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terça-feira, 3 de junho de 2014

TEMPOS

Li uma notícia num desses sites hoje, mais inútil do que curiosa, que me chamou a atenção. Dos onze jogadores que provavelmente serão os titulares da Seleção Brasileira, apenas um deles, David Luiz, não tem tatuagem.

É muito provável que perguntados pelos motivos das tatuagens, os jogadores esfreguem a pele tatuada e sorriam dizendo “Não sei, acho legal”. Muitas devem ser homenagens aos filhos, aos pais e aos santos de preferência. Mas acho que esta resposta, “Não sei, acho legal”, é a mais sincera.

O sujeito querer tatuar alguma coisa na pele já é motivo mais do que justificado pra tatuar o que quiser. Se tem uma coisa boa nesses tempos politicamente corretos e patrulhados, é o sujeito poder ter o cabelo como, por exemplo, o do David Luiz, a tatuagem e a camisa que quiser sem ter que dar maiores explicações. Foi-se o tempo que o sujeito que tivesse tatuagem e cabelão era um rebelde. Ou ainda, ao se rebelar com alguma coisa, necessariamente deveria ter cabelão e tatuagem.

Mas tem o outro lado. Eu não duvido que alguém pergunte ao David Luiz: "Por que essa decisão de não se tatuar?"

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