Não consigo entender o que passa na cabeça de um jogador de
futebol que faz um gol e tira a camisa pra comemorar. O camarada que faz um gol
a sai correndo em direção às câmeras de TV e levanta a camisa pra mostrar a
outra que está por baixo dizendo que ama JC ou os seus pimpolhos (se é que já
não carrega a tatuagem com o nome dos nenéns no antebraço) eu entendo. O
sujeito que corre bicoteando a aliança eu entendo. Mas correr sem camisa? Francamente...
O mais próximo de um entendimento que eu consigo ter disso é
a saudade da várzea. Se a gente pensar que quem é jogador de futebol está ali
por vontade própria, ninguém está ali contrariado, normalmente “realizando um
sonho” seja em clube for, por que tirar a camisa? Saudade da pelada de pés
descalços na terra batida?
Além de relegar a camisa do time (nem vou falar dos
patrocinadores do clube) pra segundo plano, como se o seu torso nu fosse mais
importante do que o clube eu considero essa atitude uma afronta à ciência e a
tecnologia. Atitude comparável a fazer xixi em muro. Pura ingratidão com a
evolução.
Luiggi, que só assiste a jogos em camarote e influenciou em
algumas convocações de seleções (entre elas Itália, Alemanha e França –
respectivamente 1982, 1990 e 1998), ao ver uma cena dessas ergue seu copo de à
altura dos olhos e comenta: “amarelo é pouco por proporcionar uma cena
dessas.”
As comemorações com coraçõezinhos para as câmeras serao abordadas oportunamente.
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