Eduardo de Góes Lobo nasceu no Rio de Janeiro, em 1943. Filho do compositor Fernando Lobo (Chuvas de Verão, Nega Maluca, Ninguém me Ama), estudou acordeão dos 8 aos 14 anos, quando se interessou por violão, recebendo as primeiras lições de Theo de Barros, seu amigo de infância. Cursou até o terceiro ano de Direito.
Em 1981, Edu estava gravando um LP em que receberia diversos convidados. O primeiro foi Tom Jobim. O produtor Aloysio de Oliveira sugeriu que os dois dividissem inteiramente o disco. E assim fizeram o disco “Edu & Tom, Tom & Edu”, que conta, entre tantas belas canções, com Vento Bravo, de Edu e Paulo César Pinheiro.
Era argola, ferro, chibata e pau
Como um sangue novo
Vento virador no clarão do mar
Iniciou sua carreira como músico profissional em 1961, tocando em boates ao lado de Marcos Valle e Dori Caymmi.
Em 1962, gravou seu primeiro compacto, com composições suas influenciadas pela bossa nova e com o texto da contracapa assinado por Vinícius de Moraes. Em seguida, sob a influência de Sérgio Ricardo, João do Vale, Carlos Lyra e Ruy Guerra, passou a trabalhar também uma temática mais social.
Em 1964 teve uma música incluída no espetáculo Opinião e foi convidado por Gianfrancesco Guarnieri para compor a trilha sonora de "Arena conta Zumbi", peça teatral de Guarnieri e Augusto Boal.
Venceu, em 1965, o I Festival Nacional de Música Popular Brasileira (TV Excelsior), com "Arrastão" (letra de Vinícius de Moraes), defendida por Elis Regina. Também venceu o III Festival da Música Popular Brasileira (TV Record), com "Ponteio" (letra de Capinam), que interpretou com Marília Medalha, o grupo vocal Momento 4 (Ricardo Villas, David Tygel, Zé Rodrix e Maurício Maestro) e o Quarteto Novo (Hermeto Pascoal, Theo de Barros, Airto Moreira e Heraldo do Monte).
Ao ganhar esse festival, Edu Lobo aceitou a primeira proposta que teve para tocar fora do Brasil, desgostoso e temeroso com o rumo que tomavam as carreiras dos participantes de festivais. Chegou a dizer que se sentia como um cavalo em que as pessoas apostavam para ver quem levaria o primeiro prêmio. É autor de várias músicas memoráveis, entre elas Lero Lero, Corrida de Jangada, Viola fora de Moda e toda sua parceria com Chico Buarque.
Em 1981, Edu estava gravando um LP em que receberia diversos convidados. O primeiro foi Tom Jobim. O produtor Aloysio de Oliveira sugeriu que os dois dividissem inteiramente o disco. E assim fizeram o disco “Edu & Tom, Tom & Edu”, que conta, entre tantas belas canções, com Vento Bravo, de Edu e Paulo César Pinheiro.
Era um cerco bravo, era um palmeiral,
Limite do escravo entre o bem e o mal
Era a lei da coroa imperial
Calmaria negra de pantanal
Mas o vento vira e do vendaval
Surge o vento bravo, o vento bravo
Era argola, ferro, chibata e pau
Era a morte, o medo, o rancor e o mal
Era a lei da Coroa Imperial
Calmaria negra de pantanal
Mas o tempo muda e do temporal
Surge o vento bravo, o vento bravo
Como um sangue novo
Como um grito no ar
Correnteza de rio
Que não vai se acalmar
Se acalmar
Vento virador no clarão do mar
Vem sem raça e cor, quem viver verá
Vindo a viração vai se anunciar
Na sua voragem, quem vai ficar
Quando a palma verde se avermelhar
É o vento bravo, o vento bravo
Como um sangue novo
Como um grito no ar
Correnteza de rio
Que não vai se acalmar...
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