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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

DE ÔNIBUS

Você sai do trabalho e senta no banco de um ônibus. Você 1) coloca os fones no ouvido, 2) abre um livro.  É muito provável que você 1) vá ouvir música (você pode fazer download do Pauta Extra pra ouvir quando quiser, como nesse momento feliz, por exemplo), 2) vai ler. No meu caso, teria uma terceira opção: dormir com fone no ouvido e livro no colo.


Mas você está ali, quieto, feliz por ser um cidadão trabalhador que vai descansar um pouco agora. E é nesse momento que aquele colega distante, simpático, ancora do seu lado.

A primeira pergunta; “Que livro é esse?” A pergunta é desnecessária, porque ele já arrancou o livro de sua mão, aproveitando para desmarcar a página que você lia. A cara de decepção dele fica evidente quando percebe que o livro é de literatura e não algo como "Enriqueça chateando seus colegas! Dinheiro Já!”

E, então, você é obrigado a fazer uma viagem com diálogos nonsenses e reticentes:

- É...
- Pois é...
- É brabo
- É... Não é mole...
- Mas é isso...
- É isso aí... não é fácil
- Ô..
- Mas vamos lá...

E a semana só está começando.

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