A primeira coisa que posso falar sobre este carnaval é que
me enganaram. Duas vezes.
Todas as fontes meteorológicas me prometeram chuvas. Chuvas à
mancheia. Um pingo aqui outro ali foi o que aconteceu. Coisa de não alarmar a
mais assustada das vovós.
E depois, a lenda urbana de que a Muileal fica vazia no
carnaval. Eu ainda espero por esse dia. Ingenuamente. Diferentemente de Luiggi, não posso migrar para o hemisfério norte nos meses de calor. Sempre com
generosas estadas em Monte Carlo. Fico na Muileal. E muita gente fica. Não sei
se essa turma mente depois no trabalho que foi pro raio que as parta. É como
eleição do Collor, não há um que tenha votado no dito.
Pelo noticiário, a orla norte deleitou os veranistas com o
chocolatão. Embora muilealevalerosense que se preze não veraneia pra baixo de Laguna. (Sorry, Kevin). Mas, e de onde sai essa gente toda?
Fiquei na Muileal invejando Luiggi e revendo velhos filmes. O fuso, no mínimo, é igual ao do Mediterrâneo. (Os hábitos morrem
devagar). A vizinhança deve estranhar, sempre que tenho alguma folga, o cheiro de
comida (supimpas iguarias) na madrugada.
Poucas incursões pela rua. Os que ficaram mandaram as roupas
pro litoral. Ou pra qualquer lugar longe delas.
Agora, acabou. Sigo no trampo. Duvido que os do litoral tenham
visto alguma águia do oceano dormindo nas nuvens.
(E ainda por cima a Lancheria estava fechada...)
(E ainda por cima a Lancheria estava fechada...)
Tu ouviu o Cleo Anum???
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