Faz muito tempo que perdi a fé na humanidade. Já li por aí,
e espalho essa máxima: falhamos como sociedade. E se, por ventura, fraquejo e penso que existe possibilidade de
recuperação, cada temporada de enchente (ou qualquer catástrofe natural) me devolve o prumo.
Junto com a “solidariedade” de muitas pessoas vem o saque às casas de quem teve que sair às pressas fugindo das intempéries. Roubo, assassinato, safadeza, toda sorte de torpezas do ser humano não me chocam mais (quase nunca). Mas o saque vai além do que considero humano. E choca.
Não me espanto quando ladrões atacam velhinhas, quando
roubam igrejas, depredam escolas, destroem merendas de crianças ou idosos. São
ladrões, bandidos, foras da lei. Mas o saque é feito pelo vizinho, pelo
camarada que numa situação normal não roubaria. O oportunista. O rato.
E pensar que o ser humano age como um rato covarde é triste.
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