No quadro A Banhista de Valpinçon, do pintor francês Jean-Auguste Dominique Ingres, um gracioso nu, é apresentada uma das maiores
"costas" da história da arte, com seu equilíbrio perfeito de
intimidade e grandiosidade.
A obra, originalmente chamada de A Mulher Sentada, acabou
por receber o nome do colecionador a quem pertencia quando foi comprada pelo
Louvre, em 1879. A obra foi pintada em Roma, onde Ingres esteve de 1806 a 1810.
A imagem transmite uma sensação de contemplação distraída e encanto sensual.
Existe na obra uma preocupação maior com os contornos
fluidos do corpo da mulher do que com a sugestão de estrutura óssea da mesma.
Isso é especialmente evidente na perna direita, desenhada com graça. No
entanto, se observada de perto é possível perceber que essa parece ter sido
enxertada nos panos acima dela, ao invés de conectar-se de modo convincente ao
corpo.
4 detalhes de A Banhista de Valpinçon se destacam:
1. Turbante e rosto:
Apenas uma parte do rosto da banhista é visível, o que
destaca ainda mais o seu trubante listrado. Alguns outros nus de Ingres seguem
essa tradição orientalista.
2. Costas:
A vasta área das costas da banhista cria um conjunto de
formas abstratas, mas ao mesmo tempo transmite a suavidade da carne viva.
3. Ombro:
O contorno liso do ombro esquerdo sintetiza a filosofia
idealista do artista sobre a representação do corpo feminino. Todas as
angulosidades e irregularidades reais que indicam ossos e tendões sob a pele
foram substituídos pela perfeição.
4. Pé e sandália:
Ingres concebeu as formas da banhista de modo amplo, em
especial quando comparadas às delicadas rendas da sandália. Isso passa a
impressão de que a mulher não tem ossos nem tornozelos.
Ficha Técnica - A Banhista de Valpinçon:
Autor: Jean-Auguste Dominique Ingres
Onde ver: Louvre, Paris, França
Ano: 1808
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 146cm x 97cm
Movimento: Neoclassicismo
Com Universia Brasil
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