Manjam a nova moda nas redes sociais, néam?
‘Quantas curtidas merece essa princesinha?’ e tascam uma foto de alguma menina com Síndrome de Down ou qualquer outra síndrome maluca que deixe traços físicos bem aparentes.
Aquele lance de superação; fulana tem necessidades especiais mas é uma gracinha. [Leia o ‘gracinha’ como fazia a falecida Hebe, faça o favor.]
Bom, em primeiro lugar, nenhuma delas é uma ‘princesinha’, porque nenhuma delas é filha de algum rei ou rainha. Em segundo, doença não é uma coisa bonita, nem divertida e nem deve ser minimizada com um eufemismo; muito menos com um eufemismo no diminutivo. Em terceiro, esse maldito Politicamente Correto é culpado por essas barbaridades.
Me explico: quando os portadores de uma síndrome qualquer, os amputados, os cegos-surdos-e-loucos deixaram de ser ‘deficientes’ ‘pra serem ‘portadores de necessidades especiais’ o bagulho degringolou. Porque com o ‘deficiente’ a gente podia se irritar – e eventualmente, ‘pra desatravancar o mundo, deixar ele passar na frente em qualquer fila. Já com o ‘portador de necessidades especiais’ precisamos criar um evento; um ajuda, outro observa, um terceiro aplaude e lá de longe uma velhinha* chora. E a economia parada, enquanto isso. E os problemas de acessibilidade dos ditos cujos também, porque dependem de vontade política, que varia de acordo com a economia. Bem feito.
Tudo isso ‘pra comentar que o Jornal de Todos os Gaúchos não poderia deixar de aderir ao novo trique-trique do mainstream. ‘Tá lá, no seu perfil no Facebook, um pedido de curtir ‘pro esqueleto de uma baleia que morreu encalhada. [Lutando bravamente pela vida, óbvio.]
‘Quantas curtidas merece essa princesinha?’ e tascam uma foto de alguma menina com Síndrome de Down ou qualquer outra síndrome maluca que deixe traços físicos bem aparentes.
Aquele lance de superação; fulana tem necessidades especiais mas é uma gracinha. [Leia o ‘gracinha’ como fazia a falecida Hebe, faça o favor.]
Bom, em primeiro lugar, nenhuma delas é uma ‘princesinha’, porque nenhuma delas é filha de algum rei ou rainha. Em segundo, doença não é uma coisa bonita, nem divertida e nem deve ser minimizada com um eufemismo; muito menos com um eufemismo no diminutivo. Em terceiro, esse maldito Politicamente Correto é culpado por essas barbaridades.
Me explico: quando os portadores de uma síndrome qualquer, os amputados, os cegos-surdos-e-loucos deixaram de ser ‘deficientes’ ‘pra serem ‘portadores de necessidades especiais’ o bagulho degringolou. Porque com o ‘deficiente’ a gente podia se irritar – e eventualmente, ‘pra desatravancar o mundo, deixar ele passar na frente em qualquer fila. Já com o ‘portador de necessidades especiais’ precisamos criar um evento; um ajuda, outro observa, um terceiro aplaude e lá de longe uma velhinha* chora. E a economia parada, enquanto isso. E os problemas de acessibilidade dos ditos cujos também, porque dependem de vontade política, que varia de acordo com a economia. Bem feito.
Tudo isso ‘pra comentar que o Jornal de Todos os Gaúchos não poderia deixar de aderir ao novo trique-trique do mainstream. ‘Tá lá, no seu perfil no Facebook, um pedido de curtir ‘pro esqueleto de uma baleia que morreu encalhada. [Lutando bravamente pela vida, óbvio.]
Então, merece quantos joinhas?
Tchê, na boa, nenhum.
Tchê, na boa, nenhum.
(*) Aguarde. Em breve
discorrerei sobre as velhinhas.
Irmã
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