E toda vez que vou ao mercado, vejo a mesma cena. Casal, ou felizes amigos, fazem charme na frente dos vinhos da França ou de Portugal. Vão caminhando – sempre com muitas conversas paralelas, segurando uma garrafa de vinho pega aleatoriamente na prateleira para depois largar no lugar errado, como se o tempo e o local onde estão em nada importasse – para a direita (ou esquerda, depende do supermercado que você frequenta) na direção dos vinhos argentinos, uruguaios, chilenos (leia-se, em direção aos vinhos mais baratos) e até nacionais.
É claro que é ali que se demoram, contando cada noitada que
tiveram – com uma pessoa que você TEM que conhecer! – com cada um dos vinhos da
estante. É claro que a decisão vem sempre assim: “Vamos levar esse aqui, eu já
tomei – com Fulano, interessantíssimo, você TEM que conhecer! -, é "baratinho", mas
melhor que muito vinho caro”.
Então, tá. Mas, cá pra nós, qual o problema de dizer: “Vamos
levar esse aqui que cabe no orçamento”?
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