O pessoal do sul do Brasil é um povo ordeiro. Tanto assim que
leva o inverno extremamente a sério. Com respeito e temor. Se o calendário diz
que é inverno, o uniforme é manta e japona. O termômetro pode marcar 30°.
Não interessa. Estamos em julho e tá marcando que é inverno.
Desde que o mundo é mundo acontece isso. Quando a gente sai de casa pra trabalhar – ou estudar, ou ficar parado no centro da cidade – pela manhã tá frio e perto do meio-dia, normalmente, esquenta. Não interessa. A japona segue abotoada até o pescoço.
Desde que o mundo é mundo acontece isso. Quando a gente sai de casa pra trabalhar – ou estudar, ou ficar parado no centro da cidade – pela manhã tá frio e perto do meio-dia, normalmente, esquenta. Não interessa. A japona segue abotoada até o pescoço.
Tudo isso, claro, até o primeiro raio de sol de outubro,
quando todos sairão no sábado pela manhã com suas regatas e os calcanhares
arrastando pelo chão devido aos chinelos menores que os pés com o gingado malemolente do povo muilealevalerosense.
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