quinta-feira, 31 de julho de 2014
ÁLBUM DA QUINTA
BLUES BREAKERS - 1966 - JOHN MAYALL & THE BLUESBREAKERS WITH ERIC CLAPTON
Blues Breakers foi lançado em 1966, por John Mayall e Eric Clapton. É o segundo álbum de estúdio creditado a Mayall, que juntou-se ao ex-guitarrista do Yardbirds. O próximo encontro entre os dois aconteceria no álbum duplo Back to The Roots, em 1971.
Originalmente, John Mayall gravaria ao vivo, e uma sessão chegou a ser gravada no Flamingo Club, com Jack Bruce (com quem Clapton trabalharia posteriormente no Cream) no baixo. Essas gravações acabaram sendo descartadas, devido à má qualidade, e Mayall optou por gravar em estúdio.
O material é composto por composições de gente famosa do blues, como Otis Rush, Freddie King e Robert Johnson, e alguns temas originais escritos por Mayall e Clapton. A guitarra que Eric Clapton usou durante essas sessões foi uma Gibson Les Paul Standard sunburst 1960 com dois captadores humbucking PAF. Essa guitarra foi roubada, e a Gibson reeditou uma réplica em 2012.
A banda contou com Mayall tocando piano, órgão Hammond, gaita e fazendo a maioria dos vocais, John McVie, no baixo, Hughie Flint, na bateria, e Clapton. Os metais foram adicionados durante a pós-produção (Alan Skidmore, Johnny Almond e Derek Healey).
Em 2003, o álbum foi classificado como número 195 na lista da revista Rolling Stone dos 500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos. É um dos mais influentes álbuns de blues de todos os tempos.
Lado 1
1. All Your Love (Otis Rush) – 3:38
2. Hideaway (Freddie King/Sonny Thompson - interpolating "The Walk" by Jimmy McCracklin) – 3:17
3. Little Girl (Mayall) – 2:36
4. Another Man (Mayall) – 1:47
5. Double Crossing Time (Clapton/Mayall) – 3:04
6. What'd I Say (Ray Charles - interpolating "Day Tripper" by John Lennon/Paul McCartney) – 4:28
Lado 2
1. Key to Love (Mayall) – 2:08
2. Parchman Farm (Mose Allison) – 2:22
3. Have You Heard (Mayall) – 5:56
4. Ramblin' on My Mind (Robert Johnson/Traditional) – 3:08
5. Steppin' Out (L. C. Frazier) – 2:30
6. It Ain't Right (Little Walter) – 2:45
2. Hideaway (Freddie King/Sonny Thompson - interpolating "The Walk" by Jimmy McCracklin) – 3:17
3. Little Girl (Mayall) – 2:36
4. Another Man (Mayall) – 1:47
5. Double Crossing Time (Clapton/Mayall) – 3:04
6. What'd I Say (Ray Charles - interpolating "Day Tripper" by John Lennon/Paul McCartney) – 4:28
Lado 2
1. Key to Love (Mayall) – 2:08
2. Parchman Farm (Mose Allison) – 2:22
3. Have You Heard (Mayall) – 5:56
4. Ramblin' on My Mind (Robert Johnson/Traditional) – 3:08
5. Steppin' Out (L. C. Frazier) – 2:30
6. It Ain't Right (Little Walter) – 2:45
John Mayall - vocal, piano, Hammond B3, gaita
Eric Clapton - guitarra, vocal principal em "Ramblin 'on My Mind"
John McVie - baixo
Hughie Flint - bateria
Jack Bruce - baixo (aparece na edição de 2006, não no álbum original)
Alan Skidmore - sax tenor
John Almond - sax barítono
Dennis Healey - trompete
Mike Vernon - produção
wikipedia
quarta-feira, 30 de julho de 2014
O MUNDO MONGO
A "profissional" disse que se conecta telepaticamente com o cachorro. "Alguns me dão palavras, mas na maioria das vezes eu vejo imagens e sentimentos, aí eu os passo ao dono".
Então tá.
CRIATURAS QUE O MUNDO ESQUECEU
Pierre Bachelet (25 de maio de 1944 - 15 de fevereiro 2005) foi um cantor e compositor romântico francês. Passou parte de sua infância em Calais e valorizou muito, ao longo da vida, a cultura do norte da França, que inspirou seu hit "Les corons" (1982), lançado em 1982, e que é utilizado como hino pelos torcedores do Lens.
Nos anos 70, teve algum sucesso internacional sob o nome The Peppers com a música de sintetizador Pepperbox, e sob o nome Ressonance, com o hit OK Chicago. Seus outros sucessos incluem "Elle est d'ailleurs" (1980), "Ecris-moi" (1982), "Marionnettiste" (1985), "En l'an 2001" (1985) e "Vingt ans" (1987).
Em 2000, foi indicado para o prêmio Cesar pela trilha musical de Os Filhos do Pantanal. Morreu de câncer de pulmão em 2005.
Bachelet também compôs "Emmanuelle In The Mirror" e "Theme From Emmanuelle" para o filme Emmanuelle, de 1974. Ele voltaria a compor para outros filmes da série Emmanuelle, como "Emmanuelle V", "Histoire d'O", um outro grande sucesso, e "Un crime au paradis", mas "Theme From Emanuelle" foi seu grande sucesso.
wikipedia
Nos anos 70, teve algum sucesso internacional sob o nome The Peppers com a música de sintetizador Pepperbox, e sob o nome Ressonance, com o hit OK Chicago. Seus outros sucessos incluem "Elle est d'ailleurs" (1980), "Ecris-moi" (1982), "Marionnettiste" (1985), "En l'an 2001" (1985) e "Vingt ans" (1987).
Em 2000, foi indicado para o prêmio Cesar pela trilha musical de Os Filhos do Pantanal. Morreu de câncer de pulmão em 2005.
terça-feira, 29 de julho de 2014
RECICLAGEM
O Grêmio procura um novo treinador após demitir Enderson Moreira domingo. Segundo a imprensa, entre os preferidos para ocupar o cargo estão Tite, Felipão e Sabella.
O agente de Tite disse que ele não assumirá nenhum compromisso antes de outubro, pois está cumprindo um cronograma de reciclagem; Felipão não vai trabalhar antes de outubro, não sei por quais razões, e Sabella, além de ainda estar ligado à Seleção Argentina, também não fará nada antes de outubro. Pelo jeito, o mês 10 deve ser uma coisa mística para os treinadores.
Pois ontem à noite foi a vez do ex-técnico do Grêmio declarar em um programa em rede nacional que não vai assinar com ninguém, por ora, pois pretende se reciclar.
Esses caras estão sempre se reciclando, ganham altos salários e continuam fazendo as mesmas cagadas.
O agente de Tite disse que ele não assumirá nenhum compromisso antes de outubro, pois está cumprindo um cronograma de reciclagem; Felipão não vai trabalhar antes de outubro, não sei por quais razões, e Sabella, além de ainda estar ligado à Seleção Argentina, também não fará nada antes de outubro. Pelo jeito, o mês 10 deve ser uma coisa mística para os treinadores.
Pois ontem à noite foi a vez do ex-técnico do Grêmio declarar em um programa em rede nacional que não vai assinar com ninguém, por ora, pois pretende se reciclar.
Esses caras estão sempre se reciclando, ganham altos salários e continuam fazendo as mesmas cagadas.
BREGA CHIQUE
Roberto Muller é natural do Parque Nacional de Sete Cidades, Piracuruca, no Piauí. Começo a carreira artística na Rádio Timbira, em São Luiz do Maranhão, em 1956. Em 1958, desembarcou no Rio de Janeiro para cantar na noite, principalmente nos locais preferidos dos boêmios, como Cabaré Brasil, na antiga Lapa, Dancing Avenida, Boite Balalaika e Dancing Brasil.
Dois anos foram suficientes para torná-lo um dos bons intérpretes da canção brasileira. Em 1960, gravou um 78 rotações para a Columbia. Em 1963, após dois compactos, lançou seu primeiro álbum, "Nunca Mais Brigarei Contigo", conquistando definitivamente um lugar de destaque no cenário artístico nacional. A partir de então, Muller tornou-se presença obrigatória nos programas de televisão. Finalmente, depois de se apresentar na "Discoteca do Chacrinha", na extinta TV Tupi, ganhou o título de "Pingo de Ouro do Brasil" do próprio Abelardo Barbosa.
Roberto Muller tem o dom de cantar a dor de cotovelo, a música romântica dos apaixonados. Em 2009, completou 50 anos de carreira. Tem cerca de 65 discos gravados, entre LPs e CDs. Entre os muitos prêmios recebidos ao longo da carreira estão seis Discos de Ouro.
Dois anos foram suficientes para torná-lo um dos bons intérpretes da canção brasileira. Em 1960, gravou um 78 rotações para a Columbia. Em 1963, após dois compactos, lançou seu primeiro álbum, "Nunca Mais Brigarei Contigo", conquistando definitivamente um lugar de destaque no cenário artístico nacional. A partir de então, Muller tornou-se presença obrigatória nos programas de televisão. Finalmente, depois de se apresentar na "Discoteca do Chacrinha", na extinta TV Tupi, ganhou o título de "Pingo de Ouro do Brasil" do próprio Abelardo Barbosa.
Roberto Muller tem o dom de cantar a dor de cotovelo, a música romântica dos apaixonados. Em 2009, completou 50 anos de carreira. Tem cerca de 65 discos gravados, entre LPs e CDs. Entre os muitos prêmios recebidos ao longo da carreira estão seis Discos de Ouro.
Pergunte a quem quiser
Como eu vivo chorando
E sempre lamentando
O mal que te causei
Se um dia tu voltares
Encontrarás abrigo
E Nunca, nunca mais
Eu brigarei contigo
Vem... A saudade está me matando
Ansioso eu estou te esperando
Podes crer no que digo
Vem... Desta vez viveremos em paz
E eu te juro por Deus nunca mais
Eu brigarei contigo
PRIMEIROS PARÁGRAFOS INESQUECÍVEIS
"Ela estava tão profundamente entranhada em minha consciência
que, no primeiro ano na escola, eu tinha a impressão de que todas as
professoras eram minha mãe disfarçada. Assim que tocava o sinal ao fim das
aulas, eu voltava correndo para casa, na esperança de chegar ao apartamento em
que morávamos antes que ela tivesse tempo de se transformar. Invariavelmente
ela já estava na cozinha quando eu chegava, preparando leite com biscoitos para
mim. No entanto, em vez de me livrar dessas ilusões, essa proeza só fazia
crescer minha admiração pelos poderes dela."
O Complexo de Portnoy - Philip Roth - 1969
segunda-feira, 28 de julho de 2014
DO DELÍRIO COTIDIANO
Antes da transmissão do jogo de ontem pela Rádio Gaúcha, repórter entrevista
os torcedores ao redor do estádio. Como sempre, não se ouve nada que preste.
Lá pelas tantas uma senhora pede a palavra. Num misto de revolta, raiva, tristeza e temente pelo fim do mundo que se aproxima, ela reclama para o repórter que não consegue entrar no estádio (Arena! Arena!) porque o seu cartão não passa na catraca, que é uma injustiça e uma desconsideração fazer isso com uma pessoa associada ao clube há 32 anos.
Lá pelas tantas uma senhora pede a palavra. Num misto de revolta, raiva, tristeza e temente pelo fim do mundo que se aproxima, ela reclama para o repórter que não consegue entrar no estádio (Arena! Arena!) porque o seu cartão não passa na catraca, que é uma injustiça e uma desconsideração fazer isso com uma pessoa associada ao clube há 32 anos.
Eu acho que seria mais eficiente ela procurar a
administração do evento do que um repórter de rádio, mas isso é outra coisa. O
que me intrigou foi o seguinte: se isso acontecesse com alguém sócio há 20
anos, 10 anos, um mês, seria justo e razoável? Pelo argumento
da nossa revoltada entrevistada, sim.
CLÁSSICOS PARA A VIDA ETERNA
THE CAPTAIN OF HER HEART (1985) DOUBLE
Sérgio Luiz Gallina
Sérgio Luiz Gallina
The Captain of Her Heart é um single do grupo suíço Double, de 1985. A canção faz parte do álbum Blue, e foi um sucesso internacional, chegando a número 8 no UK Singles Chart e 16 na Billboard Hot 100.
It was way pas midnight
And she still couldn't fall asleep
This night the dream was leaving
And she still couldn't fall asleep
This night the dream was leaving
She tried so hard to keep
----
And with the new day's dawning
She felt it drift away
Not only for a cruise
Not only for a day
----
Too long ago, too long apart
She couldn't wait another day for
The captain of her heart
----
As the day came up, she made a stop
She stopped waiting another day for
The captain of her heart
----
Too long ago, too long apart
She couldn't wait another day for
The captain of her heart
----
Too long ago, too long apart
She couldn't wait another day for
The captain of her heart
----
As the day came up, she made a stop
She stopped waiting another day for
The captain of her heart
----
Too long ago, too long apart
She couldn't wait another day for
The captain of her heart
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wikipedia
domingo, 27 de julho de 2014
CURTA NO TOA - EU TE DAREI O CÉU
Eu te Darei o Céu
Sinopse: Uma solteirona comemora mais um aniversário sozinha. Suas amigas então lhe preparam uma grande surpresa: um garoto de programa!Gênero: Ficção, Conteúdo Adulto
Diretor: Afonso Poyart
Elenco: André Gonçalves, Nany di Lima
Duração: 17 min Ano: 2005 Formato: 35mm
País: Brasil Local de Produção: SP
Cor: Colorido
DO FUNDO DO BAÚ
MacGyver (no Brasil, inicialmente, batizada como Profissão: Perigo) foi uma série de televisão americana exibida entre a década de 1980 e 1990. O título original da série tem o nome do protagonista, Angus MacGyver (Richard Dean Anderson), um agente secreto que não usava armas e resolvia os seus problemas graças a conhecimentos científicos, materiais comuns e um canivete suíço que sempre carregava consigo. A capacidade inventiva do personagem, tomada como um exagero fruto de liberdade artística, é, entretanto, verossímil. Todos os truques executados por MacGyver são cientificamente viáveis.
A série foi criada por Lee David Zlotoff e produzida por Henry Winkler. Foi filmada primeiramente em Vancouver, Columbia Britânica, Canadá.
O recurso principal de MacGyver é uma variedade de soluções improvisadas, para escapar da captura, do desastre ou para geralmente derrotar os inimigos. Elas derivam da aplicação prática do conhecimento científico e do uso de itens comuns (sempre havendo a coincidência de ter à disposição materiais úteis) - junto com seu canivete suíço.
Exemplos de engenhocas famosas realizadas pelo protagonista durante a série são bombas com chiclete, desarmamento de mísseis com tênis, máquina de soldagem com lentes de óculos quebrado, ovo cozido no radiador, selar vazamento químico com chocolate etc. Apesar de muitos telespectadores incrédulos tomarem as façanhas científicas do personagem como meramente fictícias, todas elas são possíveis. O fato de nem todas serem passíves de reprodução deve-se ao fato de que os produtores optaram por não exibir todas as etapas nos casos de truques perigosos, como a criação de bombas, de modo a impedir que crianças os reproduzíssem.
MacGyver - Richard Dean Anderson
Peter "Pete" Thornton - Dana Elcar
Jack Dalton - Bruce McGill
Murdoc - Michael Des Barres
Penny Parker - Teri Hatcher
Harry Jackson - John Anderson
Nikki Carpenter - Elyssa Davalos
No Brasil, da primeira à terceira temporada (até o episódio 18) a série foi dublada pelo estúdio Herbert Richers, e do episódio 19 da terceira temporada até o final da série, pelo estúdio VTI Rio - trazendo Garcia Jr. como a voz do protagonista (apenas do episódio 5 ao episódio 18 da terceira temporada MacGyver foi dublado por Julio Cesar). Em TV aberta, estreou em 06 de janeiro 1986, na Rede Globo, às segundas às 21:30, que criou uma abertura própria utilizando um pequeno trecho da música Tom Sawyer, da banda canadense Rush. A música tema original, no entanto, é de Randy Edelman.
wikipedia
A série foi criada por Lee David Zlotoff e produzida por Henry Winkler. Foi filmada primeiramente em Vancouver, Columbia Britânica, Canadá.
O recurso principal de MacGyver é uma variedade de soluções improvisadas, para escapar da captura, do desastre ou para geralmente derrotar os inimigos. Elas derivam da aplicação prática do conhecimento científico e do uso de itens comuns (sempre havendo a coincidência de ter à disposição materiais úteis) - junto com seu canivete suíço.
Exemplos de engenhocas famosas realizadas pelo protagonista durante a série são bombas com chiclete, desarmamento de mísseis com tênis, máquina de soldagem com lentes de óculos quebrado, ovo cozido no radiador, selar vazamento químico com chocolate etc. Apesar de muitos telespectadores incrédulos tomarem as façanhas científicas do personagem como meramente fictícias, todas elas são possíveis. O fato de nem todas serem passíves de reprodução deve-se ao fato de que os produtores optaram por não exibir todas as etapas nos casos de truques perigosos, como a criação de bombas, de modo a impedir que crianças os reproduzíssem.
MacGyver - Richard Dean Anderson
Peter "Pete" Thornton - Dana Elcar
Jack Dalton - Bruce McGill
Murdoc - Michael Des Barres
Penny Parker - Teri Hatcher
Harry Jackson - John Anderson
Nikki Carpenter - Elyssa Davalos
No Brasil, da primeira à terceira temporada (até o episódio 18) a série foi dublada pelo estúdio Herbert Richers, e do episódio 19 da terceira temporada até o final da série, pelo estúdio VTI Rio - trazendo Garcia Jr. como a voz do protagonista (apenas do episódio 5 ao episódio 18 da terceira temporada MacGyver foi dublado por Julio Cesar). Em TV aberta, estreou em 06 de janeiro 1986, na Rede Globo, às segundas às 21:30, que criou uma abertura própria utilizando um pequeno trecho da música Tom Sawyer, da banda canadense Rush. A música tema original, no entanto, é de Randy Edelman.
LEITURA DE DOMINGO
Idolatria
Sérgio Faraco
Eu olhava para a
estrada e tinha a impressão de que jamais na vida chegaríamos a Nhuporã. Que
pedaço brabo. O camaleão se esfregava no chassi e o pai praguejava:
— Caminho do diabo!
Nosso Chevrolet era
um trinta e oito de carroceria verde-oliva e cabina da mesma cor, só um nadinha
mais escura. No pára-choque havia uma frase sobre amor de mãe e em cima da
cabina uma placa onde o pai anunciava que fazia carreto na cidade, fora dela e
ele garantia, de boca, que até fora do estado, pois o Chevrolet não se acanhava
nas estradas desse mundo de Deus.
Mas o caminho era do
diabo, ele mesmo tinha dito. A pouco mais de légua de Nhuporã o caminhão
derrapou, deu um solavanco e tombou de ré na valeta. O pai acelerou, a cabina
estremeceu. Ouvíamos os estalos da lataria e o gemido das correntes no barro e
na água, mas o caminhão não saiu do lugar. Ele deu um murro no guidom.
— Puta merda.
Quis abrir a porta,
ela trancou no barranco.
— Abre a tua.
A minha também
trancava e ele se arreliou:
— Como é, ô Moleza!
Empurrou-a com
violência.
— Me traz aquelas pedras. E vê se arranca um feixe de
alecrim, anda.
Agachou-se junto às
rodas e começou a fuçar, jogando grandes porções de barro para os lados. Mal
ele tirava, novas porções vinham abaixo, afogando as rodas. Com a testa
molhada, escavava sem parar, suspirando, praguejando, merda isso e merda
aquilo, e de vez em quando, com raiva, mostrava o punho para o caminhão.
O pai era alto, forte, tinha o cabelo preto e o bigode espesso. Não era raro ele ficar mais de mês em viagem e nem assim a gente se esquecia da cara dele, por causa do nariz, chato como o de um lutador. Bastava lembrar o nariz e o resto se desenhava no pensamento.
— Vamos com essas pedras!
Por que falava assim
comigo, tão danado? As pedras, eu as sentia dentro do peito, inamovíveis.
— Não posso, estão enterradas.
— Ah, Moleza.
Meteu as mãos na terra
e as arrancou uma a uma. Carreguei-as até o caminhão, enquanto ele se
embrenhava no capinzal para pegar o alecrim.
— Pai, pai, o caminhão tá afundando!
A cabeça dele apareceu entre as ervas.
— Não vê que é a água que tá subindo, ô pedaço de mula?
E riu. Ficava bonito quando ria, os dentes bem parelhos e branquinhos.
— Tá com fome?
— Não.
— Vem cá.
Tirou do bolso uma
fatia de pão.
— Toma.
— Não quero.
— Toma logo, anda.
— E tu?
— Eu o quê? Come isso.
Trinquei o pão
endurecido. Estava bom e minha boca se encheu de saliva.
— Acho que não vamos conseguir nada por hoje. De manhãzinha passa a patrola do DAER, eles puxam a gente.
Atirou a erva longe e entrou na cabina.
— Ô Moleza, vamos tomar um chimarrão?
Fiz que sim. Ao me aproximar, ele me jogou sua japona.
— Veste isso, vai esfriar.
A japona me dava nos
joelhos e ele riu de novo, mostrando os dentes.
— Que bela figura.
A cara dele era tão
boa e tão amiga que eu tinha uma vontade enorme de me atirar nos seus braços,
de lhe dar um beijo. Mas receava que dissesse: como é, Moleza, tá ficando
dengoso? Então aguentei firme ali no barro, com as abas da japona me batendo
nas pernas, até que ele me chamou outra vez:
— Como é, vens ou não?
Aí eu fui.
Aí eu fui.
sábado, 26 de julho de 2014
DE RÁDIO
Na cobertura do jogo Inter x Bahia, a equipe de uma rádio da Muileal discorre sobre as qualidades do atacante Ricardo Goulart, que foi dispensado pelo time gaúcho em 2011. Depois de passar pelo Goiás, o jogador foi comprado pelo Cruzeiro e é, desde o ano passado, um dos goleadores do time mineiro.
O engraçado é que esse jogador, numa decisão de Libertadores , ou coisa que o valha, foi ridicularizado, assim como o ex-treinador Falcão, que o lançou, pela imprensa gaúcha. O mundo caiu de pau!
Hoje, para a minha surpresa, os profissionais da 'rádia', de maneira engraçadinha, querem saber quem foi o incompetente que dispensou o jogador. Porque nenhum deles, da imprensa, foi contra, na época.
Los invictos...
O engraçado é que esse jogador, numa decisão de Libertadores , ou coisa que o valha, foi ridicularizado, assim como o ex-treinador Falcão, que o lançou, pela imprensa gaúcha. O mundo caiu de pau!
Hoje, para a minha surpresa, os profissionais da 'rádia', de maneira engraçadinha, querem saber quem foi o incompetente que dispensou o jogador. Porque nenhum deles, da imprensa, foi contra, na época.
Los invictos...
COVER DO SÁBADO
Sina foi gravada por Fagner no seu primeiro disco, "Manera Fru Fru, Manera", de 1973. Em Sina (terceira faixa do lado ''B''), aparecem como autores da música Raimundo Fagner e Ricardo Bezerra. Mas na verdade, os quatro primeiros e os oito últimos versos da canção pertencem ao poema ''O Vaquêro'', do poeta popular cearense Patativa do Assaré, que foi publicado pela Editora Vozes em 1977, no livro ''Cante Lá Que Eu Canto Cá''.
Em 1997, a cantora Simone Guimarães lançou o disco Cirandeiro. A produção foi de Paulo Jobim, e o repertório foi composto por canções da própria Simone e de outros compositores consagrados, como Dominguinhos, Edu Lobo, Milton Nascimento, Fernando Brant, Nélson Ângelo, Ronaldo Bastos, Danilo Caymmi e Gilberto Gil. Sina é a terceira música, mas dessa vez a música foi creditada a Fagner, Ricardo Bezerra e Patativa do Assaré.
Em 1997, a cantora Simone Guimarães lançou o disco Cirandeiro. A produção foi de Paulo Jobim, e o repertório foi composto por canções da própria Simone e de outros compositores consagrados, como Dominguinhos, Edu Lobo, Milton Nascimento, Fernando Brant, Nélson Ângelo, Ronaldo Bastos, Danilo Caymmi e Gilberto Gil. Sina é a terceira música, mas dessa vez a música foi creditada a Fagner, Ricardo Bezerra e Patativa do Assaré.
DORA MAAR COM GATO
A obra Dora Maar com Gato, de Pablo Picasso, é uma das mais
famosas do artista e um dos grandes exemplares cubistas do pintor.
Ficha Técnica - Dora Maar com Gato:
Autor: Pablo Picasso
Onde ver: Acervo particular
Ano: 1941
Movimento: Cubismo
Autor: Universia Brasil
A composição retrata a mais famosa amante e grande musa
inspiradora de Picasso, Dora Maar. A mulher é considerada extremamente
importante para ele e teria ajudado, inclusive, a pintar Guernica. A obra foi
pintada no ano de 1941, início da Segunda Guerra Mundial na França. Na época,
poucos casais conseguiam manter o clímax tão bem quando Picasso e Dora Maar.
Aqui as medidas de Dora são consideradas invulgares e
avultadas. A obra é uma das mais completas e dinâmicas de um "grupo de
elite" de retratos feitos por Picasso entre as décadas de trinta e
quarenta, que inclui o famoso quadro Portrait de Dora Maar Dans le Jardin.
O quadro esteve exposto no Instituto de Arte de Chicago em
1947 e 1968, mas foi leiloado em maio de 2006, pelo valor de 95,2 milhões de
dólares, tornando-se, assim, uma das mais caras do mundo. Seu valor de compra
fica atrpas apenas de Garçon à la Pipe, também de Picasso.Ficha Técnica - Dora Maar com Gato:
Autor: Pablo Picasso
Onde ver: Acervo particular
Ano: 1941
Movimento: Cubismo
Autor: Universia Brasil
sexta-feira, 25 de julho de 2014
(SUB) CELEBRIDADES
Uma criatura chamada Carol Nakamura, de profissão "assistente de palco", foi expulsa de um avião outro dia por ter agredido o noivo.
Até aí, nada de mais, pois volta e meia celebridades aprontam em boates, aviões e outros locais. Imaginem as subcelebridades... O que me causou espécie na confusão foi o fato de o casal ter voltado ao avião para buscar o filho da infeliz, que foi esquecido quando ela foi posta porta afora.
Vou te contar...
Até aí, nada de mais, pois volta e meia celebridades aprontam em boates, aviões e outros locais. Imaginem as subcelebridades... O que me causou espécie na confusão foi o fato de o casal ter voltado ao avião para buscar o filho da infeliz, que foi esquecido quando ela foi posta porta afora.
Vou te contar...
MÚSICA NA SEXTA
Erasmo “Carlos” Esteves nasceu no Rio de Janeiro, em 1941.
Começou a se interessar por música em 1957, quando o rock começou a entrar no Brasil. Ainda adolescente, conheceu Roberto Carlos, Jorge Ben e Tim Maia, que lhe ensinou os primeiros acordes de violão. Fundou com eles o grupo amador The Sputiniks.
Em 1974, lançou com sucesso o LP "1990 - Projeto Salva Terra", em que se destacaram as músicas "Cachaça mecânica" e "Sou uma criança não entendo nada", ambas em parceria com Roberto Carlos.
É desse disco “Haroldo, o robot doméstico”, que depois apareceria em uma regravação desastrada no disco de 1985 (aliás, esse disco todo é desastrado, com destaque negativo para Orgasmo Calmo, parceria dele com o filho).
Haroldo, o robot doméstico
(Roberto Carlos - Erasmo Carlos)
Haroldo era um robot doméstico
Cozinheiro de forno e fogão
Quebrava o galho na limpeza
Assumindo sua profissão
E de nada reclamava ...
Do trabalho até gostava
De repente ele mudou
Havia alguma coisa errada
Chorava lágrimas de óleo
E já não fazia nada
Sem ter nunca revelado
Ele estava apaixonado
Então começou a desordem na casa
Haroldo irritado brigou com o patrão
Na briga caiu um abridor de latas
Que fez um estrago no seu coração
Cheio de aditivos e sujo de graxa
Morreu sem dizer sua grande paixão...
quinta-feira, 24 de julho de 2014
ÁLBUM DA QUINTA
PIRÃO DE PEIXE COM PIMENTA - 1977 - SÁ & GUARABYRA
O disco é um marco, pois se insere como referência na consolidação de um gênero musical que aliava o rock progressivo com elementos do som rural brasileiro, resultando dessa fusão um trabalho de alta qualidade técnica e musical. Considerado também a melhor produção da dupla este disco proporcionou um amadurecimento e uma modernização no que concerne ao tratamento dado ao temas rurais.
Lado 1
1. Sobradinho (Sá - Guarabyra)
2. Marimbondo (Marlui Miranda - Xico Chaves)
3. Trem de Pirapora (Sá - Guarabyra)
4. João sem terra (Sá - Guarabyra)
5. Pirão de peixe com pimenta (Sá - Guarabyra)
Lado 2
1. Coração de maçã (Sá - Guarabyra)
2. Cianamono (Sá - Guarabyra)
3. Espanhola (Flávio Venturini - Guarabyra)
4. Canção dos piratas (Sá - Guarabyra)
5. Água corrente (Sá - Guarabyra)
Sá - viola caipira, arranjos vocais
Guarabyra - violão de aço, arranjos vocais
Sergio Cafa/Luisão: piano acústico
Sergio Magrão/Pedro Jaguaribe/Fernando Leporace: baixo
Luis Moreno/Nonato: bateria
Chico Batera: percussão
Quintininho de Pirapora: bandolim
Paulo Guimarães/Danilo Caymmi/Paulinho Jobim/Franklin/Copinha: flautas
Tavinho Burnier: viola elétrica de 12 cordas
Cartier: violão acústico
Gilson: piano
Tuca: piano acústico
Antonio Swab: trompas
Iberê Gomes Grosso/Alceu: violoncelos
Vidal/Ricardo/Carlos Eduardo/Wilson Aizik/Valter/Paulo/Bove: violinos
Ed Maciel/Manoel Araújo: trombones
Zenio: tuba
Netinho: clarineta
Ribeiro: Pratos
Lizzie/Rosana/Ismail/Betinho/Didito: coro
Eduardo Souto Neto/Rogério Duprat /Nelson Ângelo: arranjos e regência
Participação especial de Burnier e Cartier em Espanhola
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