segunda-feira, 31 de agosto de 2015
CLÁSSICOS PARA A VIDA ETERNA
WOODSTOCK (1970) MATTHEWS SOUTHERN COMFORT
Sérgio Luiz Gallina
I came upon a child of God
He was walking along the road
I asked him, where are you going?
And this he told me
----
I'm going down to Yasgur's Farm
I'm going to join in a rock and roll band
I'm going to camp out on the land
I'm going to try to get my soul free
----
We are stardust, we are golden
And we got to get ourselves back to the garden
----
And can I walk beside you?
I have come here to lose the smog
And I feel to be a cog in something turning
----
Or maybe it's just the time of year
Or maybe it's the time of man
And I don't know who I am
But you know life is for learning
----
We are stardust, we are golden
And we got to get ourselves back to the garden
----
By the time we got to Woodstock,
We were half a million strong and
Everywhere there was song and celebration
----
And I dreamed I saw the bombers
Riding shotgun in the sky
And they were turning into butterflies
Above our nation
----
We are stardust, we are golden
And we got to get ourselves back to the garden
----
We are stardust, a billion year old carbon
We are golden caught in the devil's bargain
And we got to get ourselves back to the garden
domingo, 30 de agosto de 2015
DO FUNDO DO BAÚ
Pascal Danel (31 de março de 1944, Paris) começou sua carreira como cantor em 1964. Depois de dois sucessos menores, ele emplacou um hit na França e em vários países europeus com "La Plage aux Romantiques", disco de ouro em 1966, seguido em 1967 pelo sucesso internacional de " Kilimandjaro ", disco de platina, gravado por Danel em seis idiomas. A canção foi gravada mais de 180 vezes por diversos artistas internacionais e é um dos maiores sucessos da música francesa da década de 70.
LEITURA DE DOMINGO
SOMBRAS
Edgar Allan Poe
Vós que me ledes por certo estais ainda entre os vivos; mas
eu que escrevo terei partido há muito para a região das sombras. Por que de
fato estranhas coisas acontecerão, e coisas secretas serão conhecidas, e muitos
séculos passarão antes que estas memórias caiam sob vistas humanas. E, ao serem
lidas, alguém haverá que nelas não acredite, alguém que delas duvide e,
contudo, uns poucos encontrarão muito motivo de reflexão nos caracteres aqui
gravados com estiletes de ferro. O ano tinha sido um ano de terror e de
sentimentos mais intensos que o terror, para os quais não existe nome na Terra.
Pois muitos prodígios e sinais haviam se produzido, e por toda a parte, sobre a terra e sobre o mar, as negras asas da Peste se estendiam. Para aqueles, todavia, conhecedores dos astros, não era desconhecido que os céus apresentavam um aspecto de desgraça, e para mim, o grego Oinos, entre outros, era evidente que então sobreviera a alteração daquele ano 794, em que, à entrada do Carneiro, o planeta Júpiter entra em conjunção com o anel vermelho do terrível Saturno.
O espírito característico do firmamento, se muito não me engano, manifestava-se não somente no orbe físico da Terra, mas nas almas, imaginações e meditações da Humanidade. Éramos sete, certa noite, em torno de algumas garrafas de rubro vinho de Quios, entre as paredes do nobre salão, na sombria cidade de Ptolemais. Para a sala em que nos achávamos a única entrada que havia era uma alta porta de feitio raro e trabalhada pelo artista Corinos, aferrolhada por dentro. Negras cortinas, adequadas ao sombrio aposento, privavam-nos da visão da lua, das lúgubres estrelas e das ruas despovoadas; mas o ressentimento e a lembrança do flagelo não podiam ser assim excluídos.
Pois muitos prodígios e sinais haviam se produzido, e por toda a parte, sobre a terra e sobre o mar, as negras asas da Peste se estendiam. Para aqueles, todavia, conhecedores dos astros, não era desconhecido que os céus apresentavam um aspecto de desgraça, e para mim, o grego Oinos, entre outros, era evidente que então sobreviera a alteração daquele ano 794, em que, à entrada do Carneiro, o planeta Júpiter entra em conjunção com o anel vermelho do terrível Saturno.
O espírito característico do firmamento, se muito não me engano, manifestava-se não somente no orbe físico da Terra, mas nas almas, imaginações e meditações da Humanidade. Éramos sete, certa noite, em torno de algumas garrafas de rubro vinho de Quios, entre as paredes do nobre salão, na sombria cidade de Ptolemais. Para a sala em que nos achávamos a única entrada que havia era uma alta porta de feitio raro e trabalhada pelo artista Corinos, aferrolhada por dentro. Negras cortinas, adequadas ao sombrio aposento, privavam-nos da visão da lua, das lúgubres estrelas e das ruas despovoadas; mas o ressentimento e a lembrança do flagelo não podiam ser assim excluídos.
Havia em torno de nós e dentro de nós coisas das quais não
me é possível dar conta, coisas materiais e espirituais: atmosfera pesada,
sensação de sufocamento, ansiedade; e, sobretudo, aquele terrível estado de
existência que as pessoas nervosas experimentam quando os sentidos estão vivos
e despertos, e as faculdades do pensamento jazem adormecidas. Um peso mortal
nos acabrunhava. Oprimia nossos ombros, os móveis da sala, os copos em que
bebíamos. E todas se sentiam opressas e prostradas, todas as coisas exceto as
chamas das sete lâmpadas de ferro que iluminavam nossa orgia. Elevando-se em
filetes finos de luz, assim que permaneciam, ardendo, pálidas e imotas. E no
espelho que seu fulgor formava sobre a redonda mesa de ébano a que estávamos
sentados, cada um de nós, ali reunidos, contemplava o palor de seu próprio
rosto e o brilho inquieto nos olhos abatidos de seus companheiros.
Não obstante, ríamos e estávamos alegres, a nosso modo – que era histérico – , e cantávamos as canções de Anacreonte – que são doidas -, e bebíamos intensamente, embora o vinho purpurino nos lembrasse a cor do sangue. Pois ali havia ainda outra pessoa em nossa sala, o jovem Zoilo.
Morto, estendido a fio comprido, amortalhado, era como o gênio e o demônio da cena. Mas ah! Não tomava ele parte em nossa alegria! Seu rosto, convulsionado pela doença, e seus olhos, em que a Morte havia apenas extinguido metade do fogo da peste, pareciam interessar-se pela nossa alegria,, na medida em que, talvez, possam os mortos interessar-se pela alegria dos que têm de morrer. Mas embora eu, Oinos, sentisse os olhos do morto cravados sobre mim, ainda assim obrigava-me a não perceber a amargura de sua expressão. E mergulhando fundamente a vista nas profundezas do espelho de ébano, cantava em voz alta e sonorosa as canções do filho de Teios. Mas, Pouco a pouco, minhas canções cessaram e seus ecos, ressoando ao longe, entre os reposteiros negros do aposento, tornavam-se fracos e indistintos, esvanecendo-se.
E eis que dentre aqueles negros reposteiros, onde ia morrer o rumor das canções, se destacou uma sombra negra e imprecisa, uma sombra tal como a da lua quando baixa no céu, e se assemelha ao vulto dum homem: mas não era a sombra de um homem, nem a de um deus, nem a de qualquer outro ente conhecido. E, tremendo um instante entre os reposteiros do aposento, mostrou-se afinal plenamente sobre a superfície da porta de ébano. Mas a sombra era vaga, informe, imprecisa, e não era sombra nem de homem, nem de deus, de deus da
Não obstante, ríamos e estávamos alegres, a nosso modo – que era histérico – , e cantávamos as canções de Anacreonte – que são doidas -, e bebíamos intensamente, embora o vinho purpurino nos lembrasse a cor do sangue. Pois ali havia ainda outra pessoa em nossa sala, o jovem Zoilo.
Morto, estendido a fio comprido, amortalhado, era como o gênio e o demônio da cena. Mas ah! Não tomava ele parte em nossa alegria! Seu rosto, convulsionado pela doença, e seus olhos, em que a Morte havia apenas extinguido metade do fogo da peste, pareciam interessar-se pela nossa alegria,, na medida em que, talvez, possam os mortos interessar-se pela alegria dos que têm de morrer. Mas embora eu, Oinos, sentisse os olhos do morto cravados sobre mim, ainda assim obrigava-me a não perceber a amargura de sua expressão. E mergulhando fundamente a vista nas profundezas do espelho de ébano, cantava em voz alta e sonorosa as canções do filho de Teios. Mas, Pouco a pouco, minhas canções cessaram e seus ecos, ressoando ao longe, entre os reposteiros negros do aposento, tornavam-se fracos e indistintos, esvanecendo-se.
E eis que dentre aqueles negros reposteiros, onde ia morrer o rumor das canções, se destacou uma sombra negra e imprecisa, uma sombra tal como a da lua quando baixa no céu, e se assemelha ao vulto dum homem: mas não era a sombra de um homem, nem a de um deus, nem a de qualquer outro ente conhecido. E, tremendo um instante entre os reposteiros do aposento, mostrou-se afinal plenamente sobre a superfície da porta de ébano. Mas a sombra era vaga, informe, imprecisa, e não era sombra nem de homem, nem de deus, de deus da
Grécia, de deus da Caldéia, de deus egípcio. E a sombra
permanecia sobre a porta de bronze, por baixo da cornija arqueada, e não se
movia, nem dizia palavra alguma, mas ali ficava parada e imutável. Os pés do
jovem Zoilo, amortalhado, encontravam-se, se bem me lembro, na porta sobre a
qual a sombra repousava. Nós, porém, os sete ali reunidos, tendo avistado a
sombra no momento em que se destacava dentre os reposteiros, não ousávamos
olhá-la fixamente, mas baixávamos os olhos e fixávamos sem desvio as
profundezas do espelho de ébano. E afinal, eu, Oinos, pronunciando algumas
palavras em voz baixa, indaguei da sombra seu nome e lugar de nascimento. E a
sombra respondeu: “Eu sou a SOMBRA e minha morada está perto das catacumbas de
Ptolemais, junto daquelas sombrias planícies infernais que orlam o sujo canal
de Caronte”.
E então, todos sete, erguemo-nos, cheios de horror, de nossos assentos, trêmulos, enregelados, espavoridos, porque o tom da voz da sombra não era de um só ser, mas de uma multidão de seres e, variando suas inflexões, de sílaba para sílaba, vibrava aos nossos ouvidos confusamente, como se fossem as entonações familiares e bem relembradas dos muitos milhares de amigos que a morte ceifara.
E então, todos sete, erguemo-nos, cheios de horror, de nossos assentos, trêmulos, enregelados, espavoridos, porque o tom da voz da sombra não era de um só ser, mas de uma multidão de seres e, variando suas inflexões, de sílaba para sílaba, vibrava aos nossos ouvidos confusamente, como se fossem as entonações familiares e bem relembradas dos muitos milhares de amigos que a morte ceifara.
CURTA NO TOA - MAIS DENSO QUE O SANGUE
MAIS DENSO QUE O
SANGUE
Sinopse: Um forasteiro chega a Cabaceiras e se camufla na
multidão que acompanha a comemoração à semana santa. Ele está armado. Um Taurus
com quatro balas ponta oca e duas normais.
Gênero: Ficção
Diretor: Ian Abé
Elenco: Fabiano Raposo, Gladson Galego
Duração: 15 min Ano: 2011 Formato: HD
País: Brasil Local de Produção: PB
Cor: Colorido
sábado, 29 de agosto de 2015
GUERNICA
A obra Guernica de Pablo Picasso é a visão de um pesadelo de violência, dores e caos, sendo cheia de energia e sem cores.
4 detalhes de Guernica se destacam:
1. Touro ou minotauro
4. Espada e flor
Ano: 1937
Técnica: Óleo sobre tela
Com o site Universia Brasil
Picasso pintou a Guernica como um ataque apaixonado ao governo fascista espanhol. Trazendo um retrato do ininterrupto bombardeio alemão em 1937 em Guernica durante a Guerra Civil Espanhola, o quadro tornou-se um símbolo universal das atrocidades da guerra.
Embora Picasso não fizesse parte oficial do movimento surrealista, a obra está cheia de evidências dessa influência sobre o artista. As figuras são apavorantes e distorcidas, em especial os pescoços estendidos e curvados das mulheres sofredoras.
A obra-prima do artista é considerada por muitos a maior pintura do século XX. Apesar de as guerras continuarem a ser travadas, o quadro Guernica é um lembrete humilhante da desumanidade e da destrutividade do homem.
Na parte central (inferior direito) do quadro, a pelagem do cavalo mutilado é retratada com pequenos traços verticais. Picasso teria começado a fazê-las, mas quem as terminou teria sido sua esposa, pois o artista teria dito que davam muito trabalho.
Em sua coluna no jornal O Globo dessa semana, Luis Fernando Veríssimo relata esse episódio sobre a obra: “Contam que um grupo de oficiais nazistas foi visitar o atelier do Picasso durante a ocupação de Paris e, vendo uma reprodução do seu quadro Guernica, a dramática recriação da destruição daquela pequena cidade pelos alemães na Guerra Civil espanhola, um deles comentou: "Ah, foi você que fez isso, não foi?". Ao que Picasso teria respondido: "Não, foram VOCÊS que fizeram isso".”
Picasso usa o tema do touro ou minotauro para representar a luta entre o homem e a barbárie.
2. Lâmpada
Pintada dentro de uma forma amendoada, como um olho maligno, uma solitária lâmpada irradia luz sobre um cavalo em sofrimento.
3. Figura aterrorizada
Na direita do quadro há uma pessoa que está caindo ou se encontra presa em um edifício em chamas. O seu rosto contorcido faz um apelo emocional direto e atrai o espectador para a sua dor e espanto.
O braço de um guerreiro morto situa-se no centro inferior da obra. A mão continua a segurar uma espada estilhaçada, e uma flor fantasmagórica cresce perto da sua mão. Essa flor é o único símbolo de esperança da pintura.
Ficha Técnica - Guernica:
Autor: Pablo Picasso
Onde ver: Museu Reina Sofía, Madri, Espanha Ano: 1937
Técnica: Óleo sobre tela
Movimento: Cubismo
Para maiores informações sobre Guernica e a obra de Picasso clique AQUI.
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
MÚSICA NA SEXTA
Antônio Carlos Marques Pinto e José Carlos Figueiredo, o Jocafi, nasceram em Salvador e formaram uma dupla no final dos anos 60.
Você Abusou
A dupla apareceu para o grande público no ano de 1969, quando inscreveu no "V Festival de Música Popular Brasileira" a música "Catendê" (Antônio Carlos, Jocafi e Ildázio Tavares), defendida por Maria Creuza.
Em 1971, a dupla participou do "VI Festival Internacional da Canção", com a composição "Desacato", classificando-se em segundo lugar. Logo depois, a dupla assinou contrato com a RCA, lançando com êxito o LP "Mudei de Idéia", no qual foram incluídas as faixas "Desacato" e "Você abusou", além da faixa-título, composições que fizeram enorme sucesso.
“Você abusou” recebeu mais de 200 regravações, entre elas de Maysa, Sérgio Mendes, Maria Creuza, Célia Cruz, Jorge Aragão, Daniela Mercury, Toquinho, Wilson Simonal e, claro, Diogo Nogueira. Stevie Wonder já tocou essa música em alguns shows.
Você Abusou
Antonio Carlos/Jocafi
Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
Mas não faz mal
É tão normal ter desamor
É tão cafona é sofredor
Que eu já nem sei
Se é meninice ou cafonice o meu amor
Se o quadradismo dos meus versos
Vai de encontro aos intelectos
Que não usam o coração como expressão
Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
E me perdoe se eu insisto nesse tema
Mas não sei fazer poema ou canção
Que fale de outra coisa que não seja o amor
Você abusou
Tirou partido de mim, abusou
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
ÁLBUM DA QUINTA
TOULOUSE STREET - 1972 - THE DOOBIE BROTHERS
Toulouse Street é o segundo álbum de estúdio da banda americana The Doobie Brothers, lançado em 1972. Vendeu um milhão de cópias só nos EUA (disco de platina pela RIAA).
O disco contém músicas que se tornaram clássicos do repertório da banda, como "Rockin' Down the Highway", "Jesus Is Just Alright" (que se tornou sua versão mais clássica) e "Listen to the Music", talvez o maior sucesso do grupo em todos os tempos, ao lado de "Long Train Runnin'", que viria no disco posterior, The Captain and Me.
Side 1
1. Listen to the Music (Johnston) – 4:44
2. Rockin' Down the Highway (Johnston) – 3:18
3. Mamaloi (Simmons) – 2:28
4. Toulouse Street (Simmons) – 3:20
5. Cotton Mouth (James Seals, Dash Crofts) – 3:44
Side 2
1. Don't Start Me to Talkin' (“Sonny Boy” Williamson) – 2:41
2. Jesus Is Just Alright (A. Reynolds) – 4:33
3. White Sun (Johnston) – 2:28
4. Disciple (Johnston) – 6:42
5. Snake Man (Johnston) – 1:35
Patrick Simmons - guitarra, vocal
Tom Johnston - guitarra, vocal
Tiran Porter - baixo, vocal
John (Little John) Hartman - bateria, percussão
Michael Hossack - bateria
Jerry Jumonville - saxofone
Joe Lane Davis - trompa
Sherman Marshall Cyr - trompa
Jon Robert Smith - trompa
Bill Payne - piano, órgão, teclados
Dave Shogren - baixo e guitarra em "Toulouse Street"; vocal em "White Sun"
Ted Templeman - percussão
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
DO DELÍRIO COTIDIANO
Tudo bem que cada pessoa ou empresa queira fazer algo pra ser
diferente e chamar a atenção. Mas tudo tem limite. Pelo menos eu achava isso
até ler uma matéria que dá conta de que um restaurante em Tóquio oferece prato que tem visual e sabor de cocô.
O restaurante fez uma pesquisa e descobriu que 85% dos seus
frequentadores não têm vontade de provar a iguaria. O que me espanta são os 15%
restantes.
Depois se espantam quando Godzilla pisoteia Tóquio...
Depois se espantam quando Godzilla pisoteia Tóquio...
DE RÁDIO
O programa Timeline, da Rádio Gaúcha, consegue me
surpreender com sua ruindade cada vez que tento, pelo hábito do horário, ouvir
rádio.
Sem ter com quem disputar o microfone para ver quem faz gracinha primeiro e falar ao mesmo tempo, fazendo com que a gente não entenda
nada (o espirituoso Poter está de férias), a apresentadora Kelly Matos se
esbalda em gargalhadas no microfone (ela anda mais feliz que a Sara Feliz).
Mas eu não sei se ela subestima o repórter de rua (que também
gosta de fazer suas gracinhas) ou o ouvinte. Ou os dois. O repórter
informa o que está acontecendo e ela repete tudo, achando que está
explicando melhor para o idiota do ouvinte que não tem capacidade de compreender
um boletim das ruas.
E ainda tem o David Coimbra, que anda sendo mais Mendelski do
que o Mendelski, como me disse alguém dia desses. Mas isso é outro assunto.
CRIATURAS QUE O MUNDO ESQUECEU
Neusa Maria Goulart Brizola (18 de novembro de 1954 — Rio de Janeiro, 27 de abril de 2011), conhecida no mundo artístico como Neusinha Brizola, era filha do ex-governador Leonel Brizola.
Fez sucesso na década de 1980 ao lançar hits new wave, como a música "Mintchura", em parceria com o compositor e guitarrista gaúcho Joe Euthanázia, morto em 1989 num acidente de carro. Em 1983, fez um ensaio fotográfico para a revista Playboy, mesmo contrariando a opinião do seu pai, então governador do estado do Rio de Janeiro; porém, Leonel Brizola impediu a publicação das fotos.
Seu primeiro LP foi lançado neste ano. Em 1984 participou da trilha sonora do programa musical infantil Plunct, Plact, Zuuum, da Rede Globo. Para a emissora, também compôs algumas trilhas sonoras para novelas, como Transas e Caretas, e para o cinema, no filme As Sete Vampiras. Na campanha Diretas Já, lançou a música "Diretcha", em compacto simples. Morreu aos 56 anos de idade, de complicações pulmonares decorrentes de uma hepatite.
wikipedia
Fez sucesso na década de 1980 ao lançar hits new wave, como a música "Mintchura", em parceria com o compositor e guitarrista gaúcho Joe Euthanázia, morto em 1989 num acidente de carro. Em 1983, fez um ensaio fotográfico para a revista Playboy, mesmo contrariando a opinião do seu pai, então governador do estado do Rio de Janeiro; porém, Leonel Brizola impediu a publicação das fotos.
Seu primeiro LP foi lançado neste ano. Em 1984 participou da trilha sonora do programa musical infantil Plunct, Plact, Zuuum, da Rede Globo. Para a emissora, também compôs algumas trilhas sonoras para novelas, como Transas e Caretas, e para o cinema, no filme As Sete Vampiras. Na campanha Diretas Já, lançou a música "Diretcha", em compacto simples. Morreu aos 56 anos de idade, de complicações pulmonares decorrentes de uma hepatite.
Cheguei no baixo-gávea solteirinha e assanhada da silva
Depois do sexto chopp pinta um broto me chamando a atenção
Daqueles que agente nem pensa, só sabe que quer
Aí me convidou para uma festa na sua cobertura
Falando empolgado que a Blitz estária por lá
No ato eu topei e com ele pra festa sartei
Aonde cê tá me levando?
Avenida Brasil?
Tira essa mão daí!
Olha o ônibus!
Cuidado!
Chegamos em um bairro afastado numa rua escura
O prédio era tão velho que não tinha nenhum elevador
A cobertura era uma kitnet a festa era mintchura
Mintchura, mintchura...
Com mais um desses contratempos me aposento e vou morar na Pavuna
Chegamos em um bairro afastado numa rua escura
O prédio era tão velho que não tinha nenhum elevador
A cobertura era uma quitinete a festa era mintchura
Mintchura, mintchura...
Com mais um desses contratempos me aposento e vou morar na Pavuna
Mintchura seu tolinho
terça-feira, 25 de agosto de 2015
DO DELÍRIO COTIDIANO
Em frente ao prédio onde mora um conhecido político, um rapaz, carregando uma mala dessas com rodinhas, comenta com o amigo ao seu lado, referindo-se às más condições da calçada:
- Nem parece a calçada do Fulano. Roubou tanto e não é capaz
de arrumar a calçada.
Fiquei pensando que além de egoísta (queria que arrumasse a
calçada em que ele transita), do senso comum (político = ladrão), o cidadão é
inocente: será que alguém que rouba dinheiro público o faz pra arrumar as
calçadas do bairro? Acho que teve muito Robin Hood naquela cabecinha...
BREGA CHIQUE
Cristóvão Barros de Alencar, cantor, compositor, radialista e apresentador de televisão, nasceu em Uiraúna, PB, em 1940.
Começou a carreira na Rádio Borborema, de Campina Grande, e depois trabalhou em Recife Fortaleza, Belo Horizonte e São Paulo.
Em 1966, lançou seu primeiro compacto simples, pela gravadora Chantecler, com as músicas "Agora sim", versão de Adesso sì, de Sergio Endrigo, e "Não vá embora", versão de Tu me plais et je t'aime, de J. L. Chauby e Bob Du Pac. Em 1968, lançou o compacto simples com a música "Não me peça um beijo", de autoria de Antônio e Mário Marcos. Gravou vários discos até 1980, quando passou a se dedicar especialmente ao rádio. Reside na cidade de São Paulo e está afastado do rádio por problemas de saúde.
Em 1971, lançou um compacto simples com as músicas "Não posso mais viver sem ti" e "Ana Cristina", ambas de sua autoria.
Começou a carreira na Rádio Borborema, de Campina Grande, e depois trabalhou em Recife Fortaleza, Belo Horizonte e São Paulo.
Em 1966, lançou seu primeiro compacto simples, pela gravadora Chantecler, com as músicas "Agora sim", versão de Adesso sì, de Sergio Endrigo, e "Não vá embora", versão de Tu me plais et je t'aime, de J. L. Chauby e Bob Du Pac. Em 1968, lançou o compacto simples com a música "Não me peça um beijo", de autoria de Antônio e Mário Marcos. Gravou vários discos até 1980, quando passou a se dedicar especialmente ao rádio. Reside na cidade de São Paulo e está afastado do rádio por problemas de saúde.
Em 1971, lançou um compacto simples com as músicas "Não posso mais viver sem ti" e "Ana Cristina", ambas de sua autoria.
Teus olhos são rasgadinhos
De boneca japonesa
Parece que são dois peixinhos
Enfeitando a natureza
Teus pezinhos são bem feitos
Como os pés da Cinderela
Penso até que são perfeitos
Mais perfeitos do que os dela
Quando dormes que beleza
Tu sorris como uma fada
Tu sorris pois tem certeza
De que es muito muito amada
É difícil encontrar rima
Pra descrever esse amor
Ana Cristina és a obra prima
Do Supremo Criador
Ana cristina és a obra prima
Do Supremo Criador
wikipedia
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
CLÁSSICOS PARA A VIDA ETERNA
WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS (1969) JOE COCKER
What would you think if I sang out of tune?
Would you stand up and walk out on me?
Lend me your ears and I'll sing you a song
And I'll try not to sing out of key
----
Oh, I get by with a little help from my friends
I get high with a little help from my friends
Gonna try with a little help from my friends
----
What do I do when my love is away?
Does it worry you to be alone?
How do I feel by the end of the day?
Are you sad because you're on your own?
----
No, I get by with a little help from my friends
I get high with a little help from my friends
Gonna try with a little help from my friends
----
Do you need anybody?
I need somebody to love
Could it be anybody?
I want somebody to love
----
Would you believe in a love at first sight?
Yes, I'm certain that it happens all the time
What do you see when you turn out the light?
I can't tell you, but I know it's mine
----
Oh, I get by with a little help from my friends
I get high with a little help from my friends
Gonna try with a little help from my friends
----
Do you need anybody?
I just need someone to love
Could it be anybody?
I want somebody to love
----
Oh, I get by with a little help from my friends
Gonna try with a little help from my friends
Oh, I get high with a little help from my friends
Yes, I get by with a little help from my friends
With a little help from my friend
domingo, 23 de agosto de 2015
DO FUNDO DO BAÚ
Salvatore Adamo, também conhecido simplesmente como Adamo, é um cantor ítalo-belga nascido em Comiso, Itália, em 1º de novembro de 1943. Seus grandes sucessos são: Inch'Allah,C'est ma vie e F... comme femme.
Seu pai se mudou para a Bélgica em 1947 para trabalhar nas minas. Adamo começou uma longa carreira que marcou a canção francesa dos anos 60 e 70. Obtém fama mundial e os seus álbuns conseguem vender mais de 100 milhões de cópias, tornando-o o mais vendido artista da Bélgica. Durante a década de 80 diminui o ritmo das atividades, devido a problemas cardíacos.
F... comme femme, seu maior sucesso no Brasil, foi tema da telenovela Beto Rockfeller (TV Tupi).
Seu pai se mudou para a Bélgica em 1947 para trabalhar nas minas. Adamo começou uma longa carreira que marcou a canção francesa dos anos 60 e 70. Obtém fama mundial e os seus álbuns conseguem vender mais de 100 milhões de cópias, tornando-o o mais vendido artista da Bélgica. Durante a década de 80 diminui o ritmo das atividades, devido a problemas cardíacos.
LEITURA DE DOMINGO
"Porquê não mataram todos em 1964"
Sou limitado, limitadíssimo. Não consigo entender determinadas coisas, nem com reza braba. Quer ver uma coisa que não entendo? Por que é proibido fazer a apologia do nazismo, mas é permitido fazer a apologia da ditadura militar, do extermínio por razões ideológicas etc.? Ah, já sei: Médici foi bem mais bonzinho do que Hitler. Que burro eu!
Bem, eu poderia me alongar nesse assunto, mas o meu texto não teria nem um pingo do brilhantismo do artigo publicado pelo grande Mário Magalhães em seu blog ("O silêncio cúmplice aceita a barbárie").
Mário esgotou o assunto. Sobrou-me a questão linguística, que, no caso, diz respeito à penúria gramatical da frase que se lê num cartaz que uma nobre senhora brandia no domingo para expor a sua também nobre visão de mundo: "Porquê não mataram todos em 1964". Sim, assim mesmo.
Posto isso, vou tentar ajudar essas etéreas almas a redigir cartazes que, ainda que indignos da nossa semelhança a Deus, sejam linguisticamente "limpos", ao menos no que diz respeito a "por que", "por quê", "porque" e "porquê".
Comecemos pela forma (mal) empregada por essa candidata ao Nobel da Paz, que, salvo engano, queria ter escrito uma frase interrogativa direta. Nesse tipo de construção, não se emprega "porquê"; emprega-se "por que", sem acento, a menos que haja uma interrupção depois do "que": "Por que Deus põe no mundo gente de alma tão ignóbil?"; "Você não vai? Por quê?".
Também se emprega "por que" em perguntas indiretas, como se vê em "Não sei por que essa gente é tão limitada" ou "Ninguém sabe por quê". Note, por favor, que no segundo exemplo o "que" foi acentuado.
No caso da sentença perpetrada pela discípula direta da Madre Teresa de Calcutá, a forma adequada seria "por que". E como deveria terminar o sublime pensamento? Com ponto de interrogação? Ou sem ele?
Depende. Quando se escreve, por exemplo, "Por que essa gente diz barbaridades?", pergunta-se por que essa gente diz barbaridades; quando se escreve "Por que essa gente diz barbaridades", anuncia-se que se vai explicar a razão pela qual essa gente diz barbaridades.
O que (suponho) a nobre senhora queria dizer se escreve assim no português formal: "Por que não mataram todos em 1964?" (que Deus me abra as portas do céu por eu reproduzir pensamento tão celestial!).
Anote uma dica simples: independentemente da presença ou da ausência do ponto de interrogação, ou seja, independentemente de a pergunta ser direta ou indireta, escreve-se "por que"/"por quê" e pode-se substituir esse "por que"/"por quê" por "por qual razão", "por qual motivo" ou, em certos casos, por "a razão/o motivo pela/o qual": "Por que (= 'Por qual razão') essa gente é tão ignóbil?"; "Não sei por que (= 'por qual razão') essa gente é tão ignóbil"; "Por que ('A razão pela qual') não fui a Washington".
Para quem sabe inglês, uma boa dica é ver se entra "why" ou "because". Se entra "why", entra "por que"; se entra "because", entra "porque".
"Porque" é uma conjunção causal ou explicativa, a qual, como já se pode deduzir, introduz a explicação, a causa do que se afirma ou sugere: "Não durma, porque ainda temos muito a fazer"; "Diz barbaridades porque a sua alma é pequena".
E "porquê", a forma empregada pela nossa filha de Maria? É substantivo, sinônimo de "motivo", "causa": "Não entendo o porquê disso".
Como dizia o grande Fernando Pessoa, "tudo vale a pena, se a alma não é pequena". E eu digo: "Senhor, tende piedade de nós". É isso.
folha.uol.com.br - 20/08/2015
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