Páginas

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

DO CANCIONEIRO POLITICAMENTE INCORRETO


Siameses
(João Bosco e Aldir Blanc)

(Ele)
Amiga inseparável,
rancores siameses
nos unem pelo olhar.
Infelizes pra sempre
Em comunhão de males
obrigação de amar.
E amas em mim a cruel indiferença.
Aspiro em ti a maldade e a doença.
Vives grudada em mim,
gerando a pedra
em teu ventre de ostra
e eu conservo o fulgor do nosso ódio
estreitando a velha concha...
Amiga inseparável,
tu és meu acaso
e por acaso eu sou tua sina,
somos sorte e azar,
tu és minha relíquia,
seu sou tua ruína.

(Ela)
Vivo grudada em ti,
gerando a pedra
em meu ventre de ostra.
Conservas o fulgor do nosso ódio
estreitando a velha concha...
Amigo inseparável,
eu sou teu acaso
e por acaso tu és minha sina,
somos sorte e azar,
eu sou tua relíquia,
tu és minha ruína.

Nenhum comentário:

Postar um comentário