O nome do seu parceiro é Kolu. Apareceu pela primeira vez como uma tira de jornal em 1934, escrita por Don Moore e desenhada por Alex Raymond. Em 1937, estreou no cinema, dirigido por Ford Beebe e Clifford Smith, em 12 capítulos, estrelado por Grant Withers, Betty Jane Rhodes e Evelyn Brent. O seriado foi produzido e distribuído pela Universal Pictures e veiculou nos cinemas americanos a partir de 18 de janeiro de 1937. De 1955 a 1956, a Screen Gems passou a produzir uma série de TV de Jim das Selvas, num total de 26 episódios, mantendo Johnny Weissmuller como estrela principal. A série televisiva era muito inferior aos filmes, pois a produção era bem mais barata e os episódios preservavam uma tendência menos fantásticas que a dos filmes.
Depois foi a vez de Johnny Weissmuller fazer o personagem do seu jeito, já no segundo filme. Apesar de um pouco mais gordo, principalmente ao redor da cintura, já estava na hora de fazer a transição dele de Tarzan para um outro personagem. Embora houvesse uma pobreza na produção, os espectadores, principalmente as crianças, gostaram dessa transição, embora os adultos ainda ficassem nostálgicos em ver Johnny como Tarzan. O primeiro filme com Johny Weissmuller aconteceu em 1948, em "Jungle Jim".
A série de televisão inicia sua história em 1954, quando os filmes de Jim da Selvas passa para as mãos da subsidiária da Columbia, a Screem Gems, por deteminação do produtor Harold Greene que achou uma boa oportunidade de trazer o filme para a televisão porque o produtor achava que essa era a melhor forma de baixar o custo de produção.
Quando Johnny Weissmuller completou o seu último filme para a Columbia, ele passou automaticamente a fazer a série de televisão para a Screen Gems, num acordo feito entre Sam Katzman´s Clover Productions e a William Morris Agency, reafirmada em janeiro de 1955. Donald Mcdougall dirigiu a maioria dos episódios, mas os primeiros quatro foram dirigidos por Earl Bellamy.
Ao contrário da maioria dos filmes de Jim das Selvas, a série de televisão usou bastante atores negros para retratar os africanos, embora Jim visitasse também outros continentes, principalmente a selva asiática. Cada episódio da série tinha aproximadamente 25 minutos e quase sempre Jim aparecia envolvido em algum mistério ou ajudando algum nativo contra os homens brancos, assim como era freqüente os temas envolvendo Jim ensinando uma lição ao seu filho. Para viajar, Jim tinha um avião chamado "The Sitting Duck" (O pato sentando).
Algumas das cenas da série foram filmadas no estúdios da MGM que mantinha sua própria selva e rio. Ocasionalmente, eram usados pedaços dos antigos filmes, como no episódio intitulado “Lagoon of Death” para as cenas de "The Lost Tribe and Fury of the Congo", para ajudar a preencher os 25 minutos. Quando a série de televisão terminou, infelizmente também acabava a carreira de Johnny Weissmuller. A Tribo Perdida é o segundo filme de Jim das Selvas. A trama é motivada por um tesouro perdido, localizado em algum lugar na terra distante de Ozamm. Os vilões Calhoun (Joseph Vitale) e Rawlins (Ralph Dunn) estão se preparando para roubar o tesouro, mas Jim não vai deixar isso acontecer.
FALECI ONTEM, pelas sete horas da manhã. Já se entende que foi sonho; mas tão perfeita a sensação da morte, a despegar-me da vida tão ao vivo o caminho do céu, que posso dizer haver tido um antegosto da bem-aventurança. Ia subindo, ouvia já os coros de anjos, quando a própria figura do Senhor me apareceu em pleno infinito. Tinha uma ânfora nas mãos, onde espremera algumas dúzias de nuvens grossas, e inclinava-a sobre esta cidade, sem esperar procissões que lhe pedissem chuva. A sabedoria divina mostrava conhecer bem o que convinha ao Rio de Janeiro; ela dizia enquanto ia entornando a ânfora: — Esta gente vai sair três dias à rua com o furor que traz toda a restauração. Convidada a divertir-se no inverno, preferiu o verão não por ser melhor, mas por ser a própria quadra antiga, a do costume, a do calendário, a da tradição, a de Roma, a de Veneza, a de Paris. Com temperatura alta, podem vir transtornos de saúde, — algum aparecimento de febre, que os seus vizinhos chamem logo amarela, não lhe podendo chamar pior... Sim, chovamos sobre o Rio de Janeiro. Alegrei-me com isto, posto já não pertencesse à terra. Os meus patrícios iam ter um bom carnaval, — velha festa, que está a fazer quarenta anos, se já os não fez. Nasceu um pouco por decreto, para dar cabo do entrudo, costume velho, datado da colônia e vindo da metrópole. Não pensem os rapazes de vinte e dous anos que o entrudo era alguma cousa semelhante às tentativas de ressurreição, empreendidas com bisnagas. Eram tinas d'água, postas na rua ou nos corredores, dentro das quais metiam à força um cidadão todo, — chapéu, dignidade e botas. Eram seringas de lata; eram limões de cera. Davam-se batalhas porfiadas de casa a casa, entre a rua e as janelas, não contando as bacias d'água despejadas a traição. Mais de uma tuberculose caminhou em três dias o espaço de três meses. Quando menos, nasciam as constipações e bronquites, ronquidões e tosses, e era a vez dos boticários, porque, naqueles tempos infantes e rudes, os farmacêuticos ainda eram boticários. Cheguei a lembrar-me, apesar de ir caminho do céu, dos episódios de amor que vinham com o entrudo. O limão de cera, que de longe podia escalavrar um olho, tinha um ofício mais próximo e inteiramente secreto. Servia a molhar o peito das moças; era esmigalhado nele pela mão do próprio namorado, maciamente, amorosamente, interminavelmente . . . Um dia veio, não Malesherbes, mas o carnaval, e deu à arte da loucura uma nova feição. A alta roda acudiu de pronto; organizaram-se sociedades, cujos nomes e gestos ainda esta semana foram lembrados por um colaborador da Gazeta. Toda a fina flor da capital entrou na dança. Os personagens históricos e os vestuários pitorescos, um doge, um mosqueteiro, Carlos V, tudo ressurgia às mãos dos alfaiates, diante de figurinos, à força de dinheiro. Pegou o custo das sociedades, as que morriam eram substituídas, com vária sorte, mas igual animação. Naturalmente, o sufrágio universal, que penetra em todas as instituições deste século, alargou as proporções do carnaval, e as sociedades multiplicaram-se, com os homens. O gosto carnavalesco invadiu todos os espíritos, todos os bolsos, todas as ruas. Evohé! Bacchus est roi! dizia um coro de não sei que peça do Alcazar Lírico, — outra instituição velha, mas velha e morta. Ficou o coro, com esta simples emenda: Evohé! Momus est roi! Não obstante as festas da terra, ia eu subindo. subindo, até que cheguei à porta do céu, onde S. Pedro parecia, aguardar-me, cheio de riso. — Guardaste para ti tesouros no céu ou na terra? perguntou-me. Se crer em tesouros escondidos na terra é o mesmo que escondê-los, confesso o meu pecado, porque acredito nos que estão no morro do Castelo, como nos cento e cinqüenta contos fortes do homem que está preso em Valhadolide. São fortes; segundo o meu criado José Rodrigues, quer dizer que são trezentos contos. Creio neles. Em vida fui amigo de dinheiro, mas havia de trazer mistério. As grandes riquezas deixadas no Castelo pelos jesuítas foram uma das minhas crenças da meninice e da mocidade; morri com ela, e agora mesmo ainda a tenho. Perdi saúde, ilusões, amigos e até dinheiro, mas a crença nos tesouros do Castelo não a perdi. Imaginei a chegada da ordem que expulsava os jesuítas. Os padres do colégio não tinham tempo nem me os de levar as riquezas consigo; depressa, depressa, ao subterrâneo, venham os ricos cálices de prata, os cofres de brilhantes, safiras, corais, as dobras e os dobrões, os vastos sacos cheios de moeda, cem, duzentos, quinhentos sacos. Puxa, puxa este Santo Inácio de ouro maciço, com olhos de brilhantes, dentes de pérolas, toca a esconder, a guardar, a fechar... — Pára, interrompeu-me S. Paulo; falas como se estivesses a representar alguma cousa. A imaginação dos homens é perversa. Os homens sonham facilmente com dinheiro. Os tesouros que valem são os que se guardam no céu, onde a ferrugem os não come. — Não era o dinheiro que me fascinava em vida, era o mistério. Eram os trinta ou quarenta milhões de cruzados escondidos, há mais de século, no Castelo; são os trezentos contos do preso de Valhadolide. O mistério, sempre o mistério. — Sim, vejo que amas o mistério. Explicar-me-ás este de um grande número de almas que foram daqui para o Brasil e tornaram sem se poderem incorporar? — Quando, divino apóstolo? — Ainda agora. — Há de ser obra de um médico italiano, um doutor ... esperai... creio que Abel, um doutor Abel, sim Abel... É um facultativo ilustre. Descobriu um processo para esterilizar as mulheres. Correram muitas, dizem; afirma-se que nenhuma pode já conceber; estão prontas. — As pobres almas voltavam tristes e desconsoladas; não sabiam a que atribuir essa repulsa. Qual é o fim do processo esterilizador? — Político. Diminuir a população brasileira, à proporção que a italiana vai entrando; idéia de Crispi, aceita por Giolitti, confiada a Abel ... — Crispi foi sempre tenebroso. — Não digo que não; mas, em suma, há um fim político, e os fins políticos são sempre elevados ... Panamá, que não tinha fim político ... — Adeus, tu és muito falador. O céu é dos grandes silêncios contemplativos.
Casa Forte, composição de Edu Lobo, apareceu pela primeira vez no disco do compositor, Cantiga de Longe, de 1970. O LP foi gravado no período em que Edu estava em Los Angeles estudadando orquestração e regência com Gil Evans e Albert Harris. Hermeto Pascoal e Airto Moreira participaram das gravações do disco, que teve a produção de Aloysio de Oliveira.
Em 1975, Flora Purim incluiu a música no disco Stories to Tell, que teve a participação de Ron Carter, Miroslav Vitous, Raul de Souza, Airto Moreira, Oscar Castro-Neves, Earl Klugh, George Duke e Carlos Santana.
Morte do Avarento é um quadro do pintor flamengo Hieronymus Bosch, realizado no período 1490-1500, executado a óleo sobre madeira. Mede 92,6 centímetros de altura e 30,8 cm. de largura. Pode ser encontrado na Galeria Nacional de Arte em Washington DC (Estados Unidos da América)
A cena desenrola-se no interior de uma casa, com o leito de morte de um avarento disposto obliquamente. Vê-se o moribundo dividido entre o anjo, que lhe assiná-la um crucifixo, colocado numa janela no alto e da qual emana a luz, e um demónio que aparece por debaixo da cortina com um saco de dinheiro na mão. Diz-se que o diabo está a roubar o dinheiro e o avaro está mais preocupado com este facto do que com a sua salvação; também se diz que é ao contrário, que o demónio lhe está a oferecer esse dinheiro para comprar sua alma, e este tem dúvidas se aceita o dinheiro ou escolhe o crucifixo, isto é, a salvação. De lado esquerdo, através de uma porta semi-aberta, aparece a morte, representada como um esqueleto que se apresenta a arremessar uma lança. Aos pés da cama está um velho, o mesmo avarento, com o Rosário entre os dedos, que está repondo moedas dentro de um cofre cheio de animais monstruosos. Este tema já estava presente na obra Sete pecados capitais. Pode ser uma referência ao opúsculo Het sterfboek (O livro da morte) uma tradução em flamengo de Ars Moriendi, conhecido tratado do século XV. Mais informações em Wikipédia.
Blues Etílicos é um conjunto brasileiro de blues criado no Rio de Janeiro, em 1985, pelo gaitista Flávio Guimarães, o baixista Cláudio Bedran e o guitarrista Otávio Rocha e, poucos meses depois de sua estreia, incorporou o cantor e guitarrista Greg Wilson e o baterista Gil Eduardo. Em 1987, a banda grava seu primeiro LP, pelo selo independente Satisfaction Discos. Logo em seguida, são contratados pela gravadora Eldorado e lançam Água Mineral, em 1989, San Ho Zay, em 1990, e IV, em 1991. San Ho Zay atinge a marca de 35.000 cópias vendidas, sendo o álbum mais vendido de uma banda de blues brasileira em todos os tempos.
O Blues Etílicos foi a primeira e a principal banda nacional a criar um público fiel nesse segmento, e graças a isso participou de todos os festivais ligados a esse gênero musical, dividindo o palco com os principais nomes do blues internacional, como B. B. King, Robert Cray e Buddy Guy, entre outros.
O segundo disco da banda, Água Mineral, abre com a instrumental Funky Blues, uma homenagem a Charlie McCoy, de autoria conjunta da banda.
We Got By é o segundo álbum de Alwyn Lopez Jarreau, o Al Jarreau, o primeiro pela Warner Bros Records. Em 1975, Jarreau estava trabalhando com o pianista Tom Canning, em Los Angeles, quando foi visto por olheiros da gravadora.
We Got By, foi aclamado pelos críticos e alavancou a fama internacional do cantor, chegando a receber um Grammy na Alemanha, fato que se repetiria com o lançamento de seu segundo álbum, Glow. Todas as músicas do disco foram compostas por Jarreau, algo que ele abandonaria nos álbuns seguintes, nos quais passou a interpretar grandes compositores do jazz, do pop e do R&B.
Lado A
1. Spirit 00:01
2. We Got By 04:01
3. Susan's Song 08:59
4. You Don't See Me 14:50
Lado B
1. Lock All The Gates 19:44
2. Raggedy Ann 25:14
3. Letter Perfect 28:15
4. Sweet Potato Pie 32:29
5. Alladin's Lamp 35:39
Vocals, flute, scat, written-by – Al Jarreau Bass – Paul Stallworth
Velho, imagino que tu não tenha escutado porque tu não é idiota como eu pra ligar o rádio na Gaúcha entre 10 e 11 da manhã (mania de entrar no banheiro e ligar o rádio, mas tudo bem). Descobriram a construção de um túnel pra fuga de detentos no presídio central. Imagina o fiasco dos apresentadores (acho até que atrasaram o intervalo especial). Olha que surpresa: os presos querem fugir! Mais do que isso: usaram ferramentas pra cavar o túnel! E tinha ventiladores! Não sei o que passa na cabeça dessa gente... Acham que porque os caras são ladrões, estão presos, são jumentos? Deveriam cavar com as mãos? Na dentada? Detalhe - coisa pouca -, o túnel estava sendo feito de fora pra dentro, onde já se viu usarem ferramentas? E quererem ventilação então? Nunca viram Fugindo do Inferno, mas isso ninguém é obrigado a ter visto...
Abdômen (ou abdome), segundo o Houaiss, é a "parte do corpo humano e dos mamíferos, entre o tórax e a pelve, separada da cavidade torácica pelo diafragma e onde se aloja a maior parte dos sistemas digestório e geniturinário". Pronto, agora que temos o abdômen definido, podemos voltar para a cerveja e a picanha.
O pernambucano Di Melo chegou em São Paulo no final dos anos 60, quando começou a tocar na noite. Em 1975, suas músicas foram lançadas pela EMI-Odeon no disco que leva seu nome e que conta com as participações de Hermeto Pascoal, Heraldo do Monte e Cláudio Bertrami. O álbum teve canções de sucesso, como "Kilariô", "A Vida em Seus Métodos Diz Calma" e "Se o Mundo Acabasse em Mel".
Na década de 90, as músicas do álbum voltaram a tocar nas pistas. A redescoberta de seu trabalho se deu por DJs ingleses, quando a música "A Vida em Seus Métodos Diz Calma" apareceu na coletânea "Blue Brazil 2", da BlueNote. O seu disco chegou a ser relançado em CD, em 2002, dentro da coleção Odeon 100 anos, coordenada por Charles Gavin. Ele foi também objeto do documentário "Di Melo: O Imorrível", de Alan Oliveira e Rubens Pássaro, e seu disco teve uma rápida aparição no videoclipe da canção "Don't Stop the Party", do Black Eyed Peas.
“Barrabás chegou à família por via marítima”, anotou a menina Clara com a sua delicada caligrafia. Já nessa altura tinha o hábito de escrever as coisas importantes e, mais tarde, quando ficou muda, escrevia também as trivialidades, sem suspeitar que cinquenta anos depois os seus cadernos me iriam servir para resgatar a memória do passado e sobreviver ao meu próprio espanto. O dia em que chegou Barrabás era Quinta-Feira Santa.
Gileno Osório Wanderley de Azevedo, mais conhecido como Leno, começou sua carreira musical durante a Jovem Guarda. Após participação em bandas, foi descoberto por produtores da antiga CBS (atual Sony BMG) e formou com Lílian Knapp a dupla Leno e Lilian, que emplacou sucessos como "Pobre Menina" e "Devolva-me". Desentendimentos entre a dupla acarretaram em sua separação ainda no período da Jovem Guarda. Porém, antes, já tinha lançado dois trabalhos solo, em 1968 e 1969. Além disso, era fornecedor de músicas para diversos artistas da época, principalmente a banda carioca Renato e Seus Blue Caps. Em 1968, Leno iniciou sua carreira-solo com a música "A Pobreza". Ela alcançaria o primeiro lugar em todo o Brasil e seria lançada também em espanhol e italiano. No ano seguinte ele voltaria às paradas de sucesso com seu segundo disco solo, A Festa dos Seus 15 Anos , que também emplaca o primeiro lugar nas paradas e seria por muitos anos um dos mais vendidos do catálogo da gravadora.