Esta temperatura absurda que tem feito nas últimas semanas
tem deixado todo mundo aborrecido, injuriado e estupefacto. Nenhuma novidade.
Nesta época, os ecochatos sempre sorriem com ar de
superioridade e dizem: “É o homem.”.
O “homem”, no caso, não aquela entidade acionada quando é
preciso arrumar um cano ou furar uma parede na sua casa: “Tem que chamar um
homem!”.
Esse “homem”, dos atentos verdes, somos todos nós. Em especial, os com vocação industrial.
O aquecimento global, suas causas e consequências são cantadas
e decantadas com tons apocalípticos. (Aliás, o que acompanho sobre isso – e consigo
entender – em documentários e reportagens, também gera controvérsia. Existem
cientistas que negam o aquecimento global e outros que afirmam que derreteremos
em poucos anos, que as geleiras avançarão derretidas sobre nós como famélicos
trabalhadores ao buffet. Como não entendo nada sobre o assunto, impressiono-me igualmente com argumentos de ambos os lados.)
Mas leio hoje que em diversas datas dos anos 40, por
exemplo, a temperatura também ultrapassou os 40°. Ou seja, já existiam indústrias.
Poluindo – e muito –, inclusive. Mas não tantas e tão pujantes como hoje. Então, querer
dizer que as temperaturas estão altas por causa só da fumaça é distorcer a
verdade. Até eu que não entendo os documentários que vejo sei disso.
Pouca gente é mais cética do que eu em relação ao “homem”.
Mas nessa aí não podemos carregar a culpa sozinhos.
E ainda por cima, as mimosas vaquinhas ficam soltando pum e
bagunçando a camada de ozônio.
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