Existe um provérbio, cuja origem não faço a menor ideia qual
seja, que diz que “a caneta é mais poderosa que a espada”. Inocentes. Quem
disse isso nunca entrou numa repartição pública.
O carimbo, esse sim, é mais poderoso que qualquer coisa. Eu
não sei se com a tecnologia de hoje ainda existe a figura do carimbo. Misericordiosamente,
não tenho frequentado repartições. Mas tomemos o carimbo como metáfora.
Receita Federal, INSS, cartórios e tabelionatos de qualquer
natureza, Junta Comercial, e, minha memória tenta apagar e não consegue, a
Secretaria da Fazenda do Estado. Quem já pisou em algum desses ambientes (ou
outros que tais) é porque precisa imperiosamente de algum documento chancelado
pelo estado. E essa chancela se materializa na forma do carimbo.
Quando seu documento é carimbado numa repartição, a comparação mais apropriada que se pode fazer é a de um gol em jogo de decisão. O documento pode ter uma barata esmagada sobre o texto, mas se tiver um carimbo, tá valendo.
Quando seu documento é carimbado numa repartição, a comparação mais apropriada que se pode fazer é a de um gol em jogo de decisão. O documento pode ter uma barata esmagada sobre o texto, mas se tiver um carimbo, tá valendo.
Não sabe o que é angústia quem nunca esteve na frente de uma
pessoa com um carimbo na mão, ponderando, sabe-se lá o quê, sobre o seu destino, com
o carimbo balançando sobre a almofada de tinta. Coisas triviais, como a
documentação que você porta, nem sempre são levadas em conta.
E agora Ermã me informa que a turma do carimbo está recuando.
Buscam anuência de um superior para dar ou não a carimbada. Aquele carimbo, outrora
assustador e vigoroso, agora tem o mesmo poder de um pau mole em busca de um
viagra na mão de um burocrata.
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