Jess Walter certamente nunca ouviu falar do poeta Luiz de
Miranda. Por enquanto. Daqui uns dias o poeta ganhará o prêmio Nobel e aí será
diferente.
Eu não conhecia Jess Walter. E foi na semana que ZH noticiou a derrocada financeira do poeta que vi o livro numa prateleira e resolvi lhe dar uma atenção. Decerto influenciado pela notícia, mas também porque achei o título interessante e gostei da sinopse:
Eu não conhecia Jess Walter. E foi na semana que ZH noticiou a derrocada financeira do poeta que vi o livro numa prateleira e resolvi lhe dar uma atenção. Decerto influenciado pela notícia, mas também porque achei o título interessante e gostei da sinopse:
“Matt Prior,
jornalista, 46 anos, larga um emprego seguro para investir num negócio próprio
na internet, e falha miseravelmente. A ideia de criar um portal de notícias
econômicas escritas em forma de poesia mal consegue sair do papel. Agora, ele
está desempregado e sem dinheiro, corre o risco de perder sua casa e teme, mais
que tudo, perder a mulher, cada vez mais intolerante às dificuldades
financeiras do casal (e interessada em flertar com um ex-namorado da
adolescência).
A vida dele se torna
uma sucessão de crises: financeira, da meia-idade, do amor desfeito, a crise de
confundir bens materiais com segurança e segurança com felicidade. Com dois
filhos pequenos e responsável também por cuidar do pai, cuja memória se deteriora
sem parar, Matt é um sujeito de humor inabalável que precisa arranjar uma forma
de ganhar a vida. E ele arranja, mas de maneira nada convencional.”
Nada de muito diferente ou sensacional. Esse efeito “Beleza
Americana” é bem batido até. Mas comprei mesmo assim. E fazia tempo que não me
entusiasmava tanto com algo novo. A sacada do livro está nas pequenas reflexões
ao longo da bem contada história. O personagem principal que não se leva a
sério e tem especial atenção aos detalhes.
A má notícia vem agora. Resolvi procurar algo sobre o livro
e o autor na internet. O livro fez algum sucesso nos EUA e já tem os direitos
comprados por algum estúdio de cinema. Até aí, tudo bem. O problema é que
parece que já escolheram até o o ator que vai viver Matt Prior: Jack Black.
Sim, Jack Black.
Ou eu não entendi nada do livro ou não poderiam ter uma escolha
mais equivocada. O livro tem humor, sim. Mas não é o humor que precise fazer
careta ou deixar cair coisas no chão para ser engraçado. É o humor do sorriso e
não da gargalhada. É humor como consequência, não como objetivo.
Só falta agora alguém comprar os direitos no Brasil e achar
que o sujeito certo para o papel é o Bruno Mazzeo. Aí, eu que acho que não ando
entendendo as coisas direito, vou ter certeza disso.
Luiggi
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